quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Os problemas do dilúvio

A knowledge of the true age of the earth and of the fossil record makes it impossible for any balanced intellect to believe in the literal truth of every part of the Bible in the way that fundamentalists do. And if some of the Bible is manifestly wrong, why should any of the rest of it be accepted automatically? Francis Crick

Através do Pharyngula cheguei ao material que Ken Ham e seus associados do Museu do Disparate distribuiram pelas estações de televisão norte-americanos. Estes «video news releases», VNRs, são completamente desonestos - como seria apenas de esperar de criacionistas -, incluindo, para além de segmentos imbecis como este, uma falsa reportagem pronta para transmissão em pequenas estações locais, com falta de dinheiro e pessoal para produzirem as suas próprias notícias.

Em relação a este segmento, fiquei espantada com a forma como Ken Ham e seus associados «resolveram» o problema do dilúvio: afinal toda aquela água veio do centro da Terra? Terá certamente sido um «milagre» maior que qualquer outro reportado na Bíblia, também pelas razões que o nosso leitor João Moedas explica no espaço de debate do post «Os espantalhos criacionistas».

Mas mesmo pensando em outras hipóteses para a origem da água, deparamos com um «pequeno» problema: não há água suficiente para o dilúvio! Fazendo uns cálculos muito simples vamos ver o disparate total que é esta fantasia do dilúvio global. Para ter uma ideia da quantidade de água necessária para semelhante coisa, consideremos o diâmetro da Terra no equador, 12 756.8, km e a altura do Monte Everest, 8 848 m (o Monte Ararat, onde supostamente pousou a Arca no fim do dilúvio, tem 5 151 m).

O volume de água necessário seria algo como 4.525x109 km3 ou 4 525 000 000 000 000 000 000 litros o que corresponde a uma massa de água de 4.525x1021 kilogramas. Estima-se que a quantidade de água existente na atmosfera seja uma parcela infíma deste volume e mesmo toda a água na hidrosfera terrestre, incluindo oceanos, rios, lagos e outros cursos de água, é menos de um terço deste volume.

Para além deste pequeno pormenor, é interessante notar que esta massa de água que supostamente cobriu toda a Terra durante quase um ano (desaparecendo não se sabe para onde), não teve qualquer efeito na crusta terrestre, que no entanto mostra elevação pós-glacial nos locais onde os cientistas indicam terem existido glaciares - com espessuras inferiores a esta impossível camada de água, para além de a densidade do gelo ser menor que a da água- num passado mais ou menos remoto.

A proposta de um dos pais do criacionismo «científico», Henry Morris, de que a Terra estaria rodeada por uma bolha gigantesca e invísivel de água «divina» (uma vez que desafiava todas as leis da química e da física), causa ainda mais problemas.

Admitindo que toda a água se encontrava na forma de vapor na atmosfera, a cabeça anda à roda não só com a pressão atmosférica impossível a que tal corresponderia como com o calor libertado pela condensação desta quantidade enorme de água, que tornaria impossível ter água líquida e teria certamente escaldado toda a vida na Terra. O mesmo aconteceria com uma bolha de água líquida, assim mantida por milagre, agora por conversão de energia potencial em energia cinética e posteriormente em calor por impacto com a Terra.

Por outro lado, há outra questão intrigante: admitindo por redução ao absurdo que a Terra tenha ficado coberta com uma altura de água de quase 9 km, o que teria acontecido à nossa atmosfera? A troposfera, a camada mais baixa da atmosfera, estende-se até uma altitude média de 12 km, podendo atingir 17 km nalguns pontos e reduzindo-se a sete quilómetros nos pólos. Esta camada contém cerca de 80% dos gases, do ar, da Terra. A ter existido um dilúvio destas proporções, a Terra teria perdido boa parte destes gases, e a composição (e pressão) da atmosfera terrestre ter-se-ia alterado radicalmente, muito provavelmente não permitindo vida como a conhecemos.

69 comentários:

Anónimo disse...

Quer uma explicação que não explica nada?

Foi milagre!! ahahahah

Anónimo disse...

Palmira, Palmira, você anda a provocar o Jonatas:-); depois não se queixe de ter aqui umas tretas criacionistas do tamnho de um lençol.

Assim que o nosso prof. criacionista acabar de escrever mais 123256532842472 recensões comentários,etc, (não leva muito tempo que é só copy paste), noutros sitios onde se fale de evoluccionismo, cá o teremos na versão anónima (pena que a forma que escreve dá sempre para ver que é gato escondido com rabo de fora).

Unknown disse...

Não tarda temos aí um Jónatas apopléctico a dizer que só uma visão naturalista impede o reconhecimento que deus é o senhor e que pode fazer os milagres que lhe der na bolha.

Coisinhas insignificantes como as leis da física não valem nada faxe à omnipotência do senhor.

Acho esquisito que um ser que se preocupa tanto em punir os "pecadores" a pontos de violar todas as leis do Universo na produção deste dilúvio não tenha o mínimo de consideração com os "justos" e deixe que sejam atingidos por calamidades, doenças, etc..

Também acho que a omnipotência deixa muito a desejar: uns aninhos depois do dilúvio estava tudo na mesma.

Ainda não percebi foi como o Noé, os filhos e a mulher conseguiram povoar a Terra tão depressa. É que nem que fossem coelhos...

JSA disse...

Há uma coisa nessa história toda que me faz confusão: então não foi dilúvio? Isso não implica chuva? Este vídeo está então um bocadinho esquisito...

Mas está divertido, também. Fez-me lembrar o filme Deep Impact na parte da onda gigante a avançar (a bem dizer parecia bem estática algumas vezes). O que levanta outro problema: se a onde gigante avançasse realmente daquela forma, certamente que levaria a arca à frente, a qual não teria a mais pequena hipótese de navegar daquela forma.

E falando de filmes, aqueles tipos andaram mesmo a ver filmes a mais. Uma onda, ao chegar a terra, não se comportaria daquela forma...

Anónimo disse...

"And if some of the Bible is manifestly wrong, why should any of the rest of it be accepted automatically?"
Esta pergunta e respectiva resposta são mera e vulgar retórica. Equivale a dizer por exemplo isto: "Se o milagre de Ourique é uma lenda sem sustentação histórica, então como aceitar automaticamente toda a restante História de Portugal?."
Porque nem num caso nem no outro se aceita tudo "automaticamente".

Anónimo disse...

pois daniel sá!

mas agora diga isso a um criacionista...

Anónimo disse...

Parece que tal explicação estará apenas no Livro do Supremo Fascista (como diria Erdös).

