O norte americano Stephen P. Heyneman, professor de Política Educativa Internacional na Universidade de Vanderbilt, Tennessee, que tem estado em Portugal a convite do Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior, em entrevista a Bárbara Wong, referiu-se, do modo que se segue, ao polémico texto de opinião do canadiano Don Tapscott, do qual aqui demos notícia:
“É um computador colorido. Gosto da sua portabilidade. O que me perturba é ter sido dado às crianças como se elas pudessem ter autonomia para trabalhar sozinhas. E os professores?”, pergunta. “Começaria por dar computadores aos professores para trabalharem e organizarem as suas lições. Era isso que recomendaria à vossa ministra da Educação”, responde. O que viu, no Porto ou em Lisboa, foi crianças a brincar com o Magalhães, “como se fosse uma máquina de jogos e não como se tivessem um computador para trabalhar”. “Não deve ter sido para isso que os computadores foram distribuídos. Certamente não eram esses os objectivos do Ministério da Educação, mas sim o da sua integração no trabalho escolar”, sublinha.
Heyneman lembra um estudo comparativo feito na Áustria e nos EUA sobre a utilização dos computadores. Enquanto na Áustria o programa foi um sucesso porque os professores foram envolvidos e tiveram formação para aprender a trabalhar e foram eles que ensinaram as crianças; nos EUA não houve formação, nem integração no currículo e os resultados do programa não foram positivos. É em estudos como este que Portugal deveria reflectir, aconselha."
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1 comentário:
É muita bondade a de Heyneman quando refere as intenções do Ministério da Educação.
Infelizmente nem o Ministério vive de tais bondades, nem os cidadãos acreditam nelas.
Que tal falarmos de "números simpáticos2 para as estatísticas !
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