quinta-feira, 27 de novembro de 2008
ORIGEM DA VIDA
Informação recebida da Escolar Editora:
“Origem da Vida: Recentes Contribuições para um Modelo Científico”, de Ilda Dias e Hernâni Maia, Escolar Editora, Lisboa, 2008.
Das teorias criacionistas da Antiguidade e do evolucionismo pós-renascentista do século XIX às explorações interplanetárias e cósmicas do século XXI. Publicada no limiar do "Ano de Darwin", em que se celebram os 200 anos do nascimento do cientista a quem se deve a primeira proposta de uma origem química para a Vida, e também no limiar do "Ano Internacional da Astronomia", a ciência a que se devem as mais recentes contribuições para a consolidação de um modelo científico para a origem da Vida, esta obra prefigura-se como um contributo para as celebrações que terão lugar no ano de 2009, que se aproxima.
Lançamento em Lisboa: Novembro 18 (18:00 horas), na Livraria Escolar Editora, Edifício C5 da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). Apresentação por Doutor Filipe Duarte Santos, professor catedrático de Departamento de Física da FCUL, e Doutor Joaquim Moura Ramos, professor associado de Departamento de Engenharia Química e Bioquímica do IST.
Apresentação em Braga: Novembro 25 (18:00 horas), no auditório do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa. Apresentação por Doutora Graciete Tavares Dias, professora catedrática de Ciências da Terra e presidente da Escola de Ciências da Universidade do Minho, e Mestre Arq. João Carvalho Vieira, administrador da ORION — Associação Científica de Astronomia do Minho.
Apresentação no Porto: Novembro 27 (18:00 horas), no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto (UP). Apresentação por Doutora Teresa Lago, professora catedrática de Matemática Aplicada (Astronomia) da Faculdade de Ciências da UP, e Doutor Alexandre Quintanilha, professor catedrático do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da UP.
Apresentação em Coimbra: Dezembro 4 (18:00 horas), Museu de Ciência (Laboratorio Chimico) da Universidade de Coimbra (UC), Largo Marquês de Pombal, Coimbra. Apresentação por Doutor Sebastião Formosinho, professor catedrático do Departamento de Química da UC, e Doutor Milton Costa, professor catedrático do Departamento de Bioquímica da UC.
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3 comentários:
Os evolucionistas têm tentado explicar a origem da vida em termos meramente naturalisticos.
Alguns modelos situam a origem acidental da vida em locais tão diferentes como;
1) uma sopa prébiótica;
2) lama,
3) rochas,
4) oceanos,
6) fontes hidrotermais,
7) gelo,
8) mundo RNA,
9)Marte,
10) espaço, etc., etc.
Os criacionistas dizem que estes modelos estão votados ao fracasso por uma simples razão: a vida depende de informação codificada.
E a informação codificada, armazenada nas sequências de nucleótidos, é uma realidade imaterial, só podendo ter uma origem imaterial inteligente.
É isso que distingue o DNA de cristais ou cubos de gelo. O DNA armazena a informação que, depois de precisamente transcrita, traduzida, executada e copiada, desencadeia os triliões e triliões de reacções químicas necessárias à produção, reprodução, sobrevivência e adaptação de múltiplos seres vivos, de acordo com a sua espécie.
Diferentemente, os cristais e os cubos de gelo são sempre cristais e cubos de gelo, pelo menos até se desfazerem ou derreterem.
A Palmira Silva, nas suas intervenções, bem tentou tornar plausível a origem casual da vida. Mas em vão.
A mesma continua a ser um dos mistérios da ciência naturalista, sem solução à vista.
Os naturalistas afirmam que um dia encontrarão solução.
Mas isso só demonstra que o seu naturalismo é uma visão ideológica a priori.
Primeiro vem o naturalismo e só depois é que se espera a sua confirmação.
Até agora, em matéria de origem da vida o naturalismo não foi confirmado.
Os criacionistas, que também têm a sua fé, afirmam que não o será. Desde logo, por razões teológicas.
Se Deus efectivamente criou a vida de forma racional, a ciência nunca conseguirá encontrar uma causa naturalista e aleatória e acidental para a vida.
Mas para além da natureza imaterial da informação, que torna fútil qualquer tentativa de explicar a sua origem por processos materiais, existem outras dificuldades para a origem acidental da vida, podendo sintetizar-se aqui o essencial dos argumentos criacionistas.
Deve começar por referir-se o facto de que não existem testemunhas humanas da origem acidental da vida, em qualquer momento da história passada e presente.