É impossível a Ciência vencer a religião em qualquer discussão pois partem de pressupostos diferentes e as bases de argumentação pouco terreno em comum têm nas suas bases. Para uma qualquer prova científica (à luz dos conhecimentos que hoje temos há que ver) de uma impossibilidade, muitos dos religiosos responderam com a escapatória: foi milagre, não está regido por qualquer lei ou teoria.

Perante tal só podemos esperar que a evolução humana possa aumentar o número de ateus ou no mínimo "religiosos científicos" (que apesar de acreditarem num deus, aceitam a ciência como base e não "milagres") como tem vindo a acontecer... e esperar que face a uma possível catástrofe as pessoas não se voltem a virar para a esperança de algo divino face às dificuldades terrenas.

Anónimo disse...

Daniel de Sá, ninguém leva a sério alguém que diga que Portugal foi criado por inspiração divina e para espalhar a palavra de deus na Terra. E isso é o que mais se diz sobre a bíblia. Por isso a sua analogia não funciona.

Não percebo como é que a mensagem de alguém com todos os omnipoderes que lhe atribuem pode conter erros sobre a própria obra. E não se justifique que foi feita à luz dos conhecimentos da época porque isso é atirar gravilha para a berma.

Os mitos não têm de conter exclusivamente conhecimentos racionais e experimentáveis. Não é essa a sua função. Assuma-se que a bíblia e o que nela está descrito é um mito e tudo será mais simples.

A essência das religiões exige, ela própria, a criação de tramas, confusões e complicações para se instalar e prosseguir os seus objectivos. Não são os crentes ou não crentes que complicam as coisas.

A questão "como é que isto foi criado?" é por norma a que conduz a deus. Eu prefiro outro prisma "porquê deus?" Nem é necessário sair deste blog para podermos ter certezas sobre a origem de deus. São centenas, possivelmente milhares, os parágrafos, afirmações, comentários e textos que provam serem os nossos medos, a nossa insegurança, a nossa ignorância sobre tanto que há para descobrir, as causas para a existência de deus.

E para mim não tem nenhum problema a existência de deus para quem o quiser conceber. Afinal, nós humanos temos uma pequena deficiência: temos de acreditar em algo, nem que seja que "amanhã vou estar vivo por isso o que é que eu vou fazer hoje?"

Pessoalmente, preferia que esse deus, concebido por quem o quisesse, não trouxesse uma religião de trela, mas que posso eu fazer, gostamos mais de imitar do que de ser originais?

Artur Figueiredo

Unknown disse...

O exemplo do Daniel de Sá não é grande exemplo: ninguém no seu juizinho perfeito alguma vez pensou que aquilo não era uma lenda, inventada para justificar a existência do reino de Portugal, assim determinado por intervenção divina.

Nem o exemplo tem nada a ver com História: a História é uma ciência e como ciência não pretende a verdade acabada, apenas apresenta as teorias mais consistentes com base nos dados existentes.

alf disse...

s.v. acertou. E há quem esteja mesmo à espera que isso aconteça.. e tem razões para tal...

Isto é muito divertido... mas não deixa de me lembrar a teoria da Snow Ball Earth... com tanta evidencia do passado quente da Terra ainda há cientistas capazes de defender que o passado da Terra foi ...uma bola de gelo... e depois admiram-se que os crentes também neguem as evidências...

Google quero apagar o perfil blogger. disse...

Serei o único chocado por ter visto ali uma criancinha inocente prestes a ser assassinada por Deus?

Será de propósito para chocar a audiência?
"Tenham medo meninos, muito medo! "

ODEIO isto.


Meu (não este) Deus!

Cee Jay disse...

Francamente isto parece-me bastante absurdo, pessoas (aparentemente) inteligentes a discutir com outras com base numa interpretação literal do Antigo Testamento.
Absurdo. Tanto argumento para quê? Não faz sentido discutir sobre algo que está, à partida, errado.

Graça disse...

Falo na perspectiva de um arqueólogo: está escrito que de todos os animais existentes, foi levado um casal para a Arca de Noé. Sendo assim, também teriam sido levados os que, entretanto, se extinguiram... Mas, já alguém imaginou o que seria um TRex dentro da dita Arca???

Por outro lado, na região mesopotâmica, entre os rios Tigre e Eufrates (donde eram originários os Hebreus - Abraão era de Ur), foram "encontradas", há algumas décadas, camadas argilosos ainda muito humedecidos, que podem testemunhar ter havido, de facto, ALI, grandes chuvadas que provocaram ALI grandes inundações, numa dada época histórica. Mas aquele local (ALI) não era a terra inteira... Era o mundo que as populações locais daquela época apenas conheciam...

Já para os Egípcios, o fim do mundo era a Pen. Ibérica, em cujo extremo ocidental se localizava o Paraíso. E era aí o Paraíso porque era aí (cá...) que o seu deus principal, Amon-Rá (o Sol), se punha todos os dias, após a sua longa viagem diária de Oriente para Ocidente. Tal como, entre os Gregos, "fazia" Helios, na sua quadriga de fogo, precedida pelo carro da Aurora - desde o país dos Indianos (a Este) até ao Oceano (a Oeste), onde os seus cavalos, fatigados, se banhavam, e ele repousava num palácio dourado...

JSA disse...

A analogia do daniel de Sá faz perfeitamente sentido. É obviamente um forçar de mão, mas isso parece-me intencional. Isto porque a Bíblia, não sendo histórica, tem informações históricas. Por exemplo, as referências a Salomão são entendidas por historiadores como o período em que os povos hebraicos viveram em relativa paz, numa altura em que outros povos da região (assírios, por exemplo) estavam mais entretidos com outras coisas. Da mesma forma, o período descrito em torno da vida de Deus oferece outras leituras sobre a administração romana na região, permitindo assim outras leituras que não apenas as romanas sobre a época.

Note-se que nenhum católico tende a ler a Bíblia literalmente. É essa a grande questão. A Bíblia é uma mensagem, não um texto literal. Dessa forma, sob o signo da alegoria, é possível acreditar que certas coisas não sucederam realmente, mas que transmitem uma mensagem religiosa. Dessa forma, é possível continuar a ler a Bíblia.

Claro que, não acreditando em Deus, a Bíblia não é, para mim, mais que um romance criativo. Ainda assim, aquilo que me incomoda são os criacionistas, aqueles que a levam literalmente. É aí que está o problema.

JSA disse...

