sábado, 11 de agosto de 2007

Message in a bottle

Uma das nossas leitoras deixou um pedido na caixa de comentários do post em que se falava do novo documentário de Dawkins sobre as irracionalidades New Age. A Maria gostaria que abordássemos «A mensagem da água» do senhor Masaru Emoto, um graduado em Relações Internacionais da Universidade Municipal de Yokohama transformado em doutor em medicina alternativa, por correspondência e pela módica quantia de 850 dólares (a preços de 2007), por uma obscura pseudo-universidade de banha da cobra em Calcutá.

Como em todos os misticismos irracionais New Age, convém arranjar uma palavra para designar esta nova coisa, e o pseudo-doutor inventou o fenómeno Hado - e as concomitantes curas Hado -, sobre as quais há inúmeros seminários em que qualquer um pode ser elucidado, por uns irrelevantes 30 ou 35 dólares, sobre o poder curativo de águas expostas a palavras «bonitas»:

Hado cria palavras
As palavras são vibrações da natureza
Assim palavras bonitas criam naturezas bonitas
E palavras feias criam naturezas feias
Esta é a raíz do Universo

Como convém aos que impingem palermices New Age, o «doutor» Emoto debita mensagens de paz, amor, tranquilidade e preocupação com a natureza. De facto, é apenas a sua imensa «bondade» e preocupações humanitárias que o movem numa cruzada em favor das reservas hídricas e contra a poluição das águas e não os livros e demais bugigangas que aproveita para vender a preços astronómicos, como esta garrafa de água «Indigo». Por apenas 35 dólares, o senhor Emoto «oferece» aos cientificamente ignorantes consumidores 227,28 mililitros de água «geometricamente perfeita», «um concentrado estruturado hexagonalmente altamente carregado» (o que disparate quer que isto seja).

Se há algo que me irrita são charlatães que exploram a ingenuidade e ignorância alheias como modo de vida, especialmente quando esses ditos charlatães recorrem a pseudo-ciência para vender idiotices aos mais incautos, categoria na qual se inclui o pseudo-doutor Emoto que faz uso de um diploma que lhe saiu na farinha Amparo para debitar barbaridades como ciência. Nomeadamente afirma que «inventou» a teoria, na realidade uma verdade de La Palice, de que «quando a molécula de água cristaliza a água pura torna-se um cristal puro. Mas água contaminada pode não cristalizar em cristais tão bonitos como a água pura».

Mais patetadas do dito senhor, apresentado como cientista, são reproduzidas em inúmeras páginas da internet como sendo a confirmação de um facto, por exemplo, que há «evidência efectiva de que as energias vibracionais humanas, pensamentos, palavras, ideias e músicas, afectam a estrutura molecular da água».

Como é óbvio, a estrutura molecular da água, H2O quer esteja no estado gasoso, líquido, sólido amorfo ou cristalino, não é alterada muito menos por inexistentes «energias vibracionais humanas». O que varia nos estados físicos em que a água se apresenta é a proximidade e posição relativa das moléculas de água, por sua vez determinadas pelas forças intermoleculares, isto é, as interacções que se estabelecem entre moléculas e que no caso da água são únicas. Embora a morfologia ou hábito dos cristais de água seja muito diversa e dependente das condições em que os cristais crescem, a sua estrutura cristalina é sempre a mesma, determinada em parte pelas ligações de hidrogénio estabelecidas pela água, não é influencida por patetadas místicas como a banha da cobra deste senhor pretende.

Existem 12 estruturas cristalinas diferentes mais dois estados amorfos (sem estrutura, normalmente designados por vidros) para o gelo. Nas condições de pressão e temperatura vigentes no nosso planeta, o gelo existente na Terra aparece numa estrutura hexagonal (isto é, a tal estrutura que o senhor Emoto vende a 154 dólares o litro) denominada gelo Ih, em que cada molécula de água se liga a quatro outras por ligações de hidrogénio resultando numa estrutura mais aberta e menos densa que na água líquida (à temperatura de 4ºC, aquela em que a densidade da água é maior, 1g/cm3, cada molécula de água estabelece em média 3.4 ligações de hidrogénio, embora exista alguma controvérsia em relação à estrutura da água líquida).

De facto, a molécula de água, uma molécula pequenissima, apresenta propriedades completamente anómalas, com muitas características que lhe são únicas, devido exactamente à sua estrutura molecular. Algumas dessas propriedades únicas são conferidas pelas referidas ligações de hidrogénio e por uma das constantes dieléctricas mais elevadas apresentadas por um líquido.

O físico francês Charles Augustin de Coulomb (1736 - 1806) investigou a força que existe entre duas partículas carregadas e a lei com o seu nome diz-nos que a interacção entre duas partículas com carga é directamente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. Mas essa força depende ainda do meio no qual as partículas estão imersas: a interacção coulômbica é muito maior se as partículas estiverem no ar do que se elas estiverem na água sendo inversamente proporcional à constante dieléctrica do meio.

