A luta contra a co-incineração assenta em má informação (ou desinformação) sobre dioxinas e furanos, mais concretamente sobre a possibilidade da sua formação no processo de co-incineração. Quando se fala em dioxinas e furanos neste contexto, na realidade referimos dibenzo-para-dioxinas policloradas, PCDDs, e dibenzo-para-furanos policlorados, PCDFs, poluentes formados por processos térmicos ou de combustão de compostos orgânicos na presença de uma fonte de cloro - que pode ser orgânica ou inorgânica (por exemplo, NaCl, o vulgar sal de cozinha).
Como se pode ver nas figuras, que representam o esqueleto da dibenzo-para-dioxina (em cima, à esquerda) e do dibenzo-para-furano (à direita), existem 8 posições nos aneis benzénicos (os que não têm oxigénio, O) que podem ser ocupadas por cloro. Conhecem-se 75 PCDDs e 135 PCDFs. Dos 210 tipos de dioxinas e furanos existentes, 17 são tóxicos, todos eles com cloros nas posições 2, 3, 7 e 8. Uma dioxina em particular, a TCDD, 2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina, tem merecido especial atenção por ser o mais tóxico e o único agente carcinogénico reconhecido entre estes poluentes. Para esta dioxina, A dioxina, definiu-se um Factor de Toxicidade Equivalente (FTEQ) unitário. Por exemplo, a OCDD (octaclorodibenzo-p-dioxina), possui um FTEQ de 0.001, ou seja, é mil vezes menos tóxica que a TCDD.
Embora os efeitos adversos do TCDD fossem conhecidos desde a sua utilização pelos EUA na guerra do Vietname como contaminante do desfolhante conhecido como «Agente laranja», a opinião pública em geral foi mobilizada para o tema com o desastre de Seveso, quando a explosão de uma fábrica nas imediações desta pequena cidade italiana em 1976 causou a libertação de uma nuvem tóxica que continha TCDD (a cronologia do desastre pode ser encontrada aqui, em formato pdf). Não houve mortes atribuídas ao incidente, embora muitos habitantes tenham tido problemas de saúde, nomeadamente uma erupção cutânea chamada cloracne (que se pensa ter sido o que aconteceu a Viktor Yushchenko).
Entretanto, numerosos testes em animais e vários estudos epidemiológicos em humanos mostraram que esta dioxina está associada a uma série de efeitos adversos para a saúde. Por outro lado, a elevada hidrofobicidade destes compostos aliada à sua inércia (estima-se que o tempo de meia vida das PCDDs em humanos aumente com o grau de substituição, variando entre 7.8 anos para a tetraclorada e 112-132 anos para a OCDD) leva à sua concentração nas gorduras animais, o que faz com que cerca de 90% da exposição humana a estes POPs se faça via alimentação.
Pouco depois, por volta de 1977, foi detectada a presença destes compostos nos gases e poeiras emanados das incineradoras de lixo existentes na altura, o que lançou na época, e com toda a razão, um alarme geral entre as populações.
Desde então, o mecanismo, cinética e termodinâmica envolvidos na formação destes poluentes tem sido alvo de numerosos e exaustivos estudos de forma a obviar à sua formação. Nomeadamente, desde 1980 existe uma conferência internacional dedicada ao tema, o International Symposium on Halogenated Environmental Organic Pollutants and POPs, cuja 27ª edição, a Dioxin2007, aconteceu no Japão no passado mês de Setembro.
As dioxinas têm sido o alvo preferencial destes estudos, mas os resultados com estes compostos são extrapoláveis para os furanos. Descobriu-se que há essencialmente dois mecanismos para a formação de dioxinas e furanos na incineração de lixos. Um deles, associado igualmente à formação destes poluentes na queima «caseira» de lixo, em incêndios florestais, etc., é a formação directa a partir de precursores clorados existentes nos lixos quando a combustão se faz a temperaturas baixas (estabelecendo-se um limite de segurança nos 850 ºC). O segundo mecanismo envolve a síntese de novo dos poluentes a partir de cloro e resíduos de carbono, nomeadamente alguns fragmentos aromáticos, não queimados. Esta síntese, catalisada por metais presentes nas cinzas (fly ashes), ocorre na zona de arrefecimento dos gases de exaustão, especialmente na área de despoeiramento, se a temperatura desta zona não for suficientemente baixa.
O primeiro mecanismo é completamente eliminado operando a altas temperaturas; o segundo só ocorre se houver combustão incompleta (o que pode ser obviado com maior tempo de residência e temperaturas mais altas nos fornos) e pode ser eliminado pela redução da temperatura de funcionamento do despoeirador.