Já agora, hoje acredita-se que a história do dilúvio teve origem em dezenas de acontecimentos de inundações que terão sucedido um pouco por todo o mundo. Essas histórias, que com o tempo foram sempre ganhando maior dimensão, acabaram por ser coligidas numa única, num desastre bíblico. Como nenhuma dessas inundações tinha explicação para as pessoas da época - obviamente que o conhecimento científico deixaria muito a desejar - eram atribuídas a deuses. No fim, ao ser tudo reunido numa única história, ficou como sendo um único Deus num dilúvio global...

Anónimo disse...

A Palmira diz:

"Para ter uma ideia da quantidade de água necessária para semelhante coisa, consideremos o diâmetro da Terra no equador, 12 756.8, km e a altura do Monte Everest, 8 848 m (o Monte Ararat, onde supostamente pousou a Arca no fim do dilúvio, tem 5 151 m)."

Só há um problema com este raciocínio.

O Monte Evereste não existia antes do dilúvio. Ele foi criado pelo dilúvio.

Só assim se explica a existência de fósseis de moluscos do fundo do mar no cume do Evereste.

Este post baseia-se numa radical incompreensão do dilúvio, de longe a maior catástrofe geológica alguma vez ocorrida, e do modo como a Terra, tal como hoje a conhecemos, foi o produto do dilúvio.

O facto de 2/3 da superfície terrestre estar coberta de água deveria ser evidência mais do que suficiente da existência do dilúvio, tanto mais que a origem dos oceanos permanece um mistério.

Mas sobre este ponto iremos falando nos próximos tempos.

Unknown disse...

E assim se vê a imbecilidade dos criacionistas :)

É incrível a irracionalidade jonatasiana.

O pormenor que não há água que chegue na Terra para cobrir o Monte Ararat passa-lhe ao lado.

Assim como lhe passa ao lado o facto de que a tectónica de placas explica muito bem a formação dos Himalaias e do planalto tibetano que se situam entre as placas indiana e euroasiática.

A placa Indiana continua a deslocar-se a uma velocidade de ~2 centímetros por ano. Os Himalaias continuam a "crescer" à razão de, aproximadamente, 5 milímetros por ano.

Anónimo disse...

Caso para se dizer:
- Quem bebeu essa água toda que "falta"?
- Terão sido os marcianos? Vieram cá e levaram o excedente para congelar em Marte?

Anónimo disse...

"O Monte Evereste não existia antes do dilúvio. Ele foi criado pelo dilúvio.
Só assim se explica a existência de fósseis de moluscos do fundo do mar no cume do Evereste"

Aconselho ao anónimo que disse as frases acima reproduzidas a leitura de:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Deriva_continental
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tect%C3%B3nica_de_placas
http://www.discoverybrasil.com/everest/porqueetaogrande/flash/noflash/index.shtml

Poderão elucidar um pouco.

Anónimo disse...

E pronto! Desta vez arrumou a geologia! eheheh

Nuno disse...

Admiro-vos e saudo-vos por terem paciência para comentar tamanhos disparates proferidos por pessoas que se consideram inteligentes. É necessário fazer oposição a estes dementes da fé mais a sua necessidade de dormir de luz acesa! Os desenvolvimentos da ciência retiram pouco a pouco espaço de manobra à fé. Os dementes da fé, vão dando cambalhotas e piruetas e inventando novos conceitos para conseguirem fazer algum sentido(não conseguem)e manterem algum controlo sobre as populações!

Anónimo disse...

A questão colocada pela Palmira é extremamente interessante.

Ainda bem que fala dela.

Quando nos fala acerca do dilúvio global, a Bíblia dá-nos informação extremamente importante sobre a origem e o destino das águas.

Podemos ler isso em Génesis 7:11.

A mesma fala das “nascentes das profundezas abissais” e das “comportas do céu”.

Vejamos melhor estes dois conceitos, ainda que muito brevemente.

A expressão “nascentes das profundezas abissais” refere-se, muito provavelmente, quer aos oceanos, quer a fontes subterrâneas de água.

Se as “nascentes das profundezas abissais” foram a principal fonte de água, então devem ter sido uma importante fonte de água.

É interessante, a este propósito, que ainda recentemente alguns geofísicos notaram a presença de água com o volume do Oceano Ártico a mais de 1000 quilómetros de profundidade da superfície terrestre. É a chamada anomalia de Pequim, identificada por cientistas norte-americanos Michael E. Wysession e Jesse Lawrence.

A rotura das fontes das profundezas abissais implicou, certamente, a libertação de grandes quantidades de água, com consequências catastróficas, implicando grandes fissuras no solo e subsolo submarino.

Existem muitas rochas volcânicas espalhadas entre as camadas de rochas sedimentares e fósseis no registo geológico, camadas essas obviamente depositadas durante o dilúvio.

Portanto é muito plausível que a rotura destas nascentes tenham implicado toda uma série de erupções vulcânicas, com quantidades prodigiosas de água saindo do solo.

É interessante notar que cerca de 70% do que sai dos vulcões actualmente é água, muitas vezes sob a forma de vapor.

Existe inclusivamente um modelo de tectónica de placas catastrófico, desenvolvimento por cientistas criacionistas norte-americanos, que permite ligar o dilúvio a questão da deriva dos continentes.

De acordo com este modelo, a actividade vulcânica associada à rotura do solo submarino pré-diluviano criaria uma parede de vapor super-aquecido a partir do oceano, causando chuva intensa, abrindo, dessa forma, as “comportas do céu”.

Como disse, de nada adianta falar de montanhas muito altas antes do dilúvio, na medida em que a sua elevação exige forças catastróficas que só um dilúvio global pode explicar.

Depois do dilúvio, toda a topografia da Terra foi alterada. Formaram-se novas massas continentais e cordilheiras, grandes elevações montanhosas, ao mesmo tempo que se formaram grandes abismos subterrânos para receber e acomodar a água do dilúvio.

É por isso que os oceanos são tão profundos e as montanhas têm grandes dobras e possuem fósseis de moluscos nos seus cumes.

Na verdade, se não existissem montanhas nem abismos profundos subaquáticos, sendo a superfície da Terra plana, a água existente poderia cobrir toda a superfície da Terra até uma altura de 2,7 Kms.

A existência de fósseis em grandes quantidades em todos os continentes é um testemunho do dilúvio.


Para mais informações sobre o dilúvio,

www.creationwiki.org

www.globalflood.org

www.biblicalgeology.org




Para mais informações sobre o dilúvio,
www.creationwiki.org

Google quero apagar o perfil blogger. disse...