Isto é, a água, uma substância que apresenta um momento dipolar de 1,85 D - os átomos e moléculas são constítuidos por partículas com carga, electrões e protões, e no caso da água os centro das cargas positivas (situado entre os dois átomos de hidrogénio) e o negativas (no oxigénio) não coincidem - é um bom solvente para compostos iónicos, como o sal de cozinha, uma vez que estabiliza por interacções ião-dipolo os iões constituintes e e «diminui» a atracção entre eles.

A estrutura da água é assim alterada quando esta solvata sais iónicos e propriedades físicas como a temperatura de fusão ou tensão superficial são alteradas em relação à água pura. Assim, não é de espantar que algumas das amostras de água «feia» referidas por Emoto não solidifiquem (à temperatura de -5ºC a que «trabalha») uma vez que têm grandes quantidades de sais dissolvidos. Suponho que todos saibam que, por exemplo, se deita sal de cozinha nas estradas nas latitudes menos amenas exactamente para evitar a formação de gelo já que o sal baixa a temperatura de fusão da água. Ou que se adiciona etilenoglicol e outros anti-congelantes (agora o abaixamento crioscópico tem a ver com ligações de hidrogénio e não interacções ião-dipolo) aos radiadores para evitar que a água de refrigeração congele.

As imagens que ele refere como sendo de cristais da «mesma» água após rezas, «audição» de músicas sortidas ou restante mumbo-jumbo são claramente imagens de cristais obtidos a partir de vapor de água, não de água líquida. Por exemplo, o cristal perfeito obtido depois de submeter a «orações» água da represa Fujiwara é impossível de obter a partir de água no estado líquido, isto é, Emoto teve de evaporar a água, isto é, purificá-la por destilação, para obter estes cristais.

Sobre a estrutura dos cristais de água, esta página de um grupo do Caltech explica de forma simples as diferentes morfologias encontradas que dependem das condições em que os cristais crescem. A página trata essencialmente da morfologia de cristais obtidos a partir de vapor de água, os mais espectaculares e aqueles que Emoto afirma serem de água líquida sujeita a «terapia» Hado.

Na realidade, como este diagrama mostra claramente, a maioria se não todos os cristais «bonitos» do vendedor de banha da cobra, supostamente obtidos de águas «santas» ou submetidas ao mumbo-jumbo Hado, foram na realidade obtidos a partir de vapor de água (ou seja, água praticamente pura, qualquer que seja a sua origem, mesmo água do esgoto) sendo a sua morfologia dependente da temperatura, grau de saturação em vapor de água, velocidade de arrefecimento, etc..


Por sua vez, os cristais expostos a «vibrações» ou «palavras» negativas parecem na sua maioria obtidos a partir de finas camadas de água líquida que pode ter ou não diversas impurezas dissolvidas. Com impurezas dissolvidas que baixem a temperatura de fusão da água para um valor inferior ao que utiliza, -5ºC, a amostra simplesmente não solidifica. Nos restantes casos, obtêm-se sólidos com a mesma estrutura cristalina, Ih, mas com hábitos diferentes devido a vários factores como a presença de impurezas que podem ou não ficar retidas nos cristais, a velocidade de arrefecimento, etc.. Suponho que muitos saibam que se pode «beber» o gelo que flutua no oceano porque durante o processo de solificação as impurezas, como o cloreto de sódio, são «empurradas» pelos cristais em crescimento dando origem às placas que abundam nos tais cristais «feios» do aldrabão! Mesmo água Elgstat (água tão pura quanto possível) pode dar origem a cristais puros mas feios consoante as condições físicas em que se procede à sua cristalização.

Para os interessados em explorar as maravilhas naturais dos cristais de neve, nesta página são indicados vários livros científicos com imagens simplesmente fabulosas que permitirão apreciar no seu esplendor real a total aldrabice em que assenta a mina de ouro do senhor Masaru Emoto, que até hoje não reclamou o milhão de dólares que James Randi lhe oferece se ele conseguir reproduzir ao vivo os dislates que tão abundantemente debita.

25 comentários:

Joana disse...

Fabuloso :) O post, não a irracionalidade desta treta. Mas temos que reconhecer que o homem arranjou uma mina de ouro à conta de explorar a credulidade de ignorantes.

Estou com curiosidade sobre que atrasadice mental "holistica" e "supra-racional" o gnomo new age vai arranjar para explicar o embuste :)))))

Vai ser de certeza muito divertida e vai ter muitas palavras em inglês porque como o moço expplicou não consegue verbalizar em português todas as patetadas com que se alimenta :)))))

Carlos Medina Ribeiro disse...

E a história do restaurante para beatos (M/F) que servia pratos cozinhados em água-benta?

Joana disse...

