segunda-feira, 20 de abril de 2009

PORTUGUÊS RESOLVEU, NO SÉC. XVIII, PROBLEMA MAIOR DA ASTRONOMIA


Informação recebida do Museu de Ciência da Universidade de Coimbra (na foto o cometa Halley):

José Monteiro da Rocha, astrónomo português e o primeiro director do Observatório da Universidade de Coimbra, foi o primeiro a resolver um dos problemas maiores da Astronomia, mas perdeu o reconhecimento para outro cientista, 17 anos depois. O investigador Fernando Figueiredo, especialista em Astronomia portuguesa do século XVIII, mergulhou nos registos antigos e vai estar no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (UC) no dia 21 de Abril às 16 horas para revelar o que já descobriu sobre este e outros nomes maiores do conhecimento em Portugal.

O cientista da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) é o próximo convidado do ciclo de conferências "Astronomia à Terça", promovido pelo Museu da Ciência no âmbito do Ano Internacional da Astronomia (AIA 2009). A entrada é gratuita.

"A palestra pretende ser uma pequena e rápida visita pela História da Astronomia em Portugal. O objectivo é fazer notar ao público que alguma coisa se fez de interessante no nosso país desde o tempo dos Descobrimentos", explica Fernando Figueiredo.

Um dos exemplos da importância da ciência portuguesa é mesmo o primeiro director do Real Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra, que no século XVIII foi o primeiro a determinar a órbita de cometas, 17 anos antes do Heinrich Olbers, que acabou por ficar na história como sendo o autor da descoberta. "José Monteiro da Rocha resolveu um dos maiores problemas de Astronomia do século XVIII, a determinação da órbita de cometas, e fê-lo cerca de 17 anos antes do alemão Olbers. No entanto, é este alemão que fica na história por ter resolvido o problema em 1797, quando o director do Observatório da UC o resolve em 1780", conta Fernando Figueiredo.

José Monteiro da Rocha é um dos astrónomos que o investigador tem estudado no decurso do projecto que desenvolve no Observatório da Universidade de Coimbra. E são precisamente os resultados dessa aventura pela História da Ciência que Fernando Figueiredo vai levar ao Museu da Ciência da UC. Determinado a reivindicar para a ciência portuguesa do século XVIII um lugar na História mundial, o investigador da FCTUC vai também fazer um pequeno percurso pela História da Astronomia em Portugal e apontar lugares de interesse que ainda hoje podem ser visitados.

Para Fernando Figueiredo, há aspectos "interessantes" que não são do conhecimento do grande público e que merecem ser divulgados. "Por exemplo, o telescópio chegou ao Japão em 1613, levado por missionários jesuítas portugueses e, ao contrário do que se pensava, as observações que Galileu fez entre 1609 e 1611 foram conhecidas quase imediatamente em Portugal. Em 1772, a Reforma Pombalina da Universidade criou a primeira faculdade de matemática do mundo, constando no seu currículo uma cadeira de Astronomia", conta o investigador.

Depois de Pawel Haensel, do Nicolaus Copernicus Astronomical Center (Polónia), e de Orfeu Bertolami, colaborador da NASA e da Agência Espacial Europeia, Fernando Figueiredo é o terceiro investigador a participar na "Astronomia à Terça" do Museu da Ciência da UC.

10 comentários:

Anónimo disse...

Somos no essencial ridiculamente provincianos.
Basicamente gostamos do cheiro bafiento das catedras e dos angulos obtusos de inercia de uma certa elite que nos suga o sangue num perpetuo movimento.
O que proponho
que deixemos de olhar para o nosso umbigo e acima de tudo que nos possamos renovar de uma forma plural e sem complexos
Li no outro dia fundamentos de matematica do bento de jesus caraca e e notavel a ideia contra o livro que o dizia, entre outros da edicao cosmos, simplificar o que nao pode ser simples e portanto nao pode ser levado ao publico em geral!!
caracteriza nos demasiado bem

Anónimo disse...

confortavel coimbra dos dinossauros expostos nas redomas de vidro
das ideias que apodrecem nos circulos dos pratos sob o silencio dos anfiteatros e o ruido dos vermes que comem protegidos nos quadrados da estupidez cronica que insiste em tomar conta dos cerebros superinteligentes distantes e cheios de si mesmos

campos, artur

Anónimo disse...

"José Monteiro da Rocha resolveu um dos maiores problemas de Astronomia do século XVIII, a determinação da órbita de cometas, e fê-lo cerca de 17 anos antes do alemão Olbers. No entanto, é este alemão que fica na história por ter resolvido o problema em 1797, quando o director do Observatório da UC o resolve em 1780", conta Fernando Figueiredo.

Em que ficamos? Ou a assertiva de Figueiredo é verdadeira e haverá que retificar a história, ou haverá uma conspiração dos historiadores estrangeiros de Astronomia contra a reposição dos factos.

