UNIVERSIDADE "DESAPARECE" PARA DAR LUGAR ÀS ESTRELAS

Informação recebida da organização do Ano Internacional da Astronomia:

Na Noite das Estrelas, o Pátio das Escolas de Coimbra e a Colina de Camões serão o palco do Universo

É a face de Coimbra em Portugal e no mundo, mas vai desaparecer do horizonte para dar lugar às estrelas do céu. O Pátio das Escolas, o símbolo maior da Universidade de Coimbra (UC), vai "apagar-se" na noite de 18 de Julho (sábado) numa homenagem ao Universo, para sensibilizar a cidade e o país para os perigos da poluição luminosa. A iniciativa, apadrinhada pelo Museu da Ciência da UC, está inserida na "Noite das Estrelas" do Ano Internacional da Astronomia (AIA 2009).

A partir das 21 horas, e com a iluminação exterior desligada, o Pátio das Escolas será palco de um passeio pelo céu nocturno. Para além de observações astronómicas, o espaço mais emblemático da cidade de Coimbra irá ainda acolher um espectáculo organizado pelo Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC). Ao longo de sete estações, desenhando no terreiro as formas da Ursa Maior, o grupo irá dar corpo a uma homenagem conjunta às Artes e à Ciência, com momentos surpreendentes.

Em Santa Clara, o palco do Universo será a Colina de Camões, na Quinta das Lágrimas, em pleno Festival Internacional das Artes. No coração da mata que acolheu os amores de Pedro e Inês de Castro e já sem a Universidade no horizonte, o anfiteatro ao ar-livre, distinguido com o Prémio Nacional de Arquitectura Paisagista, vai acolher curiosos para um passeio pelo céu nocturno. A sessão de observação astronómica, promovida pela Comissão Nacional do AIA2009, terá lugar às 22h30. A entrada é gratuita.

Coimbra será apenas uma das cidades do país a "apagar-se" na "Noite da Astronomia - Noite das Estrelas". A iniciativa irá replicar-se por todo o continente, de Faro a Bragança, e nos arquipélagos da Madeira e Açores, graças a um desafio colocado pela organização do Ano Internacional da Astronomia. O objectivo é que todos os portugueses possam descobrir as belezas do céu e ver com os seus próprios olhos o resultado da ausência de poluição luminosa.

A poluição luminosa resulta da má utilização dos sistemas de iluminação e é produzida sobretudo por candeeiros e projectores que, por concepção inadequada ou instalação incorrecta, emitem luz muito para além da zona pretendida. A luz emitida em excesso causa graves prejuízos ambientais e sociais: para além de exigir gastos supérfluos de energia, agravando o problema da poluição ambiental, ela ainda produz danos sociais, na medida em que afecta, por exemplo, o comportamento dos condutores e dos peões nas ruas, mas também o próprio bem-estar das populações.

O Ano Internacional da Astronomia (AIA 2009) é coordenado em Portugal pela Sociedade Portuguesa de Astronomia, com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, da Agência Nacional Ciência Viva, do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e da Fundação Calouste Gulbenkian.

Boa Noite no Chimico

Na "Noite da Astronomia - Noite das Estrelas", o Museu da Ciência da UC promove ainda, no Laboratorio Chimico, a terceira sessão da "Boa Noite no Chimico", que juntará as crianças para mais uma noite de aventuras científicas pelos mistérios do Universo.

Entre observações astronómicas e contos da mitologia grega sobre o Universo, os mais pequenos vão pernoitar no primeiro laboratório de Química construído em Portugal, juntando-se simultaneamente às comemorações do Ano Internacional da Astronomia.

Ter entre 7 e 11 anos, um pijama e um saco-cama na mão e uma curiosidade aguçada são os requisitos para que os jovens aprendizes de cientistas possam embarcar em mais uma aventura do Museu da Ciência, depois de duas sessões esgotadas.

Na "Boa Noite no Chimico", as crianças poderão ainda tornar-se pequenos 'galileus', vendo com os seus próprios olhos o que o famoso astrónomo viu há 400 anos, observações astronómicas que acabariam por imortalizá-lo.

Para mais informações, poderá consultar o novo sítio do Museu da Ciência ou contactar a organização por e-mail (geral@museudaciencia.org) ou telefone (239 85 43 50).