Pois, Carlos, pôs o dedo na ferida. O problema das patetadas new age é que seguem as pisadas das religiões. Neste caso é flagrante. Afinal, a ICAR anda há quase dois milénios a vender os "milagres" da água benta, que umas rezas e uns sinais cabalísticos alteram dramaticamente as propriedades da água.

Estas patetadas New Age limitam-se a seguir uma receita muito lucrativa e milenar com frutos dados. Afianal se a Igreja vende água benta, água de Lourdes e de Fátima porque não há-de um japonês aproveitar o trabalhinho já feito, dar-lhe os toques apropriados e encher-se de diheiro?

Anónimo disse...

Em alemão existe o termo «Wasserstoffbrücke». Traduz-se por «ligação de hidrogénio» (se é que é do mesmo fenómeno que se trata!) ou, mais literalmente, por «ponte de hidrogénio»?
Obrigada desde já.
PS: atenção a um possível erro lógico (ou contradição...) na argumentação usada no interessante post da Palmira: se as palavras não fossem relevantes para se mudar a realidade, não haveria agora, seguramente, tanto interesse pelas teorias mais recentes (memes, etc.)de Dawkins! E este blogue nem existia. Daí até as palavras «positivas» e «negativas» (vá lá o diabo / ou Deus? saber o que isso é ao certo...), só por si, alterarem as propriedades físico-químicas da água vai uma grande distância (mas esta história ainda não está completamente bem contada, acho! Fica-me a faltar algo, e não me refiro necessariamente a algo do foro espiritual ou religioso...)
Adelaide Chichorro Ferreira

Palmira F. da Silva disse...

Há uns anos aquilo a que hoje chamamos ligações de hidrogénio (hydrogen bonds) era designado por pontes de hidrogénio mas o termo foi abandonado por induzir em erro em relação à natureza do que está em causa.

Em relação ao post-scriptum devo confessar que li uma série de vezes e não percebi o que pretende dizer com ele. Como é óbvio as palavras são importantissimas para o Homem, tão importantes que até há polícias da palavra :-)

Mas não é de interacções humanas que o post trata e não há, como é óbvio, qualquer influência das palavras nas interacções químicas aqui abordadas ...

Rui leprechaun disse...

Estou com curiosidade sobre que atrasadice mental "holística" e "supra-racional" o gnomo new age vai arranjar para explicar o embuste!


Ó minha linda Fada Madrinha! :)

Confesso que não tinha lido essa carinhosa invocação, tão bela provocação ao ignaro Gnomão!!! :D

Sim, li ontem o longo comentário informativo sobre os famosos cristais de água que Emoto popularizou. Mas pouco tenho a acrescentar, afinal eu também só conheço aquilo que o site do japonês, e outros similares, afirmam sobre o assunto.

Basicamente, a questão que se põe é muito simples: podem as palavras e o seu significado influir na realidade ou matéria física? E se sim, de que modo?

Bem, eu não vejo nada de transcendente nessa possibilidade, claro, que significa tão simplesmente que a matéria se submete à consciência, já que dela proveio... isto no axioma espiritualista, óbvio!

Mas, neste caso concreto, não deveria ser muito difícil comprovar ou desmentir as alegações de Emoto, basta repetir o que ele fez, simples! Desconheço se tal já foi tentado ou não, de facto nem sequer vi todos os abundantes links que complementam o artigo.

Há, contudo, algo de interessante que já posso comentar e que tem a ver com a energia curativa do Hado... ou do Reiki, Johrei... whatever! E esse fenómeno talvez não seja substancialmente muito diferente das "visualizações curativas" que, das práticas alternativas, passaram já para a própria medicina "mainstream"... what a scene! :)

Visualização: Uma intervenção possível em psicologia da saúde

Agora, será interessante meditar sobre o seguinte. A chamada medicina "mind-body" é ainda relativamente recente e continua a ser vista com muita suspeição nos meios clínicos mais tradicionais e conservadores. As técnicas de visualização, quer as mais simples ou as mais avançadas, são quase ignoradas e provavelmente só farão parte de algum currículo de estudos muito especializado, por exemplo, a nível dos cuidados paliativos a doentes terminais. Bem, ao que consta alguns até deixaram de ser tão terminais... good for them! :)

Ora se a mente pode assim intervir de uma forma tão dramática e poderosa, pelo menos em alguns casos, na cura física, mesmo de doenças ditas incuráveis - e isto, repito, não é pacífico! - haverá alguma possibilidade, ainda que remota, da sua influência se estender para fora do ser e transformar a realidade material ao seu redor?

Basicamente, é este o desafio que Masaru Emoto nos põe. Ora e sendo a água uma substância deveras intrigante e sobre a qual ainda se continuam a fazer novas descobertas, creio que, no mínimo, essa interrogação poderia permanecer em aberto...

Pois que se em ciência nada é certo...

Rui leprechaun

(...o que outrora era longe agora é perto! :))

Palmira F. da Silva disse...

