Agradeço as várias intervenções fundamentadas que foram feitas em torno do meu artigo "A última corrida de touros em Arronches". Notei, porém, que os argumentos aduzidos não são novos, tendo já sido ampla e publicamente discutidos. Basta procurar na Net para encontrar polémicas tão extensas quanto inflamadas, nas quais se encontram não só os argumentos como os contra-argumentos. Contudo, há escritos curiosos que ainda não estão na Net. Uma leitora que se identificou teve a a amabilidade de me fazer chegar à minha caixa do correio a cópia de um cartaz sem data, mas provavelmente de meados do século passado (foi visado pela Comissão de Censura), no qual várias personalidades portuguesas se pronunciavam sobre touradas, a convite da Sociedade Protectora dos Animais. Uma vez que esse cartaz vem na linha do meu artigo, que transcrevia posições antigas contra as touradas que se tornaram actuais com o infortúnio recente de um forcado de Portalegre, transcrevo alguns dos depoimentos de intelectuais portugueses da época que nele constam:
"Os espectáculos bárbaros e cruéis, em que o prazer dos espectadores está precisamente na contemplação do martírio e, porventura, na agonia dos animais sacrificados, em que se integram as corridas de touros, o tiro aos pombos e os combates de animais uns contra os outros, devem ser banidos de todas as sociedades com pretensão a civilizadas".
Pedro José da Cunha, Professor e Antigo Reitor da Universidade de Lisboa
"Sou contra os 'touros de morte' como teria sido contra os bárbaros combates dos circos romanos, em que os homens eram atirados às feras. Não posso concordar, portanto, com que se atirem, nos nossos circos, as pobres feras aos homens!"
Leal da Câmara, Professor e Pintor de Arte
"Como homem e como professor não posso deixar de lhes enviar a minha mais completa e entusiástica adesão ao protesto levantada pela Sociedade Protectora dos Animais contra um espectáculo indigno do nosso tempo, da nossa mentalidade, da nossa civilização".
Aurélio Quintanilha, Professor da Universidade de Coimbra
"A multidão desvairada das praças de touros é a mesma multidão odiosa das arenas de Roma, é a mesma multidão que nas madrugadas das execuções se proscreve dos leitos para ir contemplar, numa bestialidade repugnante, o dos condenados à morte a contorcer-se no garrote ou na forca, a cabeça dos decapitados dependurando-se sangrenta, clamando vingança, não das mãos delicadas, da filha de Herodíades, mas sim das mãos imundas, indignas do carrasco."
Ferreira de Castro, Escritor
Perguntava a prezada leitora: seria hoje possível encher um cartaz com depoimentos semelhantes de intelectuais portugueses?
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20 comentários:
Não vi rebatidos os argumentos apresentados pelos leitores. Não basta apresentar a opinião de alguns intelectuais.
O Ferreira de Castro é mais intelectual que o Hemingway? Em quê, a escrever livros não é de certeza porque conheço os dois.
luis
Ferreira de Castro não é mais intelectual que Hemingway.
Aliás pelo texto que transcreve Ferreira de CAstro escreve sobre o que não conhece.
Ao escrever "Multidão desvairada", Ferreira de Castro está pura e simplesmente a afirmar que nunca entrou numa praça de Touros, nunca viu uma corrida, nunca a analisou sob o ponto de vista intelectual.
Aliás caro Carlos Fiolhais, e com todo o respeito, mesmo você escreve sobre aquilo que desconhece, pois nenhum aficionado gosta de ver "Touradas".
O que deveria ser feito era uma coisa simples,: impedir que dinheiros público financiassem uma actividade que vai contra o direito dos animais.
A partir daí é deixar de fazer muito barulho com isto, lentamente assistiremos à morte lenta desta "tradição".
Quanto mais barulho e campanhas extremistas como as dos amigos dos animais, mais se extremam as posições dos amigos dos toureiros e temos peixeirada.
Agora o meu dinheiro a financiar uma actividade que viola várias leis e muito bom gosto, penso ser demais.
Mas num país que está a caminhar para a banca rota, as touradas são o menor dos males.
Já agora, qual a piada de desafiar um mamífero que é vegetariano, tem uma visão lateral, é lento, previsível, investe sempre da mesma maneira, tem chifres cortados, tem medo do branco, pára perante obstáculos como castelos de papel ( eu vá vi ), anda mais devagar que os cavalos, é menos inteligente que estes, muito menos que os homens, cansa-se depress pois não é feito para fundo, vive livre e é metido numa praça cheia de barulho, ai ai ...