Na verdade, existe evidência histórica mais sólida de que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos, do que de que a vida surgiu por acaso.
Só a adesão prévia a uma visão do mundo naturalista é que exige que a vida tenha surgido por acaso, apesar de toda a evidência que torna isso impossível.
A origem de uma molécula com capacidade para se reproduzir é um mistério sobre o qual a ciência naturalista nada tem a dizer.
O que a ciência naturalista consegue dizer acerca da origem da vida é apenas: uma mistura reagente desconhecida, sob condições de reacção desconhecidas, reagindo para produzir produtos desconhecidos através de processos desconhecidos mediante mecanismos desconhecidos produziu o DNA.
Basicamente é tudo o que se sabe sobre a origem da vida.
Como se vê, uma visão naturalista da vida é puramente ideológica.
A mesma não se baseia em qualquer afirmação científica sólida. Primeiro vem a conclusão (a vida surgiu por acaso) e depois procura-se comprovar (sem sucesso) essa conclusão.
Algumas formas de criacionismo também podem apresentar uma estrutura semelhante.
Mas pelo menos não se vêem obrigados a contrariar a lei da biogénese nem a ir contra probabilidades infinitesimais.
Além disso, elas são confirmadas pela existência de um elemento imaterial e inteligente no DNA: informação codificada.
A verdade é que a origem da vida poderia resultar apenas da acção de um designer sobrenatural, externo e inteligente, totalmente distinto e independente do Universo natural.
Não sendo possível avançar muito neste domínio, limitamo-nos a chamar a atenção para alguns problemas que tornam impossível a origem casual da vida, tais como são referidos na literatura criacionista.
1) a ausência da necessária atmosfera
A nossa atmosfera é composta em 78% por nitrogénio (N2), 21% oxigénio molecular (O2), e 1% de outros gases, como dióxido de carbono CO2), argon (Ar) e vapor de água H2O).
Uma atmosfera contendo oxigénio livre seria fatal à vida, oxidando e destruindo as moléculas necessárias à vida.
Por seu lado, a inexistência de oxigénio também seria fatal à vida, na medida em que não seria possível à radiação solar transformar oxigénio diatómico em oxigénio triatómico, que é o ozono O3.
Sem oxigénio não há ozono. Sem ozono não há protecção contra raios ultra-violeta. Estes seriam igualmente fatais para as moléculas da vida.
Ou seja, uma teoria naturalista da vida enfrenta um problema sério: com oxigénio, a vida não poderia evoluir.
Sem oxigénio, não haveria ozono e a vida também não poderia evoluir e subsistir.
2) Todas as formas de energia pura são destrutivas
A energia disponível numa hipotética Terra primitiva consistiria, essencialmente, de radiação vinda do Sol, alguns relâmpagos e decaimento radioactivo.
O problema é que as taxas de destruição das moléculas resultantes de todas as fontes de energia ultrapassam largamente as taxas de formação com base nessa mesma energia.
Foi por isso que Miller e Urey tiveram que proteger os produtos da sua experiência da fonte de energia.
Eles sabiam que a energia seria fatal para os mesmos.
Só que uma tal protecção não existiria numa Terra primordial.
Além disso, uma tal protecção tornaria impossível o processo de evolução., na medida em que tornaria impossível o progresso por falta de energia.
Se a experiência de Miller e Urey prova alguma coisa, essa coisa é que a origem acidental da vida é impossível.
Não admira que o próprio Francis Crick tenha escrito que a probabilidade de a vida surgir por acaso é zero!
3) Um cenário evolutivo criaria um caldo de compostos absolutamente caótico.
Entre outras coisas, muito para além dos 20 aminoácidos que formam as proteínas, encontrariamos muitos outros aminoácidos, juntamente com os mais variados compostos químicos.
O problema é especialmente grave na medida em que os aminoácidos necessários à vida têm que ser obrigatoriamente “canhotos”, ao menos na esmagadora maioria dos seres vivos.
Se um único aminoácido “destro” surgir numa proteína destrói imediatamente toda a actividade biológica.
Qual o mecanismo que permitiria seleccionar o tipo certo de aminoácido?
Os evolucionistas bem podem tentar pegar um hipotético e caótico caldo químico primordial e aplicar-lhe radiação ou descargas eléctricas, mas os resultados pura e simplesmente desmentem o seu naturalismo.
4) As micromoléculas não se combinam espontaneamente para formar macromoléculas.
Já aqui temos vindo a insistir que o DNA não é um simples agregado de moléculas.
Ele é o mais evoluído e miniaturizado sistema de codificação e armazenamento de informação que se conhece.