Eu começo a achar que o anónimo só se anda a divertir conosco.
Começo a não acreditar que as suas opiniões aqui partilhadas sejam genuinas.
Deve rir imenso de cada vez que lhe respondem às intervenções.

Ninguém é assim tão "limitado", ninguém.

Anónimo disse...

Como o mundo dos gajos que escreveram originalmente a Bíblia era muito mais pequenino, Deus contentou-se com pedir um autotanque emprestado aos bombeiros para fazer a sua inundaçãozinha.
Noé, por seu turno, arranjou um camião da câmara e andou a recolher cães e gatos vadios (o problema da arca foi a disciplina).
Não foi um dilúvio lá muito espectacular, mas ainda fizeram um chiqueiro considerável.

João Moedas Duarte disse...

A anónino disse:

"Este post baseia-se numa radical incompreensão do dilúvio, de longe a maior catástrofe geológica alguma vez ocorrida, e do modo como a Terra, tal como hoje a conhecemos, foi o produto do dilúvio."

Este comentário baseia-se numa total incompreensão da geologia, em particular das disciplinas da tectónica de placas e da sedimentologia e estratigrafia.

A teoria da tectónica de placas é uma teoria geométrica, cinemática e dinâmica. Bem baseada em milhões de dados e observações. Actualmente completamente validada pelos dados de GPS e de recolha de dados dos sismos (epicentros e hipocentros).

A disposição geométrica das placas tectónicas é totalmente incompativel com o diluvio. É dinamicamente impossivel transportar uma placa tectónica com água, por mais que esta fosse.

As fronteiras de placas está bem definida pelos epicentros dos sismos, local onde o seu movimento é medido diáriamente. Em 2005 o Rift africano abriu cerca de 8 metros em cerca de 20 dias. Não foi preciso nenhum evento catastrófica.

Basta ir à Serra da Arrábida para ver que a geometria dos estratos dobrados e fracturados é totalmente incompativel com deformação causada por água. É mecanicamente impossivel.

Se me disser que que deus move as placas por milagre eu digo que o senhor acredita em coisas que não devia acreditar. Agora se diz que a água é capaz de transportar placas tectónicas, pôr a India em cima da Eurásia e elevar os Himalais, eu digo que o senhor tem um problema grave de irracionalidade.

Anónimo disse...

Ó João Moedas (parebéns pelo blog), não vale a pena gastar latim com o Jonats que é o que ele quer.

Para quem quem acreita em oceanos no céu e na aberura dos mares para a passagem de um povo apenas com o abre-te sésamo de deus não existe qualquer dado cientifico válido se for contra o dito na biblia.
Só vale a ciência que não incomoda.

Anónimo disse...

Ó Jonatas explique-me lá porque é que a maioria dos fósseis são de animais marinhos ? Morreram afogados com o dilúvio ?

E os fósseis de animais terrestres que são muito mais raros que os marinhos, salvaram-se a nadar ?

E porque é que o tipo de seres fossilizadas varia com a camada estratificada em função do tempo ?

Se quiser a ciência explica-lhe isto, mas a bíblia não....

Faça lá a sua sesta e deixe-se de pregações bíblicas aqui por estes lados, mais virados para a ciência.
Se não gosta ponha na borda do prato, mas no seu, não dos outros.
Estas tretas biblicas disfarçadas de pseudo-ciência já chateiam. Qualquer dia começo a fazer copy/paste de artigos cientificios para o seu portal evangélico.

Anónimo disse...

Ó João Moedas, mas andam por aqui muitos cheios de confusões. E quase todos julgam de fraca inteligência o autor do Génesis, que é apenas um dos autores de um dos cerca de quarenta livros do Antigo Testamento. E digo cerca de 40, porque o cânone judaico não inclui todos os que o cânone cristão considera, variando ainda o número cristão conforme cada igreja. Por exemplo os livros de Judite, os dois dos Macabeus, o de Ben Sira (Eclesiástico) ou da Sabedoria não constam nem do cânone judaico nem do protestnate.
Alguém imagina que o autor do Génesis não tinha consciência de que Caim não podia arranjar mulher, uma vez que Adão e Eva (nomes simbólicos) não tinham tido outros filhos ainda?
Houve aqui quem falasse na questão dos três dias e três noites referidos como o tempo que mediou entre a crucificação e a ressurreição. Ora, se o evangelista sabia que Jesus estivera no túmulo desde o entardecer de 6ª-feira até à madrugada do 1º dia da semana, é óbvio que recorreu ao uso do três como símbolo da perfeição, de um tempo completo. (Cristo esteve de facto sepultado durante parte da 6ª-feira - os dias começavam com o pôr-do-sol -, todo o Sábado e parte do 1º dia da semana.)
A história de Jonas é uma grande parábola sobre a universalidade de Deus. O próprio Cristo reccorreu a parábolas com muita frequência, pelo que não é de admirar que tenha aludido ao "sinal de Jonas" quando se referiu à morte e ressurreição. Os ouvintes sabiam que a história de Jonas era uma parábola. Alguém, mais tarde, por ignorância é que terá interpretado tudo isto à letra.
Meu caro João Moedas, é preciso muito mais do que ler simplesmente a Bíblia para entender o seu significado. Tem de se compreender a cultura de cada época, não só hebraica, mas dos povos no meio dos quais os hebreus viveram. E, quanto ao dilúvio, está praticamente assente a espécie de catástrofe que inspirou o relato bíblico. Mas já se tem falado disso aqui.
Um abraço.
Daniel

Anónimo disse...

Ao anónimo que se dirigiu também ao João Moedas
A "passagem do Mar Vermelho" a vau, tal como pelo menos nove das dez pragas do Egipto, são fenómenos naturais que ainda ocorrem. Aliás, no original hebracio não consta Mar Vermelho, mas Mar dos Juncos. Uma espécie de esteiros próximos da zona do Suez onde o mar desce e sobe com enorme rapidez, do género das calemas africanas ou pororocas brasileiras.

Anónimo disse...

Um dilúvio de proporções catastróficas bíblicas pode logicamente explicar todos os fósseis que existem nos cinco continentes, totalmente desprovidos de evidências de evolução gradual, como lembram os evolucionistas saltacionistas.


Na verdade, ele pode explicar muitas coisas que permanecem por explicar, como a existência de vales profundos no Canal da Mancha, onde recentemente foi observado que grandes torrentes de água se movimentaram no passado, criando vales com 50 metros de profundidade e dezenas de quilómetros de largura.

Esta evidência vem adicionar o Canal da Mancha a uma lista de formações resultantes de eventos catastróficos que sugerem que a Idade do Gelo surgiu abrupta e catastroficamente.

