O Jorge já tinha falado do Museu do Disparate da Criação, segundo o seu mentor, o pastor Ken Ham, mais uma forma de fazer chegar a «verdade» aos incautos que acreditam nos cientistas. Ken Ham defende ainda a «verdade» no site Respostas no Génesis que reinvidica 10 milhões de visitas por mês, e no programa de rádio «Respostas com... Ken Ham», transmitido em todo o mundo por mais de 725 estações de rádio.
Enquanto o Desenho Inteligente ou neo-criacionismo tenta disfarçar os seus propósitos religiosos sob uma capa de pseudo ciência, os criacionistas puros e duros pelo menos são mais honestos intelectualmente. De facto, assumem abertamente não só os seus pressupostos - nas palavras de Ken Ham «A Bíblia é a palavra de Deus, a sua história é realmente verdade, estes são os nossos pressupostos ou os nossos axiomas» - como o seu desprezo pela ciência, em especial pelo evolucionismo, que asseveram estar «a virar inúmeras mentes contra o evangelho de Cristo e a autoridade das Escrituras», para além de ser responsável por tudo e mais umas botas, da tragédia de Columbine à morte de Steve Irwin, o conhecido «Crocodile Hunter».
Como já referiu o Jorge, este desprezo pela ciência e pelos cientistas é encontrado em todos os cantos e recantos do Museu, sendo reiterado na «Sala da autoridade da Bíblia» onde os visitantes são avisados de que «Todos os que rejeitarem esta história, incluindo a criação em seis dias e os dinossauros na barca de Noé, são ignorantes por vontade própria».
Como tudo neste Museu, as suas fundações não poderiam ter sido pior escolhidas, como nos dá conta este vídeo a que cheguei via Pharyngula. De facto, os criacionistas da Terra jovem resolveram construir o seu Museu sobre um estrato fóssil do período ordovício muito rico. O ordovício, um período do Paleozóico que se compreendeu aproximadamente entre 488 e 443 milhões de anos atrás, deve o seu nome às regiões no País de Gales onde viveram as tribos celtas silures e ordovices e onde se encontram as rochas deste período estudadas pela primeira vez.
Considerando as reacções que de um modo geral os nossos posts sobre criacionismo suscitam, convém recordar que os criacionistas da Terra jovem em particular constituem uma minoria barulhenta e intolerante - e com muito dinheiro e poder político - que não é de forma alguma representativa dos cristãos. Como já tive ocasião de referir, até o defensor do ID Michael Behe desdenha como «patetas» os que leêm a Bíblia como um «livro de ciência». Em relação ao Desenho Inteligente, não custa lembrar que é católico um dos cientistas mais empenhado em desmontar as falácias neo-criacionistas, Kenneth Miller, autor do livro «Finding Darwin's God: A Scientist's Search for Common Ground Between God and Evolution».
segunda-feira, 9 de julho de 2007
Uma crítica construtiva
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28 comentários:
É interessante notar como neste blog de ciência se passou para a discussão da teologia.
Esta transição é importante, na medida em que, cientificamente, não existe nenhuma argumento que possa ser consistentemente mobilizado contra o relato do Génesis sobre a criação, a queda, a maldição, o dilúvio, Babel e a dispersão subsequente. Pelo contrário, esta grelha analítica fornece um quadro interpretativo muito plausível da realidade efectivamente observável.
A Bíblia afirma que a vida não surgiu por acaso, que a vida surge da vida e que os seres vivos se reproduzem de acordo com a sua espécie, e é exactamente isso que a ciência confirma. Nada neste blog foi aduzido contra estas afirmações bíblicas. Do mesmo modo, a Bíblia afirma que toda a criação está corrompida e vai perdendo energia e informação e é isso mesmo que a entropia, as mutações aleatórias e a selecção natural comprovam.
Do mesmo modo, os virus são uma evidência de corrupção, na medida em que, embora continuem a ser virus, vão alastrando a doença, a morte e o sofrimento, tal como a Bíblia diz. E a morte, a doença e o sofrimento não são boas notícias, do ponto de vista evolutivo, na medida em que deterioram a vida, sem a tornarem mais complexa e especificada nem darem origem a novas espécies.
Vale a pena ler Michael Behe sobre o assunto, embora eu próprio pretenda voltar ao tema em novos posts.
A Bíblia afirma a existência de um dilúvio global, e disso testemunham os biliões de fósseis abruptamente compactados que se encontram nos cinco continentes, juntamente com as evidências de catastrofismo que a corrente neo-catastrofista da geologia têm vindo a reconhecer. Do mesmo modo, tem sido reconhecido que camadas de rochas sedimentares e rochas metamórficas podem surgir em muito menos tempo do que milhões de anos.
Verificadas certas condições, o processo pode levar