A alteração dos sistemas de despoeiramento das cimenteiras, de filtros electrostáticos para filtros de manga - que apresentam eficiências de remoção de partículas da ordem dos 99 a 99,99% -, obriga necessariamente à diminuição drástica da temperatura de filtração para valores inferiores aos necessários para a síntese de novo de dioxinas e furanos, o que impede a sua formação. Em incineradoras dedicadas, para além da utilização de filtros de manga, é possível ainda recuperar essas poeiras e queimá-las na forma de pellets (o que se faz no Japão, que queimava em 2001 70% do seu lixo, artigo em formato pdf).
A directiva europeia referente a incineração de resíduos industriais perigosos, RIPs, exige que os gases permaneçam no forno a uma temperatura de pelo menos 850°C num mínimo de 2 segundos. Se os resíduos a serem queimados contiverem mais de 1% de cloro, a temperatura tem de ser elevada a 1 100 °C por pelo menos dois segundos.
Durante a operação de uma cimenteira, é necessário calcinar e sinterizar a matéria prima para a produção do clinquer (o cimento), o que implica não só temperaturas muito elevadas como tempos de residência igualmente elevados dentro do forno. Os gases no forno de clinquer atingem temperaturas máximas de 2000 ºC no queimador principal e permanecem a temperaturas acima dos 1200 ºC por períodos de 4-6 segundos. Ou seja, na co-incineração opera-se não só com temperaturas muito mais elevadas como com maiores tempos de residência que os preconizados pela Comissão Europeia para se evitar a formação de dioxinas e furanos. Assim, a co-incineração é o processo mais eficaz para a destruição de resíduos industriais perigosos e é francamente mais seguro que qualquer outro método.
A implementação de novas soluções tecnológicas na incineração de resíduos traduziu-se nos dados que podem ser apreciados no relatório da Comissão Europeia, apresentado em Julho último, que lê:
«Nas duas últimas décadas já foi conseguida uma redução geral dos níveis de dioxinas, furanos e PCBs no ambiente e nos seres humanos, em especial através do controlo das fontes emissoras industriais, como a incineração de resíduos». Actualmente, na Europa a 25, com ressalvas locais, as principais fontes de dioxinas são:
* Combustão doméstica em lareiras (~ 30%) - o que poderá justificar, por exemplo, que em Portugal se detecte uma variação sazonal destes poluentes, que aumentam nos meses de Inverno (artigo em formato pdf).
* Queima de lixo a céu aberto (em bidões, em fogueiras de quintal, etc.) (~15%)
* Tratamento de madeira (normalmente com pentaclorofenol) (~15%)
* Produção de ferro e aço (~ 8%)
* Produção de energia, de metais não ferrosos e indústria química (~ 5% cada)
No ano de 2005, de acordo com os dados do Instituto de Resíduos, produziram-se em Portugal continental 4. 7 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, dos quais cerca de 3.1 milhões de toneladas foram depositados em aterros.
Não há dados recentes para resíduos industriais, os dados referentes a 2002 indicavam a produção de mais de13 milhões de toneladas, dos quais 137 mil toneladas foram considerados resíduos perigosos. Destes 13 milhões de toneladas, 54% foi valorizado, nomeadamente cerca de 4.5 milhões de toneladas de resíduos industriais foram reciclados, e pelo menos 21% do total de resíduos industriais foram depositados em aterros, ou seja, mais de 2.6 milhões de toneladas. A juntar a estes resíduos temos ainda os resíduos agrícolas e hospitalares, para os quais não são disponibilizadas estatísticas, assim como as lamas provenientes de ETARs, algumas centenas de toneladas por dia de acordo com as estimativas, cuja valorização agrícola motiva muitos protestos das populações.
O ideal será não só reciclar o máximo de resíduos como reduzir a quantidade de resíduos industriais produzidos e ainda mais a quantidade de resíduos perigosos, o que já está a ser feito através do desenvolvimento de tecnologias de produção e de produtos verdes. Mas resíduos não recicláveis resultantes da actividade humana são inevitáveis, como sejam resíduos hospitalares, assim como é inevitável que se deve dar um destino que respeite o ambiente (mais que as sensibilidades políticas ou outras) a estes resíduos. Com a tecnologia hoje disponível e as normas muito apertadas no que respeita à co-incineração, não só estaremos a proteger o ambiente, como, usando as palavras do Carlos no artigo que motivou estes, «as populações verão a sua saúde mais bem assegurada num processo cuidadosamente controlado do que no meio da fumarada anterior».
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26 comentários:
Excelente post!
Mas não tarda temos outros fundamentalistas ignorantes (suspiro) com os disparates do costume.
A crer nos disparates apocalíticos deles, no Japão que queima 70% do lixo que produz há já muitos anos (nós queremos queimar uma infíma parte disso e em melhores condições) já devia ter morrido toda a gente.
Mas parece que a saúde dos japoneses não se ressente disso e os japoneses têm uma das maiores esperanças de vida do mundo, 81.25 anos em média para ambos os sexos.
Não consigo evitar agradecer-lhe mais uma vez, professora Palmira, pela boa vontade em partilhar os seus conhecimentos connosco.