Caro leprechaun:

O único desafio que Masaru Emoto põe é ser-se suficientemente acéfalo para comprar água da torneira a 30 contos o litro.

E como é óbvio é impossível reproduzir os disparates de EMoto. Aliás o próprio indica, por outras palavras, que as experiências não são reprodutíveis e que escolhe as fotografias que melhor vendem a sua banha da cobra. Por alguma razão alguém tão ávido por dinheiro não reclamou o milhão de dólares de Randi.

EM relação às restantes imbecilidades que debita, há muito que se sabe da existência de doenças psicossomáticas e não sei se já alguma vez ouviu falar nos testes controlados a que todos os novos medicamentos têm de ser sujeitos, que incluem dividir os voluntários para o teste em dois grupos. Ninguém sabe em que grupo está e um deles recebe o medicamento o outro placebos.

Na maioria dos testes, há curas com os placebos.

As «medicinas» alternativas não passam de placebos pagos a peso de ouro. Nenhuma «medicina» alternativa alguma vez foi sujeita ao controle da medicina real e as percentagens de «curas» alternativas são iguais às verificadas com placebos.

Poupe-nos às suas divagações supersticiosas; aqui não angaria clientes para qualquer que seja a banha da cobra que vende.

Anónimo disse...

Só agora vejo estes últimos comentários. Obrigadíssima pelo esclarecimento relativamente às ligações de hidrogénio! Se bem que, no contexto em que ocorria a palavra original (um poema - lindíssimo, por sinal, de Enzensberger!), o termo «ligação» não funcione tão bem, a meu ver.
Quanto ao outro comentário que teci: confesso que há uns anos atrás eu própria distribuí por aí informação que me chegou sobre essas coisas dos cristais da água. Mas não posso, em rigor, decidir quanto ao facto de serem verdade ou aldrabice. Confio nos especialistas, e aceito que, mesmo entre especialistas, exista controvérsia. É, mesmo assim, uma ideia gira, e pareceu-me importante, na altura, dar importância (até simbólica) à questão da água. Uma importância que não é só fisico-química, mas também cultural, económica e, pelos vistos, espiritual também.
Quanto aos preços das medicinas alternativas... Pois. E os preços da medicina não alternativa?! Se os placebos muitas vezes até funcionam, porque temos de acreditar apenas nos medicamentos convencionais? Penso que esta é uma pergunta racional... Desta céptica que adorou ler o último Dawkins (lembro-me até de uma vez ter estado com o livro na mão, num jantar ao lado do Carlos Fiolhais). Fui até talvez das primeiras pessoas, cá em Portugal, a chamar a atenção para o tal documentário do Dawkins (the root of all evil), que achei impressionante.
Aquilo que me traz ao cepticismo científico é a vontade de perceber. Não me sentiria bem numa sociedade em que tudo dependesse do «poder da mente»... Mas estou consciente de que, até certo ponto (o das relações interpessoais / entre grupos sociais e de pressão), esse poder existe.
Ora, a matéria também existe. E não existe para ser alterada ao sabor de «mentes peregrinas», por mais poder que ostentem. É bela demais, e dela dependemos demasiado, como espécie.
Dawkins tem o mérito de chamar a atenção para o facto de haver mais vida (e ética) para além da vida (e ética) espiritual/religiosa. E há alturas, de facto, em que a gente precisa disso. Se calhar é também um consolo, ou uma espécie de... placebo?
Adelaide

Rui leprechaun disse...

Homessa! E então as tais "ideias malucas" em ciência?! ;)

Por que razão será assim tão óbvio, afinal, que a consciência não pode interferir nos fenómenos materiais? A questão permanece em aberto e obviamente permanecerá enquanto não conhecermos a sua real natureza. Enfim, é só questão de continuarmos a esperar um pouco mais... ;)

Wait just a little bit longer!

Quanto à medicinas alternativas ou complementares, o tema foi aqui trazido apenas porque pode haver alguma semelhança, ainda que algo remota é certo, entre essas imagens que evocam sentimentos como amor e paz e as visualizações que são o objecto de estudo da "mind-body medicine", conforme esse "paper" das 3 investigadoras portuguesas refere.

Enfim, a comparação é especulativa, eu sei, but...

Repito que a saúde é mesmo a minha área... e NÃO tenho formação alternativa, note-se!... logo conheço tudo isso muitíssimo bem, óbvio. Mas aqui não estamos a falar de placebos e sim de uma terapia de facto complementar e com resultados já comprovados, como aliás é fácil de concluir pelos relatos cada vez mais abundantes na literatura médica especializada... convencional!

Ainda assim, a simples eficácia dos placebos ou do não-tratamento quimio-terapêutico coloca sempre a importantíssima questão do mecanismo da cura... how does the body-mind really heal itself?!