Como leigo na matéria, adianto apenas que segundo a Britannica:

"In 1779 Olbers devised a new method of calculating the orbits of comets.",

o que lhe daria 1 ano de vantagem sobre a data da façanha do astrónomo português.

Terá havido lapso de leitura da parte de Figueiredo (1797 por 1779)?

Alberto Sousa

Anónimo disse...

O objectivo é fazer notar ao público que alguma coisa se fez de interessante no nosso país desde o tempo dos Descobrimentos
talvez se refira ao futebol club do porto nao sei ou talvez a lobotomia do egas tao especial entre os norte americanos especialmente os lobotomizados pelo querido freeman...
ah o problema maior da astronomia
pois,
esqueci me

Luís Silva disse...

Entretanto, a FCT - entidade que orçamenta a quase totalidade da investigação em Portugal - vai abrir uma linha especial para a história da ciência...em portugal. Ou seja, vamos financiar mais e mais projectos e doutoramentos sobre as contribuições fundamentais de alguém que escreveu uma carta ao Darwin, ou o outro que escreveu a solução de um problema mas nunca publicou, ou ainda aquele que tinha uma prima porteira em Paris que viu passar uma vez a Marie Curie e disse-lhe boa tarde.

Anónimo disse...

«ou talvez a lobotomia do egas tao especial entre os norte americanos»E ainda mais popular nos nossos vizinhos mais próximos escandinavos. Mas desses ninguém fala visto viverem na parte mais desenvolvida da Europa.

Anónimo disse...

Parece q houve tb um protuguês q inventou o cáculo diferencial e integral antes de newton mas n me lembro do nome. Parece q o fez bastantes anos antes e n publicou. Era romântico, fazia poemas soturnos para sobreviver e q começavam com "Plumbeo Céu..", e outras peripécias parece q foram a causa de n publicar .

Por questões de lógica sempre achei a parábola da lebre e da tartaruga 1 estória mal contada. n pode ser. O Tex Averey pecebeu isso qd filmou a parábola à parábola em q o Buggs Bunny deixa o cágado, o elmer fudd e o yosemite sam cortarem primeiro a meta pq estava armadilhada com 1 cartucho de TNT. No fim o Buggs "what's up doc?" sem saber se os havia de levar a sério pq os vencedores, todos chamuscados e escangalhados, teimavam em ostentar uma taça toda retorçida e descascada como 1 banana.


Estes "fait-divers" da história parecem interessantes, até como objectos talvez. Se se deve transormar a parábola em hipérbole, assim de repente, parece-me muita cegueira.

.

Anónimo disse...

É incrível a animosidade que este blog cria. Por um lado são os idiotas dos criacionistas. Por outro são os "cientistas" amadores defensores de excêntricos. Mas parece haver também um bando de frustrados, aquilo a que se pode chamar a ex-concorrência ou aspirantes falhados a concorrentes. O pseudo-poema sobre Coimbra é disso revelador. Qualquer idiota instalado numa universidade minúscula, lá porque é nova já se julga na vanguarda de qualquer coisa. Sobretudo, não vejo como este tipo de textos pode originar tamanha animosidade a tantos anónimos ou a um só mas insistente. Basta dizer uma vez e mais sobriamente, já bastam outras guerras.
E aviso já, o meu blog é anarquista mas censuro os comentários. Pode não ser grande espingarda mas não é latrina nenhuma.

Anónimo disse...

aviso já, o meu blog é anarquista mas censuro os comentários. Pode não ser grande espingarda mas não é latrina nenhuma
deduzo que veio à latrina buscar leitores para o seu blog, assim compreende-se a referência que faz ao mesmo.
de qualquer forma confesso que o meu comentário a coimbra não se enquadra neste blog e lamento ter-me precipitado no uso de determinadas palavras como seja "vermes".
fui de facto infeliz e de futuro argumentarei com seriedade penso que os autores do blog merecem-no no minimo.
art campos

Anónimo disse...

Tenho tido umas visitas vindas daqui mas pensar-se que para certos assuntos se pode pescar público é dar mostras de que sobre eles não se percebe nada. A referência serviu e bem para caracterizar certo tipo de reacções. Em certos meios o que leva à quezília virulenta só pode ser a vaidade, a inveja e outras virtudes "femininas", ou se preferirem, de eunuco. No caso dos criacionistas é o fanatismo religioso que conta com o apoio de espertalhões em filosofia profissional mas suficientemente broncos para se impressionarem com truques de feira em mesas de pé de galo. Outros, tradutores de policiais inchados de erudição subcientífica, se não viessem aqui rebentavam.

Que Coimbra não é o MIT já se sabe, mas já agora gostava de ouvir desenvolvimentos mais argumentados. E sobretudo mais pertinentes. Neste tempo de crise o que mais se vê é gente à procura de bodes expiatórios e a cuspir rancores.


dono do blog anarquista

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