Transcrevo do jornal "Público" de hoje declarações do secretário de Estado Valter Lemos sobre os resultados dos exames nacionais de Matemática (9º ano):
"Segundo Valter Lemos, "à medida que se melhora, cada vez é mais difícil apresentar resultados superiores". O responsável admitiu, contudo, que estes "ainda não são" aqueles que o Ministério da Educação gostaria que fossem."
Desta vez que os "culpados" dos resultados já não são os jornalistas que teriam propagado a ideia de facilitismo, como disse Valter Lemos há poucos dias a propósito dos resultados dos exames nacionais de Matemática (12º ano), no que foi acompanhado pela ministra, na tentativa, velha como o mundo, mas sempre vã, de ignorar as más notícias ao matar o mensageiro...
O actual Ministério da Educação, como confessa o secretário de Estado, tem querido a todo o custo "resultados superiores" e agora não sabe o que mais há-de fazer para os obter. É, de facto, difícil apresentar "resultados superiores" mexendo nas provas e não no ensino. O secretário de Estado não tem, porém, de pensar muito sobre isso nem sobre coisa nenhuma de educação, porque o seu mandato está, felizmente para todos, a chegar ao fim.
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6 comentários:
Sim, que a Providência, o Destino, os Astros, as Instâncias ou quer que seja encontre(m) para tão ilustre personagem a função em que possa aplicar as suas fantásticas capacidades, de preferência longe longe longe do ensino, porque aí já ele se esforçou o que pode, com os resultados que se conhecem.
Será difícil alguém fazer pior do que a actual equipa ministerial. Mas para fazer quase tão mal como eles não faltarão candydatos.
As pessoas que nos vários partidos costumam falar sobre educação no fundo não têm ideias muito diferentes de Valter Lemos e da ministra. Passa-se o mesmo com os sindicatos. Toda essa gente tem discordado devido apenas aos aspectos mais corporativos do problema (que não deixam de ser importantes e muito graves).
Mas fale-se de coisas em que seria preciso uma outra concepção da educação e percebe-se que vão quase todos beber à mesma fonte. Por isso, quase todos acham bem a escolaridade obrigatória até ao 12º, não acham que a existência de mais e melhores exames nacionais seja necessária e prioritária, etc.
O mandato do «Trio Maravilha» está no fim, mas não está no fim, infelizmente, o mandato dos «educratas» que governava o Ministério antes deles e continuará a governá-lo depois deles.
Estou de acordo com os comentários a este post, sendo verdade que o trio maravilha está de malas feitas poucas dúvidas tenho em relação à continuidade do "eduquês" e da ideologia do rapaz selvagem da próxima equipa ministerial...!
Para os defensores deste modelo, o modelo é perfeito, o problema é a existência de alunos, professores, pais e sociedade em geral...! Eles sonham todos os dias com escolas vazias e com professores a trabalharem em exclusividade para eles de forma a garantirem o seu emprego.
Quanto a verdadeiros exames, nem pensar... O povo pode despertar da sua longa sonolência...!
A verdade é que os cometários surgirão sempre à medida das "necesidades" do momento...já tivemos manifestações de grande regizijo por parte do "trio maravilha", assim como já tivemos o tradicional "sacudir a água do capote" nos momentos mais negativos...o sucesso é fruto da política do ministério, o insucesso é culpa dos professores, dos alunos e dos jornalistas (já agora, esqueceram-se dos pais, género senhor Albino).
Mas sabem o que é pior? É não termos grandes alternativas. Ainda me lembro bem do tempo da Ferreira Leite no Ministério da Educação...enfim, estamos condenados a ser um país de governado por gente que não sabe o que é trabalhar (nem pensar, para pôr os outros a trabalhar).
O.Falcão
Velyn não é, evidentemente, o meu nome. A actual equipa ministerial não me inspira qualquer espécie de respeito. Aquilo que me é dado dizer sobre os secretários de estado - para evitar, por uma questão de 'respeito', falar da ministra - é que em termos capilares me fazem lembrar o Yin e o Yang. No valter lemos o cabelo principia nanómetros acima da linha das sobrancelhas; no outro senhor, resume-se a um tufo no occipital. Pode este comentário parecer ocioso, mas pensando nos personagens, torna-se já demasiado filosófico. Naquelas cabeças, só há cabelo para comentar.
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