Por fim, como também já salientei por mais de uma vez, o princípio terapêutico comum às várias terapias alternativas é a comprovadamente útil e eficacíssima fitoterapia. As plantas medicinais são universalmente utilizadas por todos os povos e em todas as culturas, com resultados empiricamente comprovados e já amplamente demonstrados pela pesquisa médica e farmacológica. Logo, aqui é estultícia falar de um mero efeito placebo, como é óbvio.

Aliás, a fitoterapia apenas realça o sempre actual princípio hipocrático: "Que o teu alimento seja o teu medicamento!" Mas a diminuta importância que a medicina quimioterapêutica sempre concedeu à alimentação sadia e natural demonstra bem o desconhecimento prático que a dita "ciência" tem relativamente à "natura medicatrix"... simplice et felice! :)

Logo, parece que há por aí muito óbvio pouco óbvio...

Rui leprechaun

(...pisca o olho o pacóvio! ;))

Palmira F. da Silva disse...

Uh????

«como também já salientei por mais de uma vez, o princípio terapêutico comum às várias terapias alternativas é a comprovadamente útil e eficacíssima fitoterapia»

Não sei se foi artemísia, sálvia dos adivinhos ou quejandos que inspirou esta afirmação :-)

As terapias alternativas NÃO assentam na fitoterapia. Não há nada minimamente fito nem minimamente terapêutico nas patetadas Reiki, Hado, homeopatéticas, curas com cristais e quejandos. Que foram as superstições New Age abordadas.

Em relação às plantas, basta pensar que a aspirina não é mais que um derivado do ácido acetilsalicilico encontrado na casca do salgueiro - e que a esmagadora maioria dos medicamentos que utilizamos têm origem num principio activo encontrado naturalmente, em plantas ou mesmo animais, com o já referi inúmeras vezes em diversos posts - para perceber que o leprechaun está a tentar dar a volta ao texto!

Porque esses princípios activos actuam de acordo com mecanismos bem estabelecidos pela ciência, são bem reais. Não há em compostos extraídos de plantas resquícios de qualquer patetada «mind body-medicine» ou afins que não passam de figmentos da imaginação (delirante) de qualquer oportunista que ganha a vida a enganar os outros...

Anónimo disse...

Prof. Palmira: Agradeço-lhe bastante ter satisfeito o meu pedido com o seu artigo tão esclarecedor e interessante que colocou aqui no blog sobre o senhor Masaru Emoto e seus embustes!! Agora terei como ajudar a minha amiga a abrir os olhos e encarar a verdade, pois odeio charlatanismos e mais ainda quando vejo pessoas inocentes a acreditar neles. Uma vez mais aqui manifesto a minha gratidão pela existência deste magnífico blog em Portugal! Bem hajam sempre os seus autores!!
Maria

Anónimo disse...

Fui � Wikipedia alem� (que � a Wikip�dia, e n�o uma enciclop�dia acad�mica)

http://de.wikipedia.org/wiki/Wasserstoffbr%C3%BCckenbindung

e verifiquei que, ao longo de todo o texto (muito t�cnico e nada po�tico), se abrevia a express�o �Wasserstoffbr�ckenbindungen� (liga�es de hidrog�nio em forma de / do tipo ponte) para �Wasserstoffbr�cken�, �pontes de hidrog�nio� e n�o para �Wasserstoffbindungen�, �liga�es de hidrog�nio� (o que seria poss�vel, em termos puramente gramaticais). Isso leva-me a concluir que h� de facto, uma certa tradi�o associada ao uso do termo �Br�cke� (ponte)neste contexto. Que � bem vistas as coisas, uma met�fora bem bonita.
A� se fala tamb�m na import�ncia das �Wasserstoffbr�ckenbindungen� para a vida no planeta. E num conceito que n�o consegui perceber muito bem e a que se chama �a anomalia da �gua�.
Parece que as �Wasserstoffbr�cken� s�o respons�veis pelas qualidades especiais associadas a diferentes mol�culas essenciais � vida na terra, tais como a da �gua, as prote�nas, o RNA e o DNA. E, j� agora, cito (abaixo segue o original) a parte em que se diz que, sem pontes de hidrog�nio, a �gua se evaporaria a dezenas ou centenas de graus negativos, tal como acontece com o metano (� mesmo???). Na Terra n�o existiria �gua l�quida ou em forma de gelo: apenas vapor de �gua. Nas condi�es em que a conhecemos, n�o seria, portanto, poss�vel a vida na Terra.
Ora isso � para mim, profundamente po�tico! Agrade�o de resto a um poeta esta minha pesquisa... Sem o poema dele, e sem o post da Palmira, como � que alguma vez me teria apercebido disto?

Excerto da Wikipedia por mim citado:
�Aus diesen Beispielen ist zu schlie�en, dass ein �Wasser ohne Wasserstoffbr�ckenbindungen�(was es nicht gibt) bereits bei zwei- oder gar dreistelligen Minustemperaturen verdampfen w�rde wie etwa Methan. Auf der Erde w�rde es kein gefrorenes Eis und kein fl�ssiges Wasser geben, sondern nur gasf�rmigen Wasserdampf; Leben auf der Erde in der heutigen Form k�nnte unter solchen Bedingungen nicht existieren.�

Adelaide Chichorro Ferreira

Rui leprechaun disse...

