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Transcrevo o poema de Joaquim Namorado, que referi no post anterior:
MANIA DAS GRANDEZAS
Pois bem, confesso:
fui eu quem destruiu as Babilónias
e descobriu a pólvora...
Acredite,
a estrela Sírius, de primeira grandeza,
(única no mercado)
deixou-me meu tio-avô em testamento.
No meu bolso esconde-se o segredo
das alquimias
e a metafísica das religiões
— tudo por inspiração!
Que querem?
Sou poeta
e tenho a mania das grandezas...
Talvez ainda venha a ser Presidente da República...
Joaquim Namorado
5 comentários:
"Mania das grandezas"; sim, senhor;
qual é o português que não as tem?
apontem-me um somente, por favor,
mostrem-me um só, se acaso existe alguém!
JCN
CONTRASTES
Vivemos em profunda carestia,
mas sempre, sempre, a alardear riqueza:
ninguém nos bate em microcefalia
e menos em manias de grandeza!
JCN
FATALIDADE
Ao Prof. António Piedade
Qual terá sido a nossa Mãe primeva
que geneticamente nos legou
esta forma de ser, que perdurou:
romana, visigótica ou sueva?!
JCN
Que se lhe há-de fazer, meu caro amigo:
se Deus nos fez poetas, só nos resta,
perante esta verdade manifesta,
olharmos +ara o nosso próprio umbigo!
JCN
Corrijo, no último verso, "+ara" por "para". JCN
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