De facto, a sua boa vontade, a clareza do discurso e a evidência dos números nele contidos não deixa nenhuma dúvida a consciências bem intencionadas e despojadas de fundamentalismos verde esbatidos de... negro.
Mundo cão este que levianamente acusa a ciência de obscurantismo e fanatismo...
Artur Figueiredo
Obrigado pelo esclarecimento.
Não ponho em causa a teoria, poria mais em causa é se realmente se vão verificar todos os pressupostos de segurança, ou se volta e meia as pessoas não irão andar a respirar essas porcarias todas porque alguém se esqueceu de mudar o filtro ou há tanta porcaria para ser queimada que aceleram o processo não respeitando os pressupostos de segurança.
S.V.
A beleza das cimenteiras é que não podem acelerar o processo nem baixar as temperaturas se não não fazem cimento.
Sobre os filtros pode ficar descansado, se se esquecessem de mudar os filtros os gases não saíam e havia uma bela duma explosão por aumento de pressão.
Eu se fosse ao S.V. ficava mais preocupado com as porcarias que estão neste momento a sair de aterros mal planeados, mal feitos, acabados à pressa e com manutenção deficiente.
É aterrador pensar que se aterram para cima de 6 milhões de toneladas de lixo por ano em Portugal. Isso é que me preocupa, não estou nada preocupado as cimenteiras.
Um texto altamente positivo para a matéria em questão, promovendo-a pelo enriquecimento com informação.
Dá gosto ler material farto de factos!
Marcelo Melo
[www.3vial.blogspot.com]
Bem-haja!
Para quando uma ida à televisão para, de uma vez por todas, acabar o chorrilho de «inverdades» que se debitam acerca da co-inceneração?
É com atitudes destas, de esclarecimento, fundamentadas, sem paixões «coloridas» nem opiniões dúbias que se forma a verdadeira cidadania.
Deixo uma pergunta às pessoas que nestes comentários exibiram uma atitude mais acalorada:
- Depois de lerem este texto, mantêm a opinião que tinham?
Muito bom post, cara Palmira.
Um excelente texto de divulgacao cientifica.
Ja para nao falar num excelente exemplo (a imitar portantos quanto possivel) da quimica organica a sair das salas de aula. Muto bom mesmo.
Nah. É tudo mentira. Os cientistas são más pessoas, ou no mínimo desinteressadas do impacto social das suas invenções (porque os cientistas são sempre inventores, não podem ser experimentalistas puros ou teóricos duros).
Além disso, a claríssima conspiração do betão (que é tão óbvia que nem precisa de provas, essa falácia dos ditos cientistas para tentar ludibriar o povo com a sua suposta erudição) já chegou aos organismos responsáveis pelo financiamento da ciência: ou não será a sede da Fundação para a Ciência e Tecnologia construída com betão?
Quanto aos aterros, são perfeitos: além de permitirem fazer uns catitas montezinhos com relva e tudo, são completamente seguros: a ideia é enterrar o lixo, não é? Como a gravidade até puxa para baixo, este fica enterrado. O que é que querem mais?
Sim, mantenho a minha opinião, que é sustentada em factos ainda há muito pouco tempo por mim observados: por exemplo, no facto de que «lá fora» existe veemente contestação deste pretenso «standard» europeu e mundial. Contestação essa que não assenta em falta de informação.
O facto de o post da Palmira não dizer nada de novo até me faz sentir reforçada na minha opinião, que nem sequer é a de uma fundamentalista! Significa que, de facto, parece realmente estar tudo na mesma, o que é inaceitável ao fim de tanto tempo.
Na realidade, é uma mentira descarada entender-se que o protesto em Coimbra existiu por falta de informação. A Palmira ainda tem que aprender umas coisas, sem ofensa para os muitos e bons posts que aqui tem colocado.
É que há alternativas a tão pouca informação sobre os riscos envolvidos (que parece ser um leitmotiv deste debate), assim como à queima, que não vive sem isso.
E, se entendem que não há alternativas, ou se elas por qualquer motivo não prestam, que se explique devidamente porquê, ou que se arranjem outras alternativas melhores que a queima.
Como devem ter percebido, para mim este também é um debate acerca de modelos de sociedade, e sobre cultura.
O post da Palmira nem sequer aflora uma série de outras questões muito sérias que, no caso da (co-)incineração, são extremamente relevantes. Mas enfim, batam palminhas à vontade. Eu não o faço.
E neste momento não posso continuar esta discussão, lamento(não estou a fugir, o meu cachopo é que, a estas horas, ainda está acordado!). Voltarei ao assunto logo que possa.
Adelaide Chichorro Ferreira
À questão da co-incineração não é assim tão simples, nem a sua química.
1- As dioxinas e os furanos são dos compostos químicos conhecidos mais tóxicos.
2- De acordo com a EPA não existe nenhum nível (por mais pequeno que seja) que possa ser considerado seguro.
