Poema de José Gomes Ferreira, escrito entre 1957-1958.
(O estrado, o quadro preto, o giz, o apagador, o ponteiro, o desejo de salta pela janela e voar)
O senhor Professor
aproveitou o ensejo
de não ser ainda cadáver completo
e ergueu-se no estrado,
estátua de si mesmo
a desfazer-se em ossos
e pó de caveira no giz...
Depois com o apagador
limpou os números da ardósia
como quem destrói o céu povoado
- ponteiro da árvore em grito,
raiva de lança.
Menino José Ferreira, venha ao quadro.
(Oh! o tédio da infância!)
In Poeta Militante II, Morais Editores, 1983, página 34.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O QUE É FEITO DA CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS?
Passaram mil dias - mil dias! - sobre o início de uma das maiores guerras que conferem ao presente esta tonalidade sinistra de que é impossí...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
Sem comentários:
Enviar um comentário