Essa lista inclui uma grande porção do estado de Washington, a Snake River Plain of Idaho, a região Altai no sul da Sibéria, a bacia do Mar Negro, o Vale do rio do Mississippi, o vale do rio Hudson, inclindo a cidade de Nova Iorque, o Parque de Yellowstone, os Grandes Lagos/St. Lawrence, incluindo as cataratas do Niagara, entre outros exemplos.

Os geólogos criacionistas acreditam que o Dilúvio global fornece o melhor mecanismo para interpretar a tectónica de placas, a idade do gelo, o registo fóssil, a coluna geológica, as evidências de decaimento radioactivo acelerado, a proliferação de fósseis polistráticos, a proliferação de fósseis vivos, a inexistência de vestígios de erosão entre camadas de rochas sedimentares, etc.

Uma vez abandonada a geologia uniformitarista de Charles Lyell e o mito dos milhões de anos, toda a evidência pode ser explicada com base no dilúvio global.

O problema da produção e do desaparecimento de grandes quantidades de água para o Dilúvio deixa imediatamente de o ser quando olhamos para o planeta Terra no Google Earth e observamos a quantidade de água que nele existe.

As profundezas abissais dos oceanos são mais profundas do que as montanhas são altas.

O Dilúvio é um testemunho da soberania de Deus sobre a Terra e a sua história.

Dado não ser possível discutir tudo isto aqui, mais nformação técnica pode ser encontrada nos sites:

www.biblicalgeology.org
www.creationwiki-org
www.globalflood.org

Anónimo disse...

"Quer uma explicação que não explica nada?

Foi milagre!! ahahahah"

Muito obrigado.

Os evolucionistas também precisam dessa explicação para explicar o Big Bang e a origem da vida, já que o apelo a "singularidades" e "golpes de sorte" (Dawkins) também não explica nada.

Anónimo disse...

Ó anónimo das 14:38
Atão e a nossa Senhora da Fátima?

Anónimo disse...

"O problema da produção e do desaparecimento de grandes quantidades de água para o Dilúvio deixa imediatamente de o ser quando olhamos para o planeta Terra no Google Earth e observamos a quantidade de água que nele existe."

Eu, se fosse o anónimo, não confiava no Google Earth. Parecendo que não, foram os cientistas que inventaram...
Uma vez que a bíblia não é bem clara em relação ao total de água antes e depois do dilúvio, eu ia mas era medi-la e como parece que é muita, começava já.

guida martins

SATANUCHO disse...

outra das coisas que me espantam na imbecil estória do diluvio é a da arca (além de ter sobrevivido ao impacto da onda..)ter «aterrado» no cimo do monte arafat ( he he ) que tem 5kms de altura. ora aquela bicharada toda a sair deve ter rapado um friozito do caraças, se calhar foi por isso que os dinossauros (animais de sangue frio) morreram todos. Acabei de ter uma ideia do caraças, num simples comentario decobri a razão da extinçao dos grandes bichos!! Porra, sou muita bom !!!

Anónimo disse...

"A Bíblia diz que no princípio Deus, que é Espírito, criou os céus e a Terra."

"Não é com especulações insusceptíveis de verificação que se desmente esta afirmação."


Onde Caim encontrou a sua esposa?

[GÉNESIS, 4:16-17], edição revista e actualizada de João Ferreira de Almeida :

16 - E saiu Caim de diante da face do SENHOR e habitou na terra de Node, da banda do oriente do Éden.
17 - E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu e teve a Enoque; e ele edificou uma cidade e chamou o nome da cidade pelo nome de seu filho Enoque.

Incesto, dizem evangélicos que não "leram" [GÉNESIS, 4:16-17] .
Ou seria porque perceberam a contradição/alegoria : a bíblia não explica como surge a mulher que Caim "conheceu" ...


“ Esta é uma das perguntas que sempre teimam em reaparecer, algumas vezes usadas para tentar ridicularizar a Bíblia, na sua descrição da criação.
Mas, para aqueles que perguntam honestamente, Gênesis 5:4 diz que Adão e Eva tiveram outros filhos e filhas, além de Caim e Abel.
É evidente que Caim escolheu uma esposa entre suas irmãs, ou talvez sobrinhas.
Enquanto depois, o casamento com a própria irmã foi condenado como fornicação (Levítico 18), isso foi permitido naqueles primeiros tempos da terra, por causa da necessidade prática.
Atualmente, o casamento com qualquer parente próximo é desaprovado, porque os filhos daqueles que se casam com parentes próximos correm muito risco de serem retardados mentais ou terem defeitos físicos.
Isto é devido ao acúmulo dos defeitos genéticos dos parentes próximos.
Mas isto não teria causado nenhum problema a Caim. Deus criou Adão e Eva perfeitos.
Naquelas primeiras gerações deve ter havido pouca herança acumulada de defeitos a serem passados aos filhos. Então, não houve nenhum problema no casamento entre parentes próximos e Deus, obviamente, o permitiu.
Vivemos em uma época em que algumas pessoas tentam, freqüentemente, invalidar a doutrina da criação.
Ela é chamada mito ou conto de fada.
Mas a Bíblia apresenta a criação como História e Jesus aceitou as palavras de Gênesis como historicamente verdadeiras (Mateus, 19:4-6).
Enquanto é verdade que Deus poderia ter resolvido criar o homem pela evolução ou de muitas outras maneiras, a Bíblia ensina que Deus de fato escolheu criar o homem diretamente a partir do pó do chão e soprar nas suas narinas o sopro da vida.
Faríamos bem em aceitar a palavra de Deus neste assunto, porque nós não estávamos lá ! “

- por Gary Fisher

Notas:

1) Adão teve outros filhos e filhas [para além de Abel, Caim e Seth/Sete] “durante os seus últimos 800 anos” .

[Gén, 5:2-5]], edição revista e actualizada de João Ferreira de Almeida :

3 - E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e chamou o seu nome Sete.
4 - E foram os dias de Adão, depois que gerou a Sete, oitocentos anos, e gerou filhos e filhas.
5 - E foram todos os dias que Adão viveu novecentos e trinta anos; e morreu.

2) Adão teve outros filhos e filhas [para além de Abel, Caim e Seth/Sete] “durante os seus últimos 700 anos” .

Génesis [The English Translation of the Septuagint Bible] :

5:1 - This is the genealogy of men in the day in which God made Adam; in the image of God he made him:
5:2.- male and female he made them, and blessed them; and he called his name Adam, in the day in which he made them.
5:3 - And Adam lived two hundred and thirty years, and begot a son after his own form, and after his own image, and he called his name Seth.
5:4 - And the days of Adam, which he lived after his begetting Seth, were seven hundred years; and he begot sons and daughters.
5:5 - And all the days of Adam which he lived were nine hundred and thirty years, and he died.