3- Não é comparável a concentração de dioxinas produzidas pelas queimas domésticas espanhadas por uma área 1 milhão de vezes superior à de uma região com uma co-incineradora.
4- Nenhuma incineradora é eficiente a 100%. Dos químicos emitidos que escapam à combustão apenas uma pequena parte foram até agora identificados.
5- De acordo com a US Centre for Biology of Natural System, as emisões de dioxinas nas incineradoras das cimenteiras são
em média 8 vezes superiores quando comparados com as incineradoras decicadas.
6- Já agora para falar do Japão - até ao final do ano 1998 foram fechados mais de 2000 incineradores, temporáriamente ou permanentemente.
- Existem soluções para a maioria dos resíduos hospitalares, quanto aos resíduos industriais este devem ser eliminados com investigação e desenvolvimento de novos métodos de produção. Não foi com esse propósito que surgiu a "Green Chemistry".
Caro Claudio:
1 - O seu ponto nada acrescenta de novo.
2 - O seus pontos 2 e 3 contradizem-se... se nao existe nivel seguro, entao nao faz sentido relativizar as queimas domesticas (que sao o maior contribuinte para emissoes de dioxinas) so porque estao espalhadas por uma grande area.
3 - O seu ponto 3 em especial e muito fragil: uma unica queima domestica, devido a elevadissima ineficiencia da reaccao na oxidacao completa do combustivel (baixas temperaturas) emite concerteza mais dioxinas que uma co-incineradora a operar a mesma unidade de tempo.
4 - O seu ponto 4 apesar de ser verdade e "cherry picking" porque ignora toda a realidade envolvente.
As co-incineradoras sao altamente eficientes no controlo das suas emissoes de compostos toxicos, muito mais que outras actividades completamente nao controladas contra as quais nao vejo manifestacoes... isto e como ver alguem protestar contra a (i)neficiencia energetica de um motor HDI quando 3/4 do Diesel e gasto por motores mais antigos...
Ou seja, como o bom e inimigo do optimo optamos pelo mau... uma forma de "o inimigo do meu inimigo..."
5 - Pois e... mas que niveis de emissoes e que estamos a falar em termos absolutos? E em termos relativos das emissoes de um pais? Qual seria o ganho marginal em termos de emissoes de em vez de usar co-incineradoras usar antes uma incineradora dedicada?
6 - A isso chama-se fiscalizacao. Ja agora: qual e a janela temporal do numero que cita? Num universo de quantos inicineradores? Picuinhices...
7 - :
como e que voce torna um residuo com perigo biologico seguro sem o uso de tratamento termico???
"Existem soluções para a maioria dos resíduos hospitalares"
Isto nao quer dizer absolutamente nada, e vazio de sentido, retorica. QUE solucoes e que existem? QUAIS sao? PORQUE metodos? ANALISE beneficio/custo ja agora sff...
"quanto aos resíduos industriais este devem ser eliminados com investigação e desenvolvimento de novos métodos de produção"
Mais uma vez, que e que isto quer dizer? Entao e os residuos que JA existem?
Isto e tao ridiculo como dizer a um paciente com cancro que quimioterapia tem demasiados efeitos secundarios e portanto vamos trata-lo com investigacao futura em melhores terapias disponiveis daqui... va la... por 5 ou 10 anos...
Mais uma vez, como o optimo e inimigo do bom optemos pelo mau.
Cara Adelaide:
A ver se percebo o seu comentario:
1 - Nada do que foi escrito neste post e
1.1 - novo para si;
1.2 - relevante para a opiniao que tem sobre o tema. (justificacao? picuinhices...)
2 - A sua opiniao e baseada, (apenas parcialmente gostaria eu de acreditar), no "facto" de outros "la fora" partilharem a sua opiniao...
Cara Palmira, estava a responder às perguntas e de repente o computador foi-se abaixo qdo já tinha uma resposta, por sinal relativamente longa (estava sem cabo!), até porque o asssunto exige alg. argumentação. Tentarei mais tarde (não fica esquecido!), porque de momento tenho outros assuntos a exigirem a minha atenção. Sou, de facto, um bocado naba com computadores...
Um abraço
Adelaide Chichorro Ferreira
Cara Palmira, vamos a ver se isto agora n�o se vai abaixo.
1. Dos malef�cios das dioxinas, que s�o muitos, h� muito que ou�o falar. Comecei por ouvir falar nisso em alem�o, num livro intitulado die schleichende Vergiftung (o envenenamento silencioso), cujo autor era, entre outros, um dos que h� mais tempo estudavam o assunto na Alemanha, Otmar Wassermann. Seguiram-se v�rios outros, desde um de Elvira Spill, publicado em associa�o com a revista Stern, �Brennpunkt M�ll�, a outros que n�o vou mencionar aqui para n�o me alongar demasiado. Livros que nunca foram traduzidos para portugu�s. Mesmo sabendo que, na altura em que eu cotejei esses livros, praticamente mais ningu�m em Portugal o fazia (ou referia o assunto), considero que n�o sou especialista nesta �rea. Li-os enquanto cidad� interessada no tema. No entanto, o que me traz a este debate n�o s�o meras convic�es, ou at� o facto de saber, por experi�ncia pr�pria, que queimar pl�stico (pvc e assim) n�o pode ser bom (n�o me refiro tanto aos biopl�sticos, que s�o, de resto, compost�veis, mas que tamb�m t�m inconvenientes). � tamb�m, por assim dizer, o debate em si, a forma que assume, e o facto de muito ficar, em regra, por dizer e por estudar.