Homessa! Isso já começa a ser ignorância a mais... e ciência a menos! :)

Em 1º lugar, e embora seja só uma questão de "semântica", é talvez preferível a designação de "terapias complementares", já que é assim que elas são utilizadas, felizmente, em muitos estabelecimentos de saúde de países como os EUA, Canadá, Alemanha e outros. Enfim, nações da "linha da frente" em cuidados de saúde, convenhamos! ;)

Ao referir a fitoterapia - sobre cuja eficácia estamos de acordo, óptimo! - como um ponto comum a diversas práticas terapêuticas tradicionais, eu centro-me essencialmente nos métodos empíricos presentes na antiga medicina oriental e também ocidental, incluindo as práticas xamânicas e dos curandeiros.

Basicamente, isto refere-se à medicina tradicional chinesa, à medicina ayurvédica, à naturopatia e também à homeopatia, ainda que esta seja bem mais recente e tenha de facto até um tronco comum com a alopatia, por assim dizer.

Mesmo os métodos de cura "espirituais" não desdenham o uso terapêutico das plantas e, obviamente, da alimentação e modo de vida correctos ou naturais.

Aliás, que significa o termo "ervanária", o equivalente naturista da farmácia convencional?!

Pretender negar que a fitoterapia - tão antiga quanto a humanidade! - é a base de qualquer tratamento médico não me parece prova de raciocínio lá muito informado... ;)

É certo que a moderna investigação farmacológica de há muito se centra mais nos medicamentos de síntese química, e isto mesmo quando os princípios activos até existem na natureza. Bem, não há problema em que o ser humano a procure melhorar... afinal somos eminentemente criadores... we are! :)

Esta falsa dicotomia - convencional vs. alternativa, ciência vs. religião e por aí - traduz apenas o complexo de Édipo da moderna ciência que se tenta desembaraçar do "pai" tutelar! No big deal... father and son are both real! :D

Anyway... a ciência está muito longe de constituir um corpo uniforme muito bem comportadinho onde todos afinal pelo mesmo diapasão. É certo que há um método científico padrão, mas as hipóteses que se podem testar são imensas!!!

Daí que o conhecimento científico se vá aperfeiçoando, naturalmente. Isto apenas para dizer que a "mind-body medicine" não é apenas outro tipo de prática alternativa, embora englobe de facto várias técnicas não convencionais, mas sim o alargar do já bem estabelecido conceito de medicina psicossomática ao campo terapêutico. Ou seja, se a mente pode influenciar negativamente o corpo, fazendo-o adoecer, por que não poderá também contribuir para restaurar o equilíbrio perdido?!

Um conceito muito simples e lógico, como se vê, e que é praticado e ensinado em estabelecimentos hospitalares, tendo conhecido um notável incremento na sua aplicação prática e pesquisa teórica nos últimos 20 anos.

Para os mais interessados e saudavelmente curiosos, deixo ainda este link para o magazine Advances in Mind-Body Medicine, cujos articulistas são maioritariamente médicos com formação científica clássica. Infelizmente, não há artigos online... pity...

E, repito, se a mente desordenada causa distúrbios somáticos, que razão haverá para que a mente ordenada os não cure ou solucione?... o universo é prático! :)

Palmira F. da Silva disse...

Meu caro Leprechaun:

Lá está a tentar dar a volta ao texto: é espantosa a cambalhota com que passa da defesa de patetadas indefensáveis como Hado, Reiki, homeopatéticas e a patetada ainda mais imbecil, se é que isso é possível, do Johrei, para a fitoterapia, assente em compostos químicos

Se quiser falar de fitoterapia não é este certamente o post apropriado para o fazer, não estou a ver como curas com água «geometricamente perfeita» após rezas e demais mumbo-jumbo ou curas por transmissão da «luz de Deus» via a dispendiosa medalha Ohikari qualifica como fitoterapia.

E vamos lá a ver, é um abuso de linguagem dizer que a mente pode influenciar o corpo; a mente é parte integrante do corpo, a dicotomia cartesiana já foi abandonada há algum tempo.

Assim como é um abuso de linguagem dizer que a «mente desordenada causa distúrbios somáticos». Aliás nem percebo o que seja uma mente desordenada... O que acontece é que distúrbios físico-químicos a nível do cérebro podem causar distúrbios somáticos. Há distúrbios somáticos que evitamos se evitarmos as situações que despoletam esses distúrbios físico-químicos - produção de um neurotransmissor ou afins em determinadas circunstâncias, etc... Tipo quem fica com borbulhas quando se irrita com charlatães :-)


Não há nenhum mistério «transcendente» nisso!

Rui leprechaun disse...