Anónimo disse...

Caro ubíquo,

como é que se faz para introduzir 1 link na caixa de comentários?

Obrigado,

tony

JSA disse...

Daniel de Sá, fui eu quem levantou a história do Caim (pelo menos aqui, que essa tem sido perguntada bastas vezes desde há muitas gerações), mas claro que compreendo que a Bíblia deve ser interpretada, pelo menos por crentes, como uma parábola. Como o João Moedas diz, com isso eu não tenho problemas, tenho problemas é com quem acredita na Bíblia de forma literal e inventa explicações supostamente científicas (sem perceber absolutamente nada de ciência) para justificar as suas posições. Por isso, caro Daniel, com a sua posição, não tenho qualquer problema :)

JSA disse...

Já relativamente ao nosso anónimo/jónatas criacionista a coisa pia mais fino. Primeiro, é estúpido que nem uma porta. Aceitemos por um momento que foi o dilúvio que criou as montanhas (isto é tão sem cabimento do ponto de vista científico que me custa dizer que estou a considerar a hipótese mesmo que apenas do ponto de vista retórico). Mesmo assim, no momento em que a arca encalhou no monte Ararat elas já existiriam. Dessa forma, seria necessário que as águas cobrissem a superfície terrestre até uma altura superior a 5 km. Como já foi explicado vezes sem conta, não existe água suficiente nos oceanos, rios, lagos, atmosfera e até no seu árctico do manto, para tanto. Voltamos ao mesmo. Deus estava assim com tanta sede no final dos seus trabalhos?

JSA disse...

Na questão da geologia, pergunta-se então se também existiu um dilúvio em Vénus e em marte. ou em io, temos lá dilúvios? É que o maior vale do sistema solar está em Marte. O corpo com maior vulcanismo de todo o sistema solar é Io. Que dizer também de Titã? Explique-me lá isto com dilúvios, sff.

Anónimo disse...

Caro Tony,

Tenho o maior prazer em explicar-lhe como fazer.
A 1ª vez que tentei utilizar um link foi num comentário sobre Epicuro, que coloquei no DRN.
Mas não funcionava e a prezada Joana teve a gentileza de me fazer o reparo, atenção que agradeci .

SUGESTÃO:

1) abra o WORD
2) e guarde num ficheiro a expressão-tipo referida para utilização do [TAG A] em :

HTML A TAG

3) por segurança: antes de utilizar a opção "PRÉ-VISUALIZAR", faça copy-paste para um ficheiro WORD, do texto que pretende introduzir como comentário.

Se tiver qualquer problema com a expressão-tipo a utilizar, diga-me SFF.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Meu Caro JSA
As suas intervenções aqui nunca foram problema para mim. O que me incomoda é perceber que há comentadores que fazem raciocínios semelhantes ao de Francis Crick. Lá por Brites de Almeida e a sua pá serem invenção, isso não quer dizer que a batalha de Aljubarrota não aconteceu. E só há menos de 50 anos é que se soube como foi possível Nuno Álvares e o Mestre de Avis ganharem uma batalha contra um exército muito mais numeroso. E isto aconteceu por terem sido descobertas as covas de lobo que, juntamente com as linhas de águas que desciam da colina e pareciam paralelas, provocaram a queda de grande parte da cavalaria castelhana e a confusão de toda ela.
A arqueologia, o estudo das culturas do Próximo Oriente, uma exegese mais científica da Bíblia (e o próprio avanço da ciência, não há razão para o negar, obviamente) têm tornado cada vez mais compreensível o porquê de muitas das histórias da Bíblia. E reabilitado a honra dos seus autores anónimos.
Confesso que respeito muito quem acredite no dilúvio tal e qual como vem narrado no Génesis. Mas só isso. Respeito.

Anónimo disse...

Caro Tony,

A expressão-tipo é a indicada em :

Example

Source

mas sem a utilização do [TAG P] .

Anónimo disse...

Historia Thématique n°110 novembre 2007

Jésus : bio non autorisée

Anónimo disse...

Aqui vai 1a tentativa


filmes

Anónimo disse...

eheh deu!

obrigado ubíquo!

cpts

Anónimo disse...

Caro Tony,

Como vê basta utilizar uma expressão-tipo.

Para mais refinamentos, com um pouco de criatividade e paciência, tente experimentar mais vezes o PRÉ-VISUALIZADOR, fazendo previamente copy-paste do texto.

João Moedas Duarte disse...

Caro Daniel de Sá, concordo plenamente consigo. A Biblia é um bom documento histórico. É preciso interpreta-lo com cuidado e à luz do que se sabe hoje. Nos próprios inqueritos do Marques de Pombal acerca do Sismo de 1755 há muitos relatos que estão muito mais perto de uma obra literaria do que de um documento científico rigoroso, que naquela altura seria dificil existir. Mas têm enorme valor. Como muitos relatos da biblia têm. Existem catástrofes documentadas, como o Díluvio que podem devem ter correspondido a grandes catastrofes geológicas: Sismos, Tsunamies, etc. E isso ajuda os cientistas de hoje na previsão, que depende em grande medida da janela de tempo de que temos dados.

O argumento do JSA é esmagador, pois de facto tem sido descoberta actividade geológica noutros planetas e inclusive existem evidências de poder ter havido uma tectónica de placas e ciclos de água e metano muito semelhantes aos da Terra, bem como o vulcanismo. Este facto para além de mostrar que a maior parte das ideias da geologia estão correctas(e incompletas, pois existe muito para descobrir em termos de geologia planetária), esmagam a possiilidade de ser o Diluvio a explicar 99% dos modelos geológicos como os criacionistas querem demonstrar (se é que eles sabem o que é e como funciona uma demosntração). Pois para isso era necessário explicar como é que as montanhas surgiram em Marte (O Monte Olimpo é a maior montanha do Sistema Solar), e os canais referidos, com um Diluvio.

Há várias hipotes:

1- Só houve Diluvio na Terra. Então, dizem os criacionistas, a forma como a geologia funciona é diferentena na Terra e em Marte. Na terra opera uma geologia diluviana e em Marte a tectónica de placas já podem funcionar como os geólogos defendem. (E o vlcanismo em IO)

2- Houve diluvios em todos os planetas e todos têm geologias diluvianas (espero que não estejamos a dar uma ideia disparatada aos criacisonistas de mão beijada).