2. Sei de alternativas � incinera�o que t�m dificuldade em ver a luz do dia por causa do muito dinheiro envolvido na queima do lixo, um neg�cio que � muito apetec�vel. E sei de cidad�os que se organizam por todo o mundo para lutar contra a incinera�o de lixo, mas a quem em regra os governos e as megaempresas que dominam o mercado da energia fazem tudo por n�o ligar meia.
3. Sabendo eu isso, acha que iria mudar a minha opini�o com base no pouqu�ssimo que de novo me conta? Sobretudo, a co-incinera�o n�o tem apenas o problema das dioxinas. H� mais problemas. Os metais pesados, a irresponsabilidade que implica perpetuar o modelo mental da purifica�o pelo fogo, o facto de estruturar uma sociedade �pescadinha-de-rabo-na-boca� em que for�osamente ficamos doentes para depois sermos curados pelo complexo qu�mico-farmac�utico, etc., o pr�prio CO2, as giga-jogas com os filtros que s�o depurados longe das f�bricas por causa das estat�sticas (ouvi dizer isto, sim). Ou seja, h� aqui algo que n�o bate certo, e foi tamb�m a incinera�o de lixo ao p� da porta que mo fez ver. S� que n�o acredito que o comum dos mortais tenha acesso a essa informa�o e se possa devidamente defender dos muitos perigos envolvidos. Por isso falo, sempre que posso (ou me deixam), para transmitir esta mesma �cassete�. A incinera�o de lixo em geral, e a co-incinera�o em particular, s�o meros sintomas duma ci�ncia inerentemente atreita (ou em risco) de deixar de ser democr�tica.
4. Alternativas: bom, a criogeniza�o dos pl�sticos em circula�o (mas sem tanto azoto l�quido, para embaratecer o processo e o tornar economicamente vi�vel em grande escala); a compostagem e metaniza�o de todos os res�duos que tenham origem biol�gica; outros processos a serem desenvolvidos (a Quercus tem falado nisso); mas tamb�m: a mudan�a de mentalidades que permita dar esse salto.
5. Sou consumidora de produtos biol�gicos, e acredito na compostagem. N�o h� melhor maneira de fazer literalmente desaparecer determinado tipo de res�duos, e sei-o tamb�m por experi�ncia pr�pria. Mas tamb�m vou de vez em quando a hipermercados. Ultimamente tenho ido ao Lidl, e digo porqu� n�o me obriga a trazer sacos de pl�stico para casa. Por outro lado, compro l� iogurtes em embalagem (grande) de vidro porque sei que depois posso reciclar essas embalagens, seja em compotas, seja aqui bem perto, na regi�o onde vivo, onde parece que h� uma empresa que j� anda desnecessariamente a importar vidro para reciclar, por falta de mat�ria-prima local. E evito o pl�stico em muitas coisas, claro, sem ofensa para quem trabalha no ramo.
6. Obviamente que ter acesso a informa�o noutras l�nguas influenciou (n�o exclusivamente, � claro) as minhas escolhas, assim como influencia as dos portugueses se forem cada vez menos, neste pa�s, aqueles que conseguirem ler outras l�nguas para al�m do portugu�s, ingl�s ou espanhol. Por isso fa�o um esfor�ozinho para dizer o que penso. Ser-me-ia obviamente mais c�modo pens�-lo e n�o o dizer, como muitos far�o. Mas este assunto � importante, assim como o foi, na altura, a discuss�o havida em Coimbra, de resto bem mais elevada do que para a� se diz por todo o lado.
Um abra�o
Adelaide Chichorro Ferreira
(alguém me explica duma vez por todas de onde vêm os caracteres estranhos que aparecem por vezes nos textos?! Mando de novo...)
Cara Palmira, vamos a ver se isto agora não se vai abaixo.
