sexta-feira, 3 de agosto de 2007
EM BREVE CHEGAREMOS AOS 120
Mais um post de Ana Carvalhas, desta vez sobre o segredo da longevidade:
Pílulas inteligentes, chips implantados sob a pele, órgãos que voltam a crescer… A revolução biomédica da longevidade está apenas no início. Em breve viveremos ainda mais anos e em melhor forma. De facto, os aspantosos avanços da ciência, com as suas aplicações na medicina que vão debelando doenças consideradas incuráveis, mudanças do estilo de vida e de alimentação e preocupações crescentes como ambiente têm conseguido prolongar substancialmente a esperança de vida humana.
A longevidade é um dos grandes temas da investigação actual e tem já um impacte económico considerável. Por exemplo, investigam-se e comercializam-se produtos que melhoram a qualidade de vida dos idosos, os ajudam a conservar a memória, a dar-lhes melhor aparência, mais força muscular e mior vigor sexual. Mas não se iluda o leitor que esses novos produtos vêm resolver todos os problemas de toda a gente, porque, no que toca a longevidade, cada um trata da sua. É fundamental um estilo de vida com muito pouco álcool e sem tabaco, factores que sabemos encurtam a vida. E não podemos esquecer que a alimentação está na base da nossa saúde. Senão vejamos: os centenários são, felizmente, cada vez mais numerosos. Existem comportamentos comuns entre eles, independentemente da região do planeta que habitem, nomeadamente em matéria de alimentação. Todos são frugais (o excesso de peso abrange apenas um por cento deles). Na ilha de Okinawa, no Japão, encontra-se a maior percentagem de centenários do mundo e todos eles respeitam a velha filosofia “satisfaz a tua fome em apenas em 80 por cento”.
Uma moderada restrição calórica é factor de longevidade porque activa determinados genes que colocam o metabolismo das células no modo “económico”, o que faz com que os tecidos envelheçam mais lentamente. Já George Cheyne, médico que viveu na Escócia há mais de duzentos anos (1671-1743), muito atento à saúde dos mais velhos e à preparação para um bom envelhecimento, escreveu em 1724, no seu “Tratado da saúde e longa vida”, que, depois dos 50 anos, se deve “diminuir a quantidade de alimentos”, “…em cada sete anos de existência reduzi-la sucessiva e sensivelmente... como meio mais breve e mais infalível para conservar vida, saúde e serenidade”.
Os centenários têm outros pontos em comum: praticam exercício regular do corpo e da mente. Em geral, são de natureza serena, fazem caminhadas, praticam jogos, treinam a memória. Geralmente possuem uma rede de parentes, amigos e vizinhos com quem convivem socialmente e também têm animais de companhia.
Termino recomendando os seus hábitos alimentares que têm tudo a ver com as regras de alimentação saudável: mais peixe do que carne, pouco açúcar e pouco sal, poucas gorduras, muitos frutos, legumes, cereais e alguns lacticínios. Esta alimentação saudável deve ser constante ao longo da vida, mas isso não impede, evidentemente, que façamos de vez em quando uma festa que é tradicionalmente um dia de fartura à mesa.Um dia não são dias!
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1 comentário:
a preocupação com a longevidade tem realmente se tornado uma constante preocupação para muitas pessoas. os avanços em pesquisas cientificas tem proporcionado aos homens verdadeiros milagres em materia de rejuvanecimento. porém a meu ver está faltando a preocupaçao com o espiritual, o amor, a solidariedade e o respeito entre as pessoas. valores que estão cada vez mais escasso e que são essenciais para uma verdadeira qualidade de vida.
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