É ainda apor cima uma embuste, tentam através do tamanho da criatura mostrar grande bravura, depois de sabida a "arte" é sempre vira o disco e toca o mesmo.
Por isso lhes chamam irracionais.
Enfim.... se fosse á grega antiga ... : )))
ou daqui a uns anos , melhorada a inteligência da criatura por engenharia genética, digamos, ao nível de um macaco...
Em relação ao assunto,pergunto uma coisa: como reagiriam tanto os "aficionados" como as pessoas que se opõem às touradas se fosse possível realizá-las sem o menor dano para o touro? Por exemplo, no passado tentou colocar-se uma espécie de manta de velcro no dorso do touro para que as bandarilhas lá ficassem presas. Não resultou, mas imaginemos que surgia algo que resultava exactamente como as bandarilhas(perfeitamente possível, é uma questão de procurar). Que diriam os aficionados disso? Veriam a corrida? E os opositores? Aceitariam as corridas de touros (assumindo que, desta forma, não se faria mal ao animal, claro)?
R:João Sousa André
existe algo de parecido nos EUA, onde as bandarilhas são substituídas por umas ventosas.
Os aficionados , obviamente , não acham tanta piada, falta aquele vermelho ....
e depois o bicho não se cansa tanto, não fica tão raivoso, começa a desinteressar-se da coisa, e a palhaçada de todo o espectáculo fica mais a nu.
por isso em Espanha picam o touro, para espicaçar a besta LOLLL
Sem isso um herbívoro é isso mesmo, um animal que sonha comer ervas, não andar atrás de cavalos.
Saudações!
Mais uma vez não se apresenta nenhum argumento.
Manda-se apenas meia dúzia de bitaites.
Pode-se não gostar da tourada e achá-la uma actividade imbecil e bárbara. Eu, por mim, considero andar de skate uma actividade que tira a dignidade ao Homem. Vai-se proibir o skate ou as touradas por causa disso? Não! A leitura do post do insulto do Desidério Murcho ficaria bem!
Repare que não lanço nenhum argumento do tipo: quem não está lá dentro não sabe como é; é uma tradição que tem séculos e a tradição é a maior! Nada disso.
Pode-se dizer que a tourada consiste na matança do touro de forma cruel de forma a proporcionar divertimento aos que assistem.
Podemos dizer que isto está mal por dois motivos:
1) os animais têm direitos que têm de ser respeitados;
2) estamos a causar um sofrimento ao touro (pelas circunstências da morte ou pelo encurtar da sua vida) superior ao prazer que temos ao matá-lo.
Para o Estado proibir as touradas teria, por uma questão de lógica, de reconhecer direitos aos animais. Mas tinha de reconhecer esses direitos de forma universal e não apenas para as touradas (o que seria o cúmulo da incoerência!).
Ora, se o fizesse, parece-me óbvio que isso implicaria que nos tornássemos vegetarianos ou que os testes científicos com animais se tornassem proibidos.
O que está verdadeiramente em questão é os direitos dos animais. Não faz sentido fazer apelos às emoções com as touradas.
Cumprimentos!
Pelo que vejo os estrangeirados anti-cultura portuguesa continuam no grau zero do conhecimento.
Ao contrário de todas as manifestações desportivas e culturais em Portugal, a Arte Tauromáquica é a única que não depende do dinheiro dos contribuintes.
A foto do post é de uma corrida de touros em Espanha
Sim, sim , Ferreira de Castro tem razão ao referir-se a uma "multidão desvairada" Quem não se lembra da multidão, em Barrancos, a regozijar-se e a festejar à volta do cadáver do touro a ser arrastado por cavalos ? Por favor, isto ficou-me como uma memória triste da terra de Barrancos que merece estar associada a outros feitos nobres, como o apoio aos refugiados espanhóis aquando da guerra civil de Espanha.
De facto, a tourada apela ao que de pior existe na natureza humana.
Há uma canção memorável de Jacques Brel, intitulada "Os touros" que termina assim:
"Os touros aborrecem-se ao domingo
Quando se trata de morrer para nós
Mas a espada vai penetrar e a multidão debruça-se
Mas a espada penetrou e a multidão está de pé
É o instante de triunfo em que os merceeiros se julgam Nero
É o instante de triunfo em que as inglesas se julgam Wellington
Ah!
Será que quando caem por terra
Os touros sonham com um inferno
Em que arderiam homens e touros defuntos
Ah!
