quinta-feira, 23 de julho de 2009
Portugueses regressam do México com a melhor classificação de sempre
Informação recebida da Sociedade Portuguesa de Física (na imagem a equipa olímpica portuguesa):
A equipa portuguesa arrecadou três Medalhas de Bronze nas Olimpíadas Internacionais de Física
A competição, destinada a alunos finalistas do ensino secundário, reuniu em Mérida, México, 316 estudantes de 72 países para realizar duas longas provas de Física (uma prova teórica e uma prova experimental). A vencedora absoluta desta olimpíada é Handuo Shi, estudante da China com a classificação de 48,20 (numa escala de 0 a 50). Saliente-se que foi a primeira vez, nas 40 edições desta olimpíada, que o vencedor absoluto foi uma rapariga.
Os team-leaders que acompanharam a delegação ao Iucatão, Fernando Nogueira e Rui Vilão, fazem um balanço positivo da prestação portuguesa: “Apesar das provas terem sido das mais difíceis dos últimos anos, os alunos portugueses regressaram com a melhor classificação de sempre da equipa lusa - três medalhas de bronze - o que reflecte o seu trabalho árduo de preparação ao longo do ano. Os prémios obtidos são um merecido reconhecimento do seu esforço.”.
Aqueles docentes reconhecem que “a prova foi extremamente longa e bastante centrada na Física Moderna, um tópico sempre mais difícil para estes alunos”.
A lista dos estudantes portugueses é a seguinte:
- Henrique Manuel Pereira Cabral (Colégio Luso-Francês, Porto) - Medalha de bronze
- Sagar Dipak Silva Pratapsi (E.S. Carlos Amarante, Braga) - Medalha de bronze
- Francisca Santos Pinho Costa (Colégio Luso-Francês, Porto) - Medalha de bronze
- Pedro Miguel de Castro Borlido (Ancorensis, Vila Praia de Âncora )
- André Miguel Lopes Miranda E.S. Carlos Amarante, Braga).
A XL Olimpíada Internacional de Física - IPhO’09, decorreu em Mérida, México, de 11 a 19 de Julho de 2009. As Olimpíadas de Física são uma actividade promovida pela Sociedade Portuguesa de Física com o patrocínio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior através da Agência Ciência Viva, e do Ministério da Educação. O treino da equipa decorreu no Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, integrado nas actividades da escola Quark! de Física para jovens.
Para mais informação sobre as Olimpíadas (incluindo as provas teórica e experimental) ver aqui.
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5 comentários:
Onde posso consultar as provas?
Parabéns aos alunos e a toda a equipa responsavel pela participação.
As provas teórica e experimental estão também disponíveis em
http://olimpiadas.fis.uc.pt/docs/2009/teorica_ipho.pdf
e
http://olimpiadas.fis.uc.pt/docs/2009/pratica_ipho.pdf
Então não é que o ensino da matemática está cada vez pior e os alunos portugueses conseguem a melhor classificação de sempre????
Como é que uns chavalos educados e martelados pelo eduquês conseguem fazer melhor do que os da geração Fiolhais-Lobo.Antunes, uma geração finíssima e educada com muito rigor? Que grande mistério!
luis
Não há mistério algum!
Em primeiro lugar, os alunos que ganham medalhas nas competições internacionais de física e de matemática não são representativos do ensino médio em Portugal. São "talentos" que foram descobertos nas olimpíadas nacionais de física e matemáica e que foram treinados durante um ou dois anos para a competição por "escolas" de elite (Delfos e Quark) ligadas à UC.
Em segundo lugar, é sabido que os bons alunos sobrevivem a qualquer sistema de ensino, os alunos médios e fracos são os que mais se ressentem do "eduquês" e similares.
Quanto à opinião que os olímpicos têm do ensino secundário português, em particular de matemática, basta ler as declarações do medalhado Pedro Vieira aos media nos últimos dias...
Se estes bons resultados olímpicos dizem alguma coisa sobre o ensino da matemática e da física é que não existe nenhuma fatalidade nacional em relação a estas disciplinas - os nossos bons alunos são tão bons quanto os de outros países, se os soubermos motivar e ensinar-lhes as matérias, mesmo as mais difíceis.
E parabéns aos jovens físicos e matemáticos pela sua excelente prestação!
Agora devemos perguntar-nos: será que estes jovens Olímpicos Internacionais são menos que os jovens desportistas Internacionais portugueses? Não estão ambos a representar o seu país ainda que em áreas muito diferentes?
A resposta para estas perguntas é: Sim.
Estamos no século XXI e é chegada a hora de Portugal encarar a ciência de outra forma, tal como fazem os outros países desenvolvidos. Deveriam ser atribuídas bolsas a todos estes jovens, tanto apoio na escola como aquele que é dado aos desportistas internacionais (aulas de recuperação, por exemplo), vagas especiais para a entrada na faculdade (como têm os desportistas) e provavelmente um Maior reconhecimento.
Imaginemos que algum destes jovens geniais que trabalhou no duro para estas Olimpíadas queria entrar para um curso com uma média elevada. Porém, como andou a "perder" tempo com as IMO ou IPhO já não vai poder ir para o curso que queria. O mesmo não se passa com os desportistas que passeiam pelo Mundo, nada conquistam e ainda têm a possibilidade de entrar em Medicina com média de 12.
Basta de discriminações! Ou ainda ninguém percebeu que os resultados em Olimpíadas das Ciências superam os das Olimpíadas Desportivas? Portugal não avança só com Ronaldos, mas sim também com Pedros Vieiras, Jorges Mirandas e já agora Sagars Pratapskis, Henriques Cabrais e Franciscas Costas e com todos os outros que enchem, ou deveriam encher, todos os portugueses de orgulho!
Os meus sinceros Parabéns!
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