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2 comentários:
Se eu tivesse oportunidade, humildemente,
sugeria ao doutor Daniel Sampaio que visse
este filme.
Nas nossas escolas, a paranóia do trabalho de
grupo chegou a ser uma panaceia incomodativa.
E aqueles tímidos (introvertidos...) que não
se dão com a confusão eram por vezes
prejudicados nas classificações porque pouco
"participativos". Em contraste, muitos
faladores (vulgo lampeiros...), às vezes mesmo
perturbadores, encaixavam melhor num
"parâmetro de avaliação", que chegou a haver,
intitulado "participação no trabalho", o que
favorecia a sua "avaliação".
Depois, essa "inovação" passou a não ser tão
impositiva...
Mas ainda estamos como estamos...
Não sei se foi por isso que tanta gente
adquiriu tão boas "competências" para
participar em certos programas televisivos.
E (ainda) há (muitos) docentes intrusivos que,
particularmente quando são diretores de turma,
não resistem a devassar a privacidade e mesmo
a intimidade dos alunos.
Mas também começa a crescer o número daqueles
que, embora penalizados em certos inquéritos
de "avaliação" pedidos a encarregados de
educação, lhes comunicam claramente que só
querem saber dos seus alunos o que possa ser
útil para os ajudar no seu papel de alunos.
O resto não lhes interessa, por motivos de
respeito, reserva e pudor.
Fico apreensivo, e até mesmo assustado, com um mundo ou sociedade que necessita ou atribui importância a uma palestra, que justifica com estudos empíricos a necessidade e vantagens da solidão!
Quando considero adicionalmente, aquilo que penso é a audiência média de uma Palestra TED, fico ainda mais preocupado.
Até agora vivi na presunção que as vantagens e benefícios de uma certa dose de introversão ou mesmo de solidão, eram auto-evidentes.
Não tenho a certeza que a fundamentação cientifica da introversão/solidão, represente mesmo um desenvolvimento científico/social das sociedades modernas liberais.
Se calhar estava, mais um vez, enganado.
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