A exposição "A China através dos seus jogos e brinquedos" está patente no Museu do Brinquedo de Seia até final de Setembro. Do catálogo, que tenta observar o brinquedo chinês como um fenómeno social e político, extraiu-se este apontamento:
Os brinquedos espaciais
Os brinquedos "espaciais" representam o futuro na cultura infantil de todo o mundo, mas na China não são foguetes nem estações ou módulos espaciais reais, nem veículos de filmes de ficção, mas naves inteiramente fantasiosas, máquinas quase ao estilo do "Flash Gordon" dos anos cinquenta.
O imaginário espacial chinês, quase completamente inspirado em modelos japoneses, não só no brinquedo nipónico mas também no "manga" e no "anime", parece-nos muito infantil. Até aos anos noventa, os seus brinquedos, como tudo o que dizia respeito ao espaço, cadernos escolares ou capas das revistas de ficção, eram um reflexo do relativo atraso da China na "corrida espacial". Como peça máxima desta irrealidade, veja-se o astronauta que, da sua nave, filma com... uma televisão!
Será interessante verificar se tal panorama se alterará significativamente com a recente entrada da China na indústria espacial.
António Eugénio Maia do Amaral (autor do catálogo e proprietário da colecção)
aemaia@bg.uc.pt
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2 comentários:
No Portugal dos Pequenitos, em Coimbra, a secção de brinquedos antigos está agora aberta ao público, e é também uma delícia. Muitos conimbricenses creio que não sabem.
Adelaide Chichorro Ferreira
Pois só não sei se a máquina de filmar será uma televisão como a vê o autor do catálogo e proprietário da colecção,ou não será antes a antevisão do modelo da sony HDRSR8E.CEN ?
É que isto de entrarmos numa viagem no tempo, lá porque parecemos de uma era mais moderna, nem sempre significa que sabemos interpretar os sinais de outrora...
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