Mais uma das interessantes crónicas de Pio de Abreu no jornal gratuito "Destak":
Há dois anos, em Janeiro de 2006, vivia-se o pânico da gripe das aves. A agenda mediática deu-lhe para aí, talvez por não haver notícias de crianças desaparecidas ou mal tratadas. O certo é que o povo sofria, então, com a perspectiva de uma epidemia tão avassaladora como a pneumónica de trágica memória.
O incansável Ministério da Saúde ficou alerta e as beneméritas empresas farmacêuticas mobilizaram-se. Da feliz combinação resultou que o país iria produzir vacinas para dar e vender. Ficaríamos auto-suficientes e não mais havia que temer a terrível pandemia.
Tudo iria acontecer numa fábrica de Condeixa. O acordo foi festejado com pompa e circunstância pelo Senhor Ministro da Saúde e demais autoridades, na presença de todos os canais televisivos. Dado o arrojo do projecto, com preparação de infra-estruturas e aquisição de tecnologia, a produção só se iniciaria em 2008. Mas a gripe podia, entretanto, aguardar até lá.
Nos dois anos que passaram, em vez de infra-estruturas e de aquisição de tecnologia, a dita empresa fez contas, estudos, prospecções e viagens. Conclusão: não tinha qualquer sentido produzir vacinas, e foi isso que decidiu agora (anda, aliás, a produzir genéricos, como todo o mundo em Portugal). Mas o povo está sossegado. A doença aconteceu na televisão e curou-se logo aí. E digam lá que não temos um grande serviço de saúde!
Há dois anos, em Janeiro de 2006, vivia-se o pânico da gripe das aves. A agenda mediática deu-lhe para aí, talvez por não haver notícias de crianças desaparecidas ou mal tratadas. O certo é que o povo sofria, então, com a perspectiva de uma epidemia tão avassaladora como a pneumónica de trágica memória.
O incansável Ministério da Saúde ficou alerta e as beneméritas empresas farmacêuticas mobilizaram-se. Da feliz combinação resultou que o país iria produzir vacinas para dar e vender. Ficaríamos auto-suficientes e não mais havia que temer a terrível pandemia.
Tudo iria acontecer numa fábrica de Condeixa. O acordo foi festejado com pompa e circunstância pelo Senhor Ministro da Saúde e demais autoridades, na presença de todos os canais televisivos. Dado o arrojo do projecto, com preparação de infra-estruturas e aquisição de tecnologia, a produção só se iniciaria em 2008. Mas a gripe podia, entretanto, aguardar até lá.
Nos dois anos que passaram, em vez de infra-estruturas e de aquisição de tecnologia, a dita empresa fez contas, estudos, prospecções e viagens. Conclusão: não tinha qualquer sentido produzir vacinas, e foi isso que decidiu agora (anda, aliás, a produzir genéricos, como todo o mundo em Portugal). Mas o povo está sossegado. A doença aconteceu na televisão e curou-se logo aí. E digam lá que não temos um grande serviço de saúde!
5 comentários:
Fraude por parte das farmaceuticas porque empolaram o problema, a gripe das aves tal como foi apresentada ao mundo foi 1 autentica fraude e fraude com o governo portugues porque o "enganou" ou negociou mais um roubo ao povo portugues, lembram-se que o governo comprou milhares de vacinas a preços astronomicos que davam para vacinal logo 20 % da população portuguesa, e que devem estar guardadas à espera que aprodreçam e vão para o lixo, e lembram-se que as mesmas vacinas foram produzidas com o tal tiramuflu que se veio a descobrir ser uma mega fraude?
Eu sempre comi aves, desde os nitrofuranos até à gripe das aves e ainda esta semana devorei 1 belos franguinhos assados, onde andam afinal esses terriveis doenças?
Muito bom post/artigo de base paleontológica!
Luís Azevedo Rodrigues
Upss, o comentário anterior era para o post seguinte!
Luís Azevedo Rodrigues
Pois é !
Mas nestas coisas prevalece o tal principio:" multado por ter cão e multado por não o ter "
Voluntários para vestir o casaco dos responsáveis pela saúde nestas alturas em que ocorrem pandemias televisivas como foi esta e antes tinha sido a das vacas loucas "?
Há ?
Era fácil de ver que o anúncio da "fábrica de Condeixa" era propaganda barata. Iam agora uns patuscos competir com a SKB. Ora ora.
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