Ou então na hora de morrerem
Não nos perdoarão eles
Quando pensam em Cartago Waterloo e Verdun
Verdun"
Tudo falha nesta discussão das touradas, porque uma parte (a anti-touradas) acha que "o prazer dos espectadores está precisamente na contemplação do martírio e, porventura, na agonia".
Nada mais falso! Sou professor universitário, ex-músico, ex-quadro superior empresarial e beirão (não criado em família de aficionados nem cultura de aficionados, portanto).
Mas a tourada não é nada do género. O prazer está no confronto com a realidade. Com a naturalidade da morte, do perigo, com a fragilidade da vida. Do animal e do ser humano. Há um momento ritual, um momento que dura horas. Podia ser uma religião, mas é uma comunhão, um momento em que a vida ganha sentido para o animal e para o humano, pois ambos morrerão nalgum momento, mas ali entregam-se ao significado último da vida.
Poderão os crítico dizer "não, o touro é forçado". É um ponto de vista válido. Mas repare-se que ninguém empurra o touro para investir. É a sua natureza. É um momento de entrega da vida à vida, da vida à morte. É a beleza de toureiro, de forcado, de animal, se sentirem vivos. Sim, é a sensação de máxima existência.
Para quem não compreende, parece que estou noutro mundo. Mas não estou. Só é preciso é que quem não compreende perceba que tenho direito à minha perspectiva do mundo, e que não é bárbara, senil, nem ignorante. Simplesmente é diferente da vossa. Que considero anódina, escondida da realidade, de rosto afastado do mundo e da vida. Mas compreendo que não concordem com esta minha perspectiva de vós.
Resume-se a isto: tolerância, democracia e liberdade. Algo que argumentos como "o prazer dos espectadores está precisamente na contemplação do martírio e, porventura, na agonia" não têm. São argumentos de intolerância, de ditadura e de opressão.
Eu já assisti a touradas, não muitas, mas já. E assisti, quer em recintos próprios para o efeito, quer na rua. Até já vi touros a morrer afogados numa tourada - sério, foi nos Açores. E também já vi touros fugidos de um espectáculo taurino a correrem desvairados, entre carros e pessoas, pelas artérias de uma cidade: foi em Almada.
O que nunca vi foi espectadores de touradas contemplando, em pose etérea e sabiloquente, a beleza metafísica da arte da tortura e abate do bichoro. Pelo contrário, berram em voz bagaça, guincham, arrotam, saltam, peidam, e tais em preparos que, por contraste, até fazem o boi parecer um curador de museu, um restaurador de presépios, ou quiçá um bibliotecário da Torre do Tombo a avaliar o estado de conservação de um periclitante manuscrito do século XIII.
Creio que terão sido estas menos vulgares manifestações de êxtase estético que induziram em erro Ferreira de Castro. Ingénuo, o grande escritor, levado pelas aparências, terá pensado que tal comportamento dos aficionados teria alguma a ver com antigos divertimentos populares, como execuções no cepo, na forca e empalamentos. Mas não. Tudo aquilo é estética, samádhi, e comprensão do sentido da vida. E quem negar isto, é inculto, antidemocrático e intolerante.
Berrar com voz bagaça ou sem ela, guinchar, arrotar, saltar, peidar, etc... são actos normais e humanos. Não para um salão, não para um convento. Mas são de facto autênticos.
E nada revelam do sentir interior. Claro que servem que quem não berra nem guincha, arrota em privado, não salta desde que envelheceu, se peida mas em privado, etc... achar que daí se pode depreender algo sobre emoções e sentimentos.
Sim, de facto o comentário das nuvens de fumo é uma boa mostra de intolerância - entre outras coisas.
Alguns argumentos contra os touradas são fortes. Há que reconhecer que traduzem um prazer pouco elevado do homem, enquanto espectador. Mas os prós têm de ser considerados: 1. forma de agregação e de catarse colectiva; 2. uma forma do homem se superar, superar os seus medos;3. Manter viva e recordar-nos de forma atenuada a própria dimensão animal e violenta do homem.
Manuel
Eu sou a favor das touradas desde que substituam os touros por adeptos das touradas. De outra forma, não vejo porque não fazer-se corridas de cães e corridas de gatos e corridas de cavalos, com os animais a serem ali espetados e o povo a aplaudir em delírio!
Se querem "catarse colectiva e agregação", vão para dentro de um ringue de vale tudo andar à trolha com uma bestinha daquelas! Isso é que é valentia, não é cá andar a espetar um animal que não pediu para ali estar!