1. Dos malefícios das dioxinas, que são muitos, há muito que ouço falar. Comecei por ouvir falar nisso em alemão, num livro intitulado die schleichende Vergiftung (o envenenamento silencioso), cujo autor era, entre outros, um dos que há mais tempo estudavam o assunto na Alemanha, Otmar Wassermann. Seguiram-se vários outros, desde um de Elvira Spill, publicado em associação com a revista Stern, «Brennpunkt Müll», a outros que não vou mencionar aqui para não me alongar demasiado. Livros que nunca foram traduzidos para português. Mesmo sabendo que, na altura em que eu cotejei esses livros, praticamente mais ninguém em Portugal o fazia (ou referia o assunto), considero que não sou especialista nesta área. Li-os enquanto cidadã interessada no tema. No entanto, o que me traz a este debate não são meras convicções, ou até o facto de saber, por experiência própria, que queimar plástico (pvc e assim) não pode ser bom (não me refiro tanto aos bioplásticos, que são, de resto, compostáveis, mas que também têm inconvenientes). É também, por assim dizer, o debate em si, a forma que assume, e o facto de muito ficar, em regra, por dizer e por estudar.
2. Sei de alternativas à incineração que têm dificuldade em ver a luz do dia por causa do muito dinheiro envolvido na queima do lixo, um negócio que é muito apetecível. E sei de cidadãos que se organizam por todo o mundo para lutar contra a incineração de lixo, mas a quem em regra os governos e as megaempresas que dominam o mercado da energia fazem tudo por não ligar meia.
3. Sabendo eu isso, acha que iria mudar a minha opinião com base no pouquíssimo que de novo me conta? Sobretudo, a co-incineração não tem apenas o problema das dioxinas. Há mais problemas. Os metais pesados, a irresponsabilidade que implica perpetuar o modelo mental da purificação pelo fogo, o facto de estruturar uma sociedade «pescadinha-de-rabo-na-boca» em que forçosamente ficamos doentes para depois sermos curados pelo complexo químico-farmacêutico, etc., o próprio CO2, as giga-jogas com os filtros que são depurados longe das fábricas por causa das estatísticas (ouvi dizer isto, sim). Ou seja, há aqui algo que não bate certo, e foi também a incineração de lixo ao pé da porta que mo fez ver. Só que não acredito que o comum dos mortais tenha acesso a essa informação e se possa devidamente defender dos muitos perigos envolvidos. Por isso falo, sempre que posso (ou me deixam), para transmitir esta mesma «cassete». A incineração de lixo em geral, e a co-incineração em particular, são meros sintomas duma ciência inerentemente atreita (ou em risco) de deixar de ser democrática.
4. Alternativas: bom, a criogenização dos plásticos em circulação (mas sem tanto azoto líquido, para embaratecer o processo e o tornar economicamente viável em grande escala); a compostagem e metanização de todos os resíduos que tenham origem biológica; outros processos a serem desenvolvidos (a Quercus tem falado nisso); mas também: a mudança de mentalidades que permita dar esse salto.
5. Sou consumidora de produtos biológicos, e acredito na compostagem. Não há melhor maneira de fazer literalmente desaparecer determinado tipo de resíduos, e sei-o também por experiência própria. Mas também vou de vez em quando a hipermercados. Ultimamente tenho ido ao Lidl, e digo porquê: não me obriga a trazer sacos de plástico para casa. Por outro lado, compro lá iogurtes em embalagem (grande) de vidro porque sei que depois posso reciclar essas embalagens, seja em compotas, seja aqui bem perto, na região onde vivo, onde parece que há uma empresa que já anda desnecessariamente a importar vidro para reciclar, por falta de matéria-prima local. E evito o plástico em muitas coisas, claro, sem ofensa para quem trabalha no ramo.
6. Obviamente que ter acesso a informação noutras línguas influenciou (não exclusivamente, é claro) as minhas escolhas, assim como influencia as dos portugueses se forem cada vez menos, neste país, aqueles que conseguirem ler outras línguas para além do português, inglês ou espanhol. Por isso faço um esforçozinho para dizer o que penso. Ser-me-ia obviamente mais cómodo pensá-lo e não o dizer, como muitos farão. Mas este assunto é importante, assim como o foi, na altura, a discussão havida em Coimbra, de resto bem mais elevada do que para aí se diz por todo o lado.
Um abraço
Adelaide Chichorro Ferreira
Cara Palmira,
Devo dizer que apenas pude ler muito na diagonal os seus posts sobre co-incineração, porque tenho pouco tempo neste momento. Atraiu-me um dos estudos que cita, por dizer respeito à realidade portuguesa, sobre a qual há muito poucos estudos. Alguns comentários / dúvidas:
1 - Quando a Palmira se refere à variação sazonal dos poluentes, diz que ela pode ser justificada pela combustão doméstica em lareiras, citando o tal estudo português. No entanto, procurando nesse estudo, não encontro nenhum sítio onde os autores façam essa associação. Pode-me dizer onde ela é feita (ou foi a Palmira que a fez)?
2 - Estranhei que a Palmira não mencionasse algumas afirmações pertinentes que aparecem nesse estudo, que apontam como uma incineradora mal comportada como possível responsável pelos elevados valores de dioxinas encontrados no Porto. Por exemplo:
"é bem notório
que as concentrações mais elevadas foram obtidas na região do Porto"
"na região do Porto, nomeadamente nos concelhos do Porto, Maia e Matosinhos, em 80% do tempo as
concentrações situam-se entre 40 e 400 fg.m-3, ou seja, 4 vezes mais elevados do que na
região de Lisboa. Esta diferença só poderá ser justificada pela existência de uma ou mais
fontes emissoras que possam ser responsáveis pelos níveis atmosféricos registados."
