Cientistas do grupo de Biomateriais Evolucionistas do Max Planck Institute for Metals Research, em Stuttgart, e do laboratório de Robótica Biologicamente Inspirada da Universidade Case Western Reserve, desenharam uma fita sem cola, duas vezes mais adesiva que as actualmente disponíveis, inspirando-se em patas de insectos.
As propriedades do novo adesivo, que cola mesmo superfícies com pó, pode ser lavado com água e sabão e reutilizado múltiplas vezes, são devidas à sua superfície microestruturada, que imita patas de insectos, como a deste escaravelho da família Chrysomelidae (a mesma a que pertence o escaravelho da batata).
Os cientistas examinaram as patas de mais de 300 insectos para chegar a este produto que adere praticamente a todas as superfícies, inclusive vidro e superfícies irregulares ou com fendas.
Os cientistas usaram a nova fita nas «patas» do robot Mini-WhegsTM, e conseguiram que este robot de 120 g escalasse paredes de vidro. Para além dos robots, este material pode encontrar aplicações na manipulação de superfícies lisas como lentes ópticas ou CDs, bem como para colar ou proteger superfícies de vidro. Mudando a microetrutura e forma da superfície, será possível optimizar estes adesivos para outro tipo de aplicações.
O trabalho dos cientistas foi publicado online na revista «Bioinspiration & Biomimetics»: «Insects did it first: a micropatterned adhesive tape for robotic applications», e aparecerá na forma escrita no número de Dezembro desta revista.
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10 comentários:
Uma boa noticia para começar o dia, a industria da optica já andava com os cabelos em pé devido aos novos tratamentos antireflexo feitos à base de teflon. estes tratamentos «anti-sujudade» são tão lisos que os adesivos colados neles para se puderem cortar as lentes não tinham um grip suficiente e causavam muitas perdas. fico ansiosamente à espera destes novos materiais
Os tratamentos anti-sujidade (mais especificamente de "auto-limpeza") não são lisos. Antes o contrário. São rugosos, mas a uma escala micrométrica. Estes adesivos vêm solucionar o problema precisamente por poderem colocar suficiente material em contacto com qualquer superfície. Realmente boas notícias.
Também têm sido estudadas as propriedades (semelhantes) de um animal muito pouco agradável à vista: a osga.
Li (penso que no DN) um artigo acerca de um estudo para obter um material que seria o mais resistente conhecido, inspirado nas teias de aranha.
As patas da osga assumem uma lógica semelhante: muitos filamentos pequenos para aumentar o efeito das forças de van der Waals. Apenas a "geometria" deverá ser, provavelmente, algo diferente e adaptada ao "estilo de vida" da osga.
As teias de aranha são resistentes apenas a certas forças. Outros tipos de materiais apresentam outro tipo de resistências. Já há muita investigação para tentar produzir seda de aranha, nomeadamente usando cabras geneticamente modificadas para que o seu leite produza as proteínas necessárias.
De certeza que a Dona Palmira ja esta a pensar em fazer uma fita-sem-cola para por na boca dos criacionistas que andam para aqui a bailar.
Imagino que esta fita seja muito dificil de desenrolar, porque se ela se cola a tudo tao bem...
luis
eles não andam a bailar , caro amigo, andam a balir
A propósito dos materiais que se agarram a tudo, são curiosos os "simétricos", aqueles que a nada se agarram em definitivo, nomeadamente: o teflon (descoberto por acaso e usado nas frigideiras anti-aderentes), os post-it, e sabe-se-lá-que-mais...
A Bioinspiração e a biomimética são corroboram plenamente o criacionismo.
As melhores ideias e soluções tecnológicas aprendem-se com o próprio Criador.
A ciência tem um amplo campo para fazer "reverse engineering", estudando as soluções que Deus inventou.
O pirilampo, por exemplo, consegue criar luz fria, de forma altamente eficiente do ponto de vista energético. 100%luz, 0% de calor. Será que algum dia conseguiremos uma eficiência semelhante?
Bom, aparentemente Deus não é todo-poderoso, apenas muito original...
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