3- Não houve diluvio nenhum. A geologia é semelhante para planetas rohosos com caracteristicas e composição semelhantes.

Ora, qual é a mais lógica?

É obvio que as duas primeiras são um perfeito disparate.


Anónimo:

"Os geólogos criacionistas acreditam que o Dilúvio global fornece o melhor mecanismo para interpretar (...) as evidências de decaimento radioactivo acelerado."

Explique-me como?


"Os geólogos criacionistas acreditam que o Dilúvio global fornece o melhor mecanismo para interpretar (...) a inexistência de vestígios de erosão entre camadas de rochas sedimentares".

Isto é mentira. Trabalho em interpretação de perfis de reflexão sísmica da crusta (um método semelhante aquele que utilizou para defender a existência de água no manto, portanto é válido para si). Faço interpretação tectónica e estratigráfica e vejo todos os dias dezenas de inconformidades estratigráficas (paraconformidades, disconformidades, discordâncias angulares, Iatos erosivos, etc). Esta afirmação é ofensiva para quen se esforça todos os dias para melhorar a previsão de sismos e tsunamies em Portugal. Está-nos a chamar mentirosos e estúpidos. Se a protecção civil e a segurança das pessoas dependesse criacionistas estavamos bem lixados.

Se quiser que eu lhe mostre uma superficie erosiva diga-me qq coisa e combinamos, tenho uma bem bonita aqui perto de casa. Tem camadas verticais com uma superficie de erosão no topo com um paleosolo e depois mais um conjunto de unidades horizontais a cobrir.

É dificel discutir consigo, caro anónimo, e às vezes apetece-me ignorá-lo (devia faze-lo). É que o senhor mente, e é muito desagradável discutir com metirosos.

João Moedas Duarte disse...

Anónimo,

Acredito no entanto que mente por ignorância, e portanto continuo a discussão. Agora se mente deliberadamente diga-me qualquer coisa que eu não volto a comentar sobre o que escreve.

Ignorantes somos todos e quando não sabemos algo devemos admitir. Será dificil alguém saber tudo acerca de todas as áreas como o senhor quer fazer crer que sabe.

Agora mentiro só é quem quer (a não ser que seja doente). E pessoas assim eu não tolero. Aliàs, desprezo.

Anónimo disse...

Onde Caim encontrou a sua esposa? [II] (continuação)

3) Adão teve outros filhos e filhas [para além de Abel, Caim e Seth/Sete] “durante os seus últimos 800 anos” .

[GÉNESIS, 5:2-5], King James version :

5:2 Male and female created he them; and blessed them, and called their name Adam, in the day when they were created.
5:3 And Adam lived an hundred and thirty years, and begat a son in his own likeness, and after his image; and called his name Seth:
5:4 And the days of Adam after he had begotten Seth were eight hundred years: and he begat sons and daughters:
5:5 And all the days that Adam lived were nine hundred and thirty years: and he died.

4) comentário no SAB

[Genesis, 4:17], King James version :

4:17 And Cain knew his wife; and she conceived, and bare Enoch: and he builded a city, and called the name of the city, after the name of his son, Enoch.

"«And Cain knew his wife.» That's nice, but where the hell did she come from ?

The Bible doesn't mention any of Cain's sisters.

Well, maybe he married his mom, or maybe God pulled another creation over in the next county.

In any case, Cain and the mysterious Mrs. Cain have a son (another blue cigar!). His name is Enoch and he builds a city (population 3).

Although the Bible doesn't say, Joseph Smith provided the answer in "The Inspired Version" of the Bible, which was his very own "translation". Here's what it says:

And it came to pass, that Cain took one of his brother's daughters to wife, and they loved Satan more than God. – Gen.5:13

So according to Joseph Smith (and he ought to know!) Cain married one of his nieces. He doesn't say, though, which of Cain's brothers was Mrs. Cain's father.


Another answer is provided by the Pre-Adamite theory."

5) E Adão viveu 930 anos, não morreu quando comeu o "fruto proibido" ...

[Genesis, 2:17], King James version :

2:17 But of the tree of the knowledge of good and evil, thou shalt not eat of it: for in the day that thou eatest thereof thou shalt surely die.

6) O caso de relações incestuosas mais conhecido na História de Portugal, é o de um padre : o padre Francisco Costa .

O padre Francisco Costa foi provavelmente o maior progenitor português.

Ele era prior da cidade medieval de Trancoso no século XV, dando origem a 275 filhos concebidos por 54 mulheres.

Em processo movido por libertinagem, o padre chegou a confessar que manteve relações sexuais e teve filhos com 29 afilhadas, 9 comadres, 7 amas, 2 escravas, 5 irmãs e uma tia, além da própria mãe.

Da própria mãe teve 2 filhos, que eram seus meios-irmãos ...

Anónimo disse...

Caro João Moedas
Dada a sua actividade e os conhecimentos que demonstra, é provável que nada do que vou dizer seja novidade para si. Mas talvez interesse a alguém que ainda desça até aqui abaixo.
Os "conhecimentos" acerca dos vulcões e terramotos no século XVIII eram provavelmente ainda dominados pelo que dizia Aristóteles em "Os Meteoros". Gaspar Frutuoso, o maior cronista os Açores (século XVI) explica-os, seguindo claro Aristóteles, como o resultado do movimento de ventos em grandes cavernas no interior da Terra. Se estes ventos apanhavam um buraco por onde sair, e encontrando enxofre nessa passagem, provocavam um terramoto de primeira classe (vulcão, também dito "incêndio"); se não encontravam por onde sair, faziam que acontecesse um terramoto da segunda classe, o sismo propriamente dito.
Na década de 1950 ainda ouvi explicar os sismos de modo algo semelhante.

João Moedas Duarte disse...

Caro Daniel de Sá,

Não tinha conhecimento desta descrição. Estamos sempre a aprender. Obrigado por a partilhar :)

Cumprimentos

Anónimo disse...