[...]
"A redução dos níveis atmosféricos de PCCD/PCDF na região do Porto poderá ser uma
consequência de algumas medidas que foram adoptadas durante o período a que se reportam
os resultados aqui apresentados, nomeadamente o encerramento do incinerador de resíduos
hospitalares do Hospital de S. João no primeiro trimestre de 2001.
O encerramento de uma fonte emissora com a importância do incinerador de resíduos do
Hospital de S.João deverá ter efeitos, não só no nível global de PCDD/PCDF mas também no
padrão de homólogos das amostras, tal como representado na Figura 5."
3 - Pareceu-me igualmente interessante saber, nesse mesmo estudo, que uma parte significativa das amostras de alimentos (ovos, leite, couve portuguesa, azevém) analisadas no Porto tinham valores de dioxinas elevados, superiores aos recomendados pela OMS e pela Comissão Europeia. Várias ultrapassavam o "limiar de acção" e o "limiar máximo" (o que vai sendo habitual, infelizmente). Fico a pensar qual terá sido a acção que ocorreu desde então, porque não ouvi falar nada sobre esse assunto!
4 - Finalmente, uma pequena precisão: quando se refere às principais fontes de emissões de dioxinas, está-se a referir apenas às emissões para o ar, não é? É que há outras fontes de dioxinas, até mais importantes (mas também mais controláveis, felizmente), nas quais as incineradoras têm uma contribuição muito mais significativa, segundo o estudo europeu que cita.
Cumprimentos,
Nuno Ferreira
Adenda ao meu comentário anterior:
Relativamente ao ponto 2 (aproveito para corrigir um "como" que apareceu no meu texto a mais), era para ter incluído mais uma citação:
"A presença de congéneres hexa-clorados de dioxinas na atmosfera poderá indicar a existência
de emissões resultantes da incineração de resíduos. Nesta perspectiva, a redução do seu teor
poderá ser explicada pela suspensão do funcionamento do incinerador de resíduos
hospitalares do Hospital de S.João."
De assinalar ainda que, nesse estudo português, as concentrações de dioxinas medidas nas amostras de ar ambiente no Porto foram cerca de 10x superiores às da Madeira, o que também me parece interessante, pois mostra uma variabilidade significativa de região para região, a qual pode ser parcialmente atribuída a fontes locais.
Bom, e havia que ver quem financiou o estudo. Se bem me lembro, a própria Lipor e a Valorsul, ou seja, duas empresas que gerem incineradoras. O lixo é queimado todos os dias em enormes quantidades, mas, além disso, só muito de vez em quando se vai fazer uma ou outra medição do impacto, ainda por cima financiada por quem tem interesse na incineração de resíduos. Há quem diga que a ignorância (e a fé) nos torna mais felizes, não é? Ora eu empatizo com quem pode já hoje sofrer de alergias (prenúncio possível de coisas piores) que poderiam ser evitadas. Sei que há muita gente que sofre com isso, e que entretanto tal doença se tornou a modos que «normal». Só que, nas actuais condições, lá muito «natural» não há-de ser...
Um abraço
Adelaide Chichorro Ferreira
Em relação ao comentário anterior podia dizer-se muitas coisas, vou tentar ser conciso.
A Srª Adelaide, que defende muito veementemente os seus pontos de vista, está a precisar de dar um passo em frente na sua relação com a ciência. Se pretende continuar a sua participação pública na discussão de problemas prementes da humanidade tem três hipóteses:
- assume que não sabe do que fala e que gosta de andar aos berros contra tudo e todos, ou;
- assume que não sabe do que fala mas estuda uns manuais de retórica e uns calhelhos dos sofistas e dá uma de filósofa do movimento verde, ou;
- assume que não percebe patavina disto, como a maioria dos mortais, e aproveita as novas oportunidades e inscreve-se num curso de biologia para aprender qualquer coisa.
Quanto a mim parece-me que a melhor opção é a terceira, até porque com a entrada em vigor do tratado de Bolonha os estudos iniciais são de apenas três anos, que serão certamente mais produtivos enquanto estiver a aprender do que a participar em arruadas ou a debitar ignorâncias na internet.
Espero que não fique ofendida com o meu sincero comentário mas já era altura de alguém não ter «papas na língua» e fazer-lhe ver que chega a ser penoso ler alguns dos seus comentários tal é o desconhecimento que mostra de alguns assuntos e a maneira como tenta disfarçar com chavões e abusos de linguagem. Neste caso, em especial, depois de ter sido explicado o mecanismo químico que rege estas reacções só há dois caminhos a seguir, ou se refuta o que foi dito com provas científicas ou, como parece ser o seu caso, decide-se que o autor do texto está a mentir. Se no primeiro caso a discussão pode levar a um maior entendimento e ao cabal esclarecimento das coisas, no segundo não há volta a dar, é como falar com uma porta, qualquer coisa que se diga é descartada sem ser levada em consideração, também conhecido por «argumentum baculinum».