O debate de ontem, 5ªfeira 23 de Abril, na SIC, acerca da tourada e do sofrimento animal teve um lapso devido ao facto de não ter sido convidado para a sessão um antropólogo ou um sociólogo. A tourada não é só um divertimento, é também um valor social, económico, histórico e cultural.
A tourada é um valor social.
A tourada é um valor social devido à sua função de sublimar a agressividade e de funcionar como catarse social tal como o futebol; não pode haver sociedades civilizadas sem estes rituais e o sofrimento faz parte da sociedade e da vida. A tourada é uma luta ritualizada entre a força bruta animal ( o touro de 300 a 400kg e um par de cornos) e o homem que não tem nem cascos, nem cornos, nem a força e imponência de uma besta de 300 a 400kg; o toureiro tal como o cavaleiro e o cavalo arriscam as suas vidas num tal espectáculo e o touro, se conseguir mostrar a sua valentia será poupado, viverá uma vida regalada em verdes pastos a procriar...isso em Portugal pois em Espanha são mortos na arena.
A tourada é um valor económico: É uma fonte de trabalho e de rendimentos para muitas famílias, permite o aproveitamento das terras e evita os incêndios tão frequentes nas terras abandonadas, faz viver os touros, cavalos e cavaleiros e é uma actividade que não vive de mão estendida a pedir subsídio ao estado. Além disso é um valor turístico de grande importância.
A tourada é um valor histórico, que pertence ao nosso património cultural. Embora também haja touradas em Espanha e na América do Sul por influência espanhola, a tourada dita à Portuguesa é muito superior à Espanhola pelo seu valor humano ao não matar os touros na arena e ao salvar os de maior valentia e coragem para reprodução.
Do ponto de vista biológico a tourada é uma simbiose ou seja uma associação que beneficia tanto ao parasita como ao parasitado: O touro leva uma vida feliz graças ao homem; vive em liberdade, é tratado e acarinhado e o homem ao explorá-lo também ganha e mata uma determinada percentagem deles após as touradas. É de notar quea tourada é um combate igualitário em que a força bruta do touro é compensada pela arte do toureiro, perigoso para o toureiro e cavalo mais do que para o touro e no qual esse mesmo touro pode sair vencedor ao não ser morto.
No entanto a questão que foi posta na emissão pelo representante dos animais foi a questão do sofrimento animal: Será que o touro sofre?
A touradao é uma luta e traz automáticamento algum sofrimento e stress para o touro e isso foi bem respondido na emissão, agora essa pergunta leva à questão seguinte: será que esse pretenso sofrimento justifica que as touradas sejam abolidas? Essa é uma das questões essenciais.
Primeiro ponto de reflexão; as pessoas não vão às touradas para se regozijarem sadicamente com o sofrimento do touro, da mesma maneira que quando vão ao restaurante comer um bife com batatas fritas não se deleitam com o sofrimento da vaca ou do boi que providenciou o dito bife.
Segundo ponto, quando os pescadores pescam sardinhas ou carapaus ninguém tem dúvida de que as sardinhas e os carapaus sofrem quando são pescados, mas esse sofrimento animal justifica que se acabe com as pescas? Que se acabem com os pescadores, as fábricas das conservas e os barcos? Não estarão os defensores dos animais, nesta questão das touradas, a ultrapassar a linha do bom senso ou a pôr-se demasiado na pele dos animais esquecendo-se que são humanos e não animais? Se assim não fosse a cada vez que estivessem a comer um bife estariam a cometer um acto de canibalismo.
A interpretação do defensor dos animais de que as pessoas vão às touradas por estarem habituadas a isso desde pequenos e que precisariam de ser reeducadas para deixarem de frequentar esse espectáculo é pouco convincente e superficial; a tourada é um espectáculo que vai muito para além desta sua interpretação simplista e abusiva, pois é uma luta simbólica, uma luta ritualizada entre a força bruta do animal e a inteligência do homem, do homo sapiens.
Toda as sociedades humanas têm necessidade de rituais e a tourada é um deles. Numa sociedade em que cada vez há menos rituais seria extremamente contra-produtivo acabar com as touradas e substitui-las pelo sugestão do representante dos animais por horas e horas sucssivas e intermináveis à frente de écrans de televisão e de computadores a ver histórias fictícias, numa realidade virtual, cada vez mais alienados da vida em sociedade e da sua humanidade.