Meu Caro João Moedas
Deveria ser para isto a principal utilização da caixa de comentários: para que nos corrijamos ou ensinemos uns aos outros com delicadeza.
Não disponho de muito tempo, mas, para corrigir alguma incorrecção que deixei atrás, copio directamente das "Saudades da Terra", de Frutuoso:
“...como diz Aristóteles, no segundo livro dos Meteoros, há duas maneiras de terramotos, uma que se chama tremor, quando se move a terra para os lados, com grande espírito ou vento que está debaixo das cavernas dela, o qual se chama tremor /.../
Outra maneira de tremor há de baixo para cima, porque requer muito princípio e muita exalação congregada debaixo da segunda crosta da terra, para que a faça rebentar /.../ o que propriamente se chama terramoto.”
Como vê, eu trocara um pouco as coisas. E, por temer tê-lo feito, é que vim confirmar.
A mesma falta de tempo faz com que não transcreva mitos da criação de índios da América Central e do Sul (espantosamente semelhantes ao bíblico) bem como do dilúvio, com dezenas de versões dos mesmos povos, com realce para os Incas, que dizem que as águas cobriram as montanhas mais altas (tendo escapado um homem e uma mulher que estavam dentro de uma caixa), enquanto que, para os Astecas, Tezcatlipoca mandou que Nata (o homem) e Nena (a sua mulher), esvaziassem um tronco de cipreste e se metessem lá dentro quando a água se aproximasse do céu.
Claro que estes mitos podem dar a quem acredita no dilúvio “ipsis verbis” razões em sua defesa, mas, por outro lado, retira a Noé a singularidade de só a sua família se ter salvado.
À sua disposição, até porque consigo também vou aprendendo.
Um abraço.

Anónimo disse...

Descendemos todos de Adão e de Noé ?
Quer isso dizer que eu e a minna mulher, ambos descendemos destes "cromos" ?
Não venham agora inventar que é tudo incesto !
Nem sequer me chamo Caim ...

Anónimo disse...

Trancoso no século XV ? Não havia efeito de estufa e, no Inverno, as beatas friorentas chamavam pelo Francisco Costa : ó Costa, ó Costa !

275 filhos, 2 dos quais da própria mãe ?

É no que dá o celibato dos padres católicos. Não é conveniente que demonstrem amor e paixão por uma mulher.

Porque se forem criancinhas ou outros homens, a questão resolve-se com chorudas indemnizações .

A Segurança Social deveria relembrar a memória deste Francisco Costa, pois cumpriu com o desígnio : crescei e multiplicai-vos .

As contas da SS agradeceriam o contributo de outros Costas, pois passariam a ter muita mais sustentabilidade ...

Anónimo disse...

Também na Beira Alta.

Nos serões da minha família, contava-se por vezes a história do padre Salcedas e da sua presumida flharada ...
Parece que levava as beatas ao "sétimo céu" .

Anónimo disse...

Mas repare, que são aceites padres casados como padres da ICAR : é o caso de ex-padres protestantes, casados, que "renasçam" como católicos.

Anónimo disse...

Os papas Alexandre VI e João XII não precisaram de "renascer" como católicos .

Anónimo disse...

E a "pornocracia" ?

Anónimo disse...

A biografia desse papa João XII é completamente escabrosa...

Mas o apóstolo Pedro era casado e tinha filhos.

Anónimo disse...

A história do Padre Francisco Costa é lenda. Do padre Salcedas nunca ouvi falar. De João XII já aqui se falou. Foi imposto como papa aos 17 anos pelo poder político.

Anónimo disse...

"A história do Padre Francisco Costa é lenda."

Do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Autos arquivados no armário 5, maço 7:

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado, o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi argüido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido:

- com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos;

- de cinco irmãs teve dezoito filhas;

- de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas;

- de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas;

- de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;

- dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas,

- da própria mãe teve dois filhos.

Total: “duzentos e setenta e cinco, sendo cento e quarenta e oito do sexo feminino e cento e vinte e sete do sexo masculino, tendo concebido em cinqüenta e quatro mulheres".

ttp://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Costa"

Anónimo disse...

Lera-se padre Salsedas, Beira Alta, século XX .
Era do conhecimento da minha família .

Anónimo disse...

Errata:

1)Leia-se padre Salsedas.

2)Padre Francisco Costa :

http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Costa

Anónimo disse...

O Papa João XII foi eleito em 16 de Dezembro de 955 e morreu em 14 de Maio de 964.

Aclamado como um dos piores papas da Igreja, notabilizou-se por ter transformado as instalações da Santa Sé num bordel.

Ele foi papa logo aos 18 anos, outros atribuem a idade de 20 anos, e, tinha um desinteresse pela parte espiritual.

Prova do bom governo do Príncipe Alberico II, foi a eleição de seu filho Otaviano, elevado ao sólio pontifício com 20 anos( ? )de idade.

Alberico, próximo a morrer, obtivera dos magnatas romanos o juramento de que elegeriam Otaviano como sucessor do Papa Agapito II.

O povo romano, saudoso do valoroso e prudente chefe, cumpriu a promessa.

Otaviano chamou-se João XII (em memória de seu tio João XI, filho de Marózia).

Teria sido morto a pancadas por um marido traído, que o encontrou na cama, fazendo amor com sua mulher.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Jo%C3%A3o_XII

Anónimo disse...

Mais sobre o padre Salsedas:

- 1º.metade do século XX
- desonrou a filha de um comerciante da zona da Estação da Guarda, senhor que se suicidou
- a filha desonrada entregou clandestinamente o bébé para adopção
- o padre Salsedas foi mudado várias vezes da paróquia em que estava colocado ao serviço da ICAR
- o motivo é fácil de adivinhar : reincidência no assédio de beatas .

leandro ribeiro disse...

Aqui há tempos, ali para a Ásia, deu-se uma espécie de dilúvio que destruiu toda a humanidade e cobriu as mais altas montanhas.

Ou, pelo menos, seria o que pensariam os locais, em 2004 - caso vivessem há três mil anos atrás. Admito até que fossem incapazes de interpretar correctamente o fenómeno e desatassem a deixar escritos documentos e relatos sobre o castigo de deuses e coisas assim.

Curioso como todos os relatos do tal [i]Deluge[/i] são originários de zonas costeiras. Não há, só a título de exemplo inofensivo, relatos de tribos do interior africano. Vai-se a ver e é tudo coincidência e eu é que não estou a ver bem o assunto...

Anónimo disse...

Sugiro este outro artigo sobre o Dilúvio:

http://ceticismo.net/religiao/o-diluvio-desmascarado/

Anónimo disse...

Em 2014, um estudo publicado na revista Science descobriu um vasto reservatório de água a 660 km (400 milhas) abaixo da crosta da Terra, na zona de transição, suficiente para encher os oceanos da Terra três vezes.

A conclusão é esta: a ciência, mesmo com anos de atraso, acaba confirmando o relato bíblico.

Anónimo disse...

vc ja pensou na hipótese que Deus criou uma terra Plana protegida por uma domo ? seria mais fácil de acontecer o diluvio, do que numa terra bola girando no espaço.

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