Não há nenhum mistério «transcendente» nisso!

Oh yes there is! :)

Ou seja, será que é a simples química do cérebro que explica o funcionamento da mente e da consciência?!

Assim sendo, por que razão podemos influenciar, de forma consciente, o próprio metabolismo cerebral? Isto já para não falar no controle da musculatura estriada, como o músculo cardíaco e por aí. Este nível já é um pouco mais difícil, e obviamente não está ao alcance de qualquer um. Pelo contrário, técnicas de concentração ou de visualizações extremamente simples, que mesmo crianças conseguem executar, parecem poder modificar no mínimo o nosso estado de humor, já para não falar das transformações somáticas que tal pode igualmente ocasionar.

This is a tricky question, indeed!

Por exemplo, o controlo da dor em doentes terminais que não querem ser excessivamente sedados, permanecendo num estado de relativa vigília, pode ser executado através de simples exercícios de alerta e tomada de consciência desses mecanismos psicológicos da dor. De certa forma, dói se deixarmos que doa ou se nos importarmos que doa!

Pode esta simples atitude activar a produção de endorfinas, da mesma forma que a estimulação de certos
pontos de acupunctura comprovadamente faz?!

De novo, isto tem a ver com a questão do determinismo vs. livre arbítrio, que também é focado num comentário recente noutro tema. Ou seja, somos simples robots animados e o cosmos é o tal gigantesco mecanismo de relógio na comparação tão querida da física clássica? Ora bem, tal como o dualismo cartesiano foi abandonado também essa visão mecanicista de há muito não tem razão de ser.

So the question remains:

De que forma a concentração mental influencia esses tais mecanismos físico-químicos a nível do cérebro, os quais, por sua vez, desencadeiam uma resposta somática favorável? Em essência, é este o campo de investigação da "body-mind medicine". Mind NOT brain!!!

Só para terminar, muitíssimo antes do dualismo cartesiano, já Confúcio e Lao Tsé consideravam que o corpo e a mente formavam uma unidade perfeita. Pois, mas este monismo talvez não fosse propriamente materialista, afinal tudo se reduz ao Tao primordial...

De novo, como disse noutro comentário, a extraordinária pobreza da nossa linguagem - que traduz a ignorância acerca da compreensão de todos estes fenómenos - dificulta ou mesmo impossibilita a discussão satisfatória destes temas sobre o quais continuamos a saber muitíssimo pouco.

Mas lentamente iremos conhecer...

Rui leprechaun

(...corpo e mente num só Ser! :))

Palmira F. da Silva disse...

Meu caro Leprechaun:

Cá em casa também somos fascinadas por neurobiologia mas a forma de atacar o desconhecimento actual na área é aquela seguida pela minha filha mais nova: investigação científica na área :-)

E nós não passamos de sistemas complexos de complexos processos físico-químicos, cérebro inclusive. Não sei bem que mais quer introduzir para explicar como funciona o nosso cérebro...

Considerações especulativas, supra-racionais (o que quer que isso seja, para mim o prefixo certo seria infra) e superstições sortidas só servem para alimentar a conta bancária de gente como este Emoto. Não servem para fazer avançar a ciência nem o conhecimento. Pelo contrário, são formas de regressão...

Anónimo disse...

Aqui no Brasil passou o filme "Quem somos nós" (What the bleep dowe know?) com troços desse picareta. O filme é picaretagem pseudo-científica que vai bem como comédia pastelão.

Tem ar de documentário, entrevistas de supostas autoridades e de um tal de um tal de Ramtha, um espírito guerreiro que viveu há 35 mil anos atrás.

O filme foi produzido por uma dessas seitas picaretas que tentam arrancar dinheiro das pessoas. A seita é uma tal de Ramtha Escola de Iluminação, e foi fundada por uma dona de casa que começou a receber este espírito que seria um guerreiro de Atlântida. Mas nem pense em tentar receber o dito cujo: a tal dona tem o copyright sobre esta aparição, você acabaria tendo que pagar uma taxa. Como paga 600 euros de inscrição para um retiro na França. E ATENÇÃO: O Preço do Evento NÃO inclui comida nem alojamento. Mais:

A nova estrutura de 4 dias é uma combinação de conhecimentos sem precedentes e de disciplinas que permitem experienciar este saber como experiência pessoal.
Aprenda como a Consciência se desloca no Cérebro para produzir a Mente.

Aprenda como o Cérebro cria hologramas que são observados através da acção do Campo Quântico para se tornarem na Realidade tangível.

Aprenda como Pensamentos e Atitudes afectam o ADN

Já deu para ver que tem picareta babaca aqui, espiem só a linguagem do tal Leprechaun e comparem!

Também passou o Tal do Segredo, outra picaretagem. Um punhado de seguidores do tal Segredo aparecem com depoimentos calcados numa técnica de lavagem cerebral, repetição de frases, ênfases, a idéia é vender sua lógica goela abaixo e fazer com que o público, ao término, corra para comprar o livro e demais artigos que possam ter sido lançados.