A informação, em si mesma, distingue-se do código em que é transmitida e do suporte físico.
Esta mensagem poderia ser transmitida em inglês, francês ou alemão e armazenada em livro, CD, etc.
Não existe uma molécula auto-replicante, nem poderia alguma vez existir.
Uma tal molécula exige informação para seleccionar e aplicar quantidades precisas de energia e materiais.
As proteínas só funcionam com uma sequência precisa de aminoácidos.
O DNA e o RNA necessitam de sequências precisas de nucletótidos, compostos de purinas, pirimidinas, açucares e ácido fosfórico.
Por outras palavras, o DNA só funciona graças à informação que o faz funcionar e ao sistema capaz de reconhecer, ler e executar essa informação. Só se existirem simultaneamente o software e o hardware da vida é que esta é possível.
Isso é um forte argumento no sentido da criação inteligente e sobrenatural da vida.
Se os aminoácidos se dissolverem em água, eles não se juntam espontaneamente para formar uma proteína.
Isso necessitaria da administração precisa de energia.
Por sua vez, se as proteínas se dissolverem em água, as ligações químicas entre aminoácidos tendem a quebrar-se. O mesmo se aplica ao DNA e ao RNA.
Eles tendem para a dissolução, e não para a auto-produção.
Só um cientista, com todos os cuidados, pode contrariar esta tendência. Mas isso é design inteligente.
Não é um processo aleatório.
A existência de uma molécula de DNA auto-replicante é uma fantasia naturalista, destituída de qualquer plausibilidade racional.
5) O DNA só consegue sobreviver mediante sistemas de reparação
O DNA, o RNAm, o RNAt, etc. podem ser destruidos de muitas maneiras, incluindo radiação, água ou nanopartículas.
O resultado é um grau significativo de instabilidade genómica.
Um estudo recente mostrou que existem, pelo menos, 130 genes humanos de reparação, esperando-se encontrar mais.
Sem esses genes, a instabilidade seria um problema insuperável para o genoma.
Se o genoma surgisse sem um sistema de reparação numa Terra primordial, ele tenderia naturalmente a dissolver-se em água.
A velocidade de destruição do DNA seria certamente muito maior a uma hipotética velocidade de formação por processos aleatórios.
Sem um sistema de reparação, o DNA não conseguiria sobreviver, mesmo dentro do ambiente protegido da célula.
Isso significa que para sobreviver, o DNA necessita de genes de reparação do DNA, sendo certo que estes só existem se estiverem codificados e especificados no DNA.
Mas seria impossível a evolução dos genes de reparação do DNA antes da evolução do DNA.
E seria impossível a evolução do DNA sem a existência de genes de reparação do DNA.
Tudo isto mostra que a criação sobrenatural e instantânea, tal como a Bíblia ensina, é realmente a única explicação racionalmente plausível para a origem da vida.
Além disso, seria ridículo imaginar que os genes de reparação de DNA podem evoluir mesmo que uma célula já existisse.
Os genes codificam sequências de centenas de aminoácidos que especificam proteínas que são os agentes efectivamente envolvidos na reparação do DNA.
O código no DNA é traduzido em RNA mensageiro (mRNA), que por sua vez é incorporado no ribossoma, onde se opera um procedimento altamente complexo e preciso de produção de proteínas de acordo com instruções pré-estabelecidas, não havendo tempo para dissecar aqui o processo.
Em todo o caso, uma coisa é certa: comparar o DNA e a vida com cubos de gelo ou sal, como fizeram a Palmira Silva e o Ludwig Krippahl, só pode ser uma piada de mau gosto.
Quanto a este ponto, a posição criacionista foi sintetizada por Lee Strobel, no seu livro The Case for a Creator, 2004, 244
Nas suas palavras,
“Os dados no âmago da vida não são desorganizados, não são simplesmente ordenados como nos cristais de sal, antes são informação complexa e especificada, que pode realizar uma tarefa espantosa – a construção de máquinas biológicas que excedem de longe as capacidades tecnológicas humanas”
Enquanto não perceberem que a vida depende de uma grandeza imaterial - informação codificada - que só pode ter tido uma origem imaterial e inteligente, os cientistas naturalistas irão continuar a falhar nas suas explicações.
Em ultima análise, a explicação mais racional e mais conforme à lei da biogénese é: na origem da vida está um Deus vivo.
Caro Doutor Jónatas aka "perspectiva":
Vou gostar imenso de o ver na apresentação deste livro.
Em vez de andar aqui a regougar os copy & past do costume, porque não vai até lá tira todas as dúvidas...?
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