Caro Albert,
devo dizer que foi penoso (para usar uma expressão sua) ler o seu longo comentário e perceber que não estava a discutir os argumentos mas sim os comentadores. Dei o meu tempo como perdido e fiquei sem saber exactamente quais eram os erros que o Albert encontrou no comentário anterior da Adelaide.
Sugiro-lhe a seguinte leitura da Wikipedia: "Argumentum ad hominem" e/ou fazer o que o próprio Albert diz no seu comentário ("refuta o que foi dito com provas científicas", pois só assim "a discussão pode levar a um maior entendimento e ao cabal esclarecimento das coisas").
Cumprimentos,
Nuno Ferreira
Mea culpa!
Caro Nuno,
Tem razão no que diz, eu realmente não estava a discutir o assunto da co-incineração, até porque não tenho conhecimentos relevantes na área, mas parece-me que a maior parte dos comentadores também não o fizeram.
E, dos que o fizeram, ninguém rebateu o argumento do artigo inicial. Alguns dos comentários afloram a problemática em questão mas sem nunca entrarem no âmago da mesma.
O que motivou o meu comentário foi exactamente esse facto, tentar discutir um assunto cirandando em volta dele sem nunca o atingir. Se ofendi alguém peço desculpa, mas penso que para se discutir um assunto não se pode à partida saber que qualquer que seja o argumento do opositor não se vai mudar de opinião. Eu leio o DeRerumNatura frequentemente porque é um blog onde as opiniões aparecem fundamentadas, onde se procura explicar o como e o porquê, onde se pode APRENDER.
É verdade que a informação que se encontra na Internet nem sempre, aliás raramente, é exacta ou completa, mais, não é por ler um artigo que vamos ficar especialistas em química orgânica...
Quanto à leitura que me recomendou achei-a muito interessante, especialmente se lermos os artigos relacionados. Há mais falácias do que as que eu imaginava, algumas talvez se possam aplicar aos comentários encontrados aqui, especialmente aquelas onde se tiram conclusões sobre um assunto apresentando «factos» referentes a outro.
Espero ter esclarecido o meu propósito ao fazer aquele comentário. De qualquer modo tem razão naquilo que diz, concordo que este não é o espaço apropriado para discutir a relevância dos comentários que se fazem nos blogs e apresento desde já as minhas sinceras desculpas a todos os que perderam tempo a ler estas linhas, em especial à autora do artigo em questão, que se deu ao trabalho de tentar fazer luz sobre um assunto que tem tanto de apaixonante como de polémico.
Para não aumentar, ainda mais, o número de comentários irrelevantes para o assunto da co-incineração deixo o meu mail pessoal para que possam, se assim o desejarem, rebater a minha opinião: jardim.roberto@gmail.com.
Respeitosamente,
Roberto Jardim.
Caro colega que me deu imensos bons conselhos (sobre informar-me acerca do que estou a dizer, não andar a falar à volta do tema, etc. etc.):
Procure nas edições MinervaCoimbra e informe-se, antes de mandar bitaites. Organizei um livro sobre este assunto. Não como química ou engª do ambiente, mas como alguém que, sabendo alemão, teve ocasião de aprender que não se fala da mesma maneira sobre este assunto em todo o lado. E tenho recebido suficiente feedback para me fazer ver que nisso, pelo menos, não estou enganada. Quanto aos manuais de retórica, obviamente que fazem sempre jeito, mas... pensei que estávamos a falar de (co)incineração.
Adelaide Chichorro Ferreira
Apenas um breve comentário à posição da sra. Adelaide Ferreira.
Quando refere e fundamenta as suas opiniões sobre a co-incineração, com o pretexto de que sabe alemão... mas que não é química nem eng. do ambiente, fica aqui, apenas, um relatório do "Federal Ministry for the Environment, Nature Conservation and Nuclear Safety". Que sendo, como certamente saberá, de um ministério Alemão, não está escrito em Alemão... Ou a tradução para Inglês, foi mal feita ou a posição sobre a co-incineração dos seus tão presados, "amigos" alemães não é a mesma que a sua... Já que o estudo aconcelha e incentiva à incineração dos resíduos.
O pdf pode se encontrar em:
http://www.seas.columbia.edu/earth/wtert/sofos/Waste_Incineration_A_Potential_Danger.pdf
João Saúde
O protocolo de Estocolmo diz claramente que a co-incineração é uma prática a abandonar.
Será que não foi feito por cientistas?
Já agora um desafio aos entendidos na matéria. Porque não vão viver para Souselas.
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