Informação recebida da organização do Ano Internacional da Astronomia (ao lado réplica da primeira luneta de Galileu, patente no Museu de Ciência de Coimbra):
No sábado, dia 18 de Julho, em Coimbra, vai ser possível olhar estrelas, planetas e satélites com uma luneta igual à que Galileu usou há 400 anos para fazer algumas das descobertas mais importantes da Ciência
A lanterna é requisito único e obrigatório. No sábado, a partir das 22 horas, naquela que será uma noite invulgarmente escura, habitantes e visitantes de Coimbra vão poder subir à mítica Torre da Universidade e espreitar o céu por uma luneta igual à que Galileu usou há precisamente 400 anos para fazer algumas das descobertas mais importantes da Ciência. A actividade, inserida nas comemorações nacionais da "Noite das Estrelas", é gratuita.
À mesma hora, o Paço das Escolas será palco de uma performance única, especialmente criada para homenagear o Universo, na noite que o Ano Internacional da Astronomia (AIA 2009) dedicou à beleza do céu nocturno e aos perigos da poluição luminosa. Numa fusão de música e teatro, o Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC) vai apresentar o espectáculo "Setestrelo", uma viagem em sete estações pela constelação da Ursa Maior.
"Se todos os corpos celestes encerram em si o misticismo e simbologia que levam o ser humano a divagar por entre as malhas da imaginação, a referência ao Setestrelo (Ursa Maior) é a primeira que surge quando se tenta estabelecer uma relação entre actividades tradicionalmente rurais e a astronomia", avança Sílvia Franklim, do GEFAC. “Setestrelo” é, assim, "uma viagem pelo mágico elo entre os ritmos da natureza e a actividade humana, um percurso pela inquietude do escuro da noite e a reconfortante orientação do brilho das estrelas, um caminho entre um céu para ser contemplado e um céu para ser vivido".
Invocando as sete estrelas que compõem a constelação, o espectáculo desenvolve-se por sete estações, as quais desenharão no terreiro a forma do Setestrelo. "Carro, Caçarola, Arado, Os Sete Sábios, Candeia de São Pedro e Ursa Maior. Sete estrelas que brilham no céu, sete momentos diferentes vão levar as pessoas por um percurso onde poderão ouvir contos tradicionais de lobisomens, contos mitológicos, canções que invocam a lua e poemas às estrelas e ao Sol", explica Sílvia Franklim.
No Pateo das Escolas haverá ainda, a partir das 21 horas, observações astronómicas pensadas para todos os públicos. Constelações, planetas e satélites vão desfilar aos olhos de todas as pessoas que se deslocarem a este espaço emblemático da cidade, na noite em que a Universidade reduzirá a sua iluminação para 'desaparecer' do horizonte e fazer acender as estrelas.
Organizada em Coimbra pelo Museu da Ciência e pela Reitoria da Universidade, com a colaboração do GEFAC e de algumas associações de astrónomos amadores (Alfa Centauri, NEDF e SAC), a "Noite das Estrelas" assinala também o início da Astronomia no Verão, do Programa Ciência Viva.
Da Colina de Camões para o Universo
Entre o mito e a ciência, as comemorações da "Noite da Astronomia - Noite das Estrelas" prosseguem do outro lado do rio, onde a música do I Festival das Artes vai parar para dar lugar a um passeio pelo céu nocturno, preparado por especialistas da Comissão Nacional do Ano Internacional da Astronomia. O palco do Universo será, então, o premiado anfiteatro ao ar-livre da Colina de Camões, na Quinta das Lágrimas. Já sem a Universidade no horizonte, a organização convida todos os públicos, experientes ou totalmente inexperientes, a olharem as estrelas. A sessão de observação tem início às 22h30 e a entrada é gratuita.
Coimbra será apenas uma das cidades do país a "apagar-se" na "Noite da Astronomia - Noite das Estrelas". A iniciativa irá replicar-se por todo o continente, de Faro a Bragança, e nos arquipélagos da Madeira e Açores, graças a um desafio colocado pela organização do Ano Internacional da Astronomia. O objectivo é que todos os portugueses possam descobrir as belezas do céu e ver com os seus próprios olhos o resultado da ausência de poluição luminosa.
A poluição luminosa resulta da má utilização dos sistemas de iluminação e é produzida sobretudo por candeeiros e projectores que, por concepção inadequada ou instalação incorrecta, emitem luz muito para além da zona pretendida. A luz emitida em excesso causa graves prejuízos ambientais e sociais: para além de exigir gastos supérfluos de energia, agravando o problema da poluição ambiental, ela ainda produz danos sociais, na medida em que afecta, por exemplo, o comportamento dos condutores e dos peões nas ruas, mas também o próprio bem-estar das populações.
O Ano Internacional da Astronomia (AIA 2009) é coordenado em Portugal pela Sociedade Portuguesa de Astronomia, com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, da Agência Nacional Ciência Viva, do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e da Fundação Calouste Gulbenkian.
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1 comentário:
Jonas , Pow eu gostei , mais fala que são sete estrelas mais so tem seis.Eu queria saber qual era a setima estrela?
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