Uma afirmação errada proferida pelo representante dos animais foi a de que a tortura dos animais era uma constante na infãncia dos serial killers e psicopatas. Ao falar assim, esse senhor associou as touradas a sessões públicas de tortura de animais e acusou-as de estarem a educar as crianças que vão às touradas com os pais e familiarers a serem psicopatas em série, ora isso está completamente errado e até pode ser considerado como insultuoso: Para já o número de serial killers e psicopatas em série em Portugal é diminuto e, que eu saiba, nos USA, não há touradas mas há muitos serial killer. Depois, para haver tortura tem de haver sofrimento em alto grau inflingido a alguém ou a um animal que não se pode defender, que está amarrado e impotente perante as agressões que lhe são inflingidas, o que não é o caso das touradas pois as vezes em que os toureiros vão parar ao hospital com cornadas dos touros, sem falar de cavalos estropiados provam bem que o touro pode reagir à vontade.
Outra questão que ali posta é a seguinte: Qual é o papel dos animais na vida dos homens?
Desde que o homem é homem que os animais são a sua fonte de alimentação e de ajuda no dia-a-dia; a pele dos animais é aproveitada para o homem se vestir e para fazer sapatos, a sua carne para se alimentar, a sua força para o transporte e para a agricultura, etc... e também para se divertir. Se o representante dos animais acha que devido ao sofrimento do touro se deveriam abolir as touradas então aconselho-o a deixar de comer carne ou peixe, a deixar de usar sapatos de pele, a fechar as fábricas de salsichas e de conservas de peixe, etc...
Na realidade, o homem e o animal estão em simbiose, dependem um do outro e as touradas são um belo exemplo disso: Acabar com as touradas é acabar também com os homens que vivem delas...e depois finalmente com os touros.
Nem sim, nem não! ou talvez nim!
Mas:
Direitos dos animais? Não me façam rir!... (
e até seria curioso fazer uma «devassa» (cáspite!) da vida dos defensores desses direitos...) e não seria de estranhar que a maioria (sentimentalista) dos que se preocupam com os animais - e bem - se comporta com os seus semelhantes de uma maneira que em nada dignifica o ser humano... - mas isto digo eu.
Ou não terão eles (os animais), como qualquer ser, direito à vida? -- Parece que esse direito é, senão esquecido, pelo menos posto de parte a favor do supremo interesse de...? Ah, pois, é preciso (cientificamente provado/testado) que se tem que comer carne ou peixe... pois continuem a navegar por essas águas e não terão a oportunidade de ver o que vos turva a visão... da realidade (tão simples) e do mundo.
[«Comentário» à Eugénia]
Eu ouvi o debate e a primeira coisa que me veio à cabeça foi, precisamente, escrever ao «moderado» a chamar a atenção da falta de um antropólogo (um especialista, mais propriamente dito) para enriquecimento do debate (e não quero entrar aqui na «constituição das equipas», porque o que se passou ali, a esse nível, é (foi) vergonhoso para a discussão... mas é assim que se vai fazendo «história» e se vai «educando» as massas...
Argumentos (seja qual for o tema de debate), existem sempre contra e a favor; o grande problema é saber destrinçar a «verdade» (digamos assim) de cada um (dentro de si) e, com debates deste quilate, «ganham» sempre os mais bem falantes (e então se apresentarem estudos e números... pfu!), já que cai melhor no goto da turba, ainda que contrário ao próprio sentimento das massas... Para os «flutuantes» (massa acrítica) é bem estar sempre «alinhado» com o último grito da moda --, seja lá o que a moda for... e quem dita as modas... já conversámos.
Daí, subscrever integralmente o seu comentário e iria mais longe: ainda ninguém se lembrou de criar uma associação de defesa dos vegetais (sim, porque até há pouco tempo, os animais parece que não tinham direitos, nem inteligência, nem sentir... e daqui a uns anos, (retrospetivamente) não se poderá passar o mesmo com as plantas? - é uma pergunta parva para quem queira pensar (ou não):).
EU axo ke nao era necessario acabar comi sto das touradas apenas fazelas fazendo sem derramar sangue bastava fazer cmo nos estados unidos ond é colocado um tapete nas costas do toiros
estas besteiras que fazem com os animais e injusto eles merecem respeito e merecem o direito a vida se eu podesse fazer alguma coisa acabava com as touradas e os maus tratos aos animais
As touradas são das maiores provas de respeito pelo touro... e enquanto não perceberem isto, os anti-touradas estarão a pregar para a parede.
desculpen la mas eu vou ser cincera convosco
1 se quizesses matar um touro nao era preciso
estalo a massacrar crava e crava e crava e crava e crava!!!!!!!!!!!!!! por amor de deus!!!
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