Rui leprechaun disse...

E nós não passamos de sistemas complexos de complexos processos físico-químicos, cérebro inclusive. Não sei bem que mais quer introduzir para explicar como funciona o nosso cérebro...


De certeza... mesmo, mesmo?!

Sim, essa é uma hipótese credível, é certo, e que obviamente se enquadra muito bem no paradigma materialista da ciência contemporânea, para a qual a consciência é apenas o produto desses sofisticados e "complexos processos físico-químicos". Mas será que é mesmo, mesmo assim?!

Ou ainda, corpo e mente são uma unidade funcional, mas qual a relação entre ambos, afinal?! Muito temos ainda pela frente até chegarmos a uma mínima compreensão de todos os fenómenos que abrangem a mente e a consciência!

O monismo idealista, que obviamente defendo e é a base milenar do pensamento prevalecente no Antigo Oriente, sustenta que apenas a mente é real e toda a matéria é um subproduto dessa substância mental.

Ou ainda, mesmo a mais ínfima partícula material possui uma forma elementar de consciência, algo que é defendido tanto no panpsiquismo como no hilozoísmo.

Esta, repito, é uma concepção filosófica básica que a ciência não pode rebater, já que assenta numa premissa axiomática, da mesma forma aliás que o monismo materialista. A questão central não está, pelo menos para já, no âmbito do conhecimento científico, mas bem mais na resposta à interrogação metafísica do último mistério: qual a natureza do Vazio primordial?!

Como tenho salientado por diversas vezes, é extremamente significativo que algumas teorias de ponta sobre a origem do Universo concluam, através de modelos matemáticos, que ele surgiu do "nada", ou seja, o mesmíssimo conceito da "criação ex-nihilo" subjacente ao pensamento religioso e assim belissimamente descrita por Lao Tsé:


The unnamable is the eternally real.
Naming is the origin of all particular things.

Free from desire, you realize the mystery.
Caught in desire, you see only the manifestations.

Yet mystery and manifestations
arise from the same source.
This source is called darkness.

Darkness within darkness.
The gateway to all understanding.


Ou o "mistério" da mente e a "manifestação" do corpo, por exemplo. Ah, e a sua fonte única... of course! "Darkness"... that which is still unknown but does know Itself !!!

But see... free from desire... what is it?! Se a mente ou a consciência são apenas redutíveis à actividade de uns biliões de neurónios, que liberdade alguma vez será possível?!

Eu acho tão fantástica esta concepção extremamente redutora daquilo que é o Ser Humano... um mero robot animado... is it?! E, contudo, sem dúvida que os modernos estudos na IA irão proporcionar novos insights em todo este mistério da mente e do cérebro e da sua relação mútua.

Still... we can truly command our thinking, and our emotions and our Being... through feeling or connecting to the core of that Self-awareness...

...SO'HAM!... I AM!!... EU SOU!!!...

Rui leprechaun

(...sempre e sempre e sempre onde ESTOU! :))

Joana disse...

Bolas, que este gnomo é mesmo irritante!

A mania que a coisa tem de disfarçar a falta de substracto do que regurgita com nonsense em inglês e com a proliferação de substantivos abstractos inventados à podoa quer dizer o quê, para além de suprema ignorância?

Bolas, desampare a loja que um blog de ciência não condiz com irracionalidades new age!

Anónimo disse...

Ó duende diz mas é onde é que está o pote de ouro se não queres andar à porrada!

E bolas pá! Enough with the english already. Mais si tu voulais être intelectual t'as que parler français...

Anónimo disse...

Um pequeno aparte, vocês já viram o quão assustador isto é?

O indivíduo, em vez de vender água xpto poderia vender Tang(TM) e dizer que quando misturado com água produz um elixir de propriedades fitotaquiónicas que aumenta a longevidade e previne acidentes de viação que as mesmas pessoas iriam comprar!

Isso diz qualquer coisa acerca da complexidade da mente do ser humano...

Anónimo disse...

Bom... E quanto se ganha actualmente com água «normal» engarrafada? Etc. Etc. A Ciência também tem tabus. E é parcial: dedica-se a investigar certas coisas e «esquece» outras.
Adelaide Chichorro Ferreira

Anónimo disse...

«Se há algo que me irrita são charlatães que exploram a ingenuidade e ignorância alheias como modo de vida»

A mim também, e isto inclui os materialistas fanáticos que negam a eficácia de terapias como a acupunctura ou a quiroprática, que ajudam tanta gente, apenas para não perderem o monopólio das terapias do comprimido e da injecção, mais das cirurgias nem sempre necessárias.

Anónimo disse...

Certeza que vc fugiu das aulas de física e de respeito às opiniões alheias, não é mesmo?

Anónimo disse...

Porque na sua casa é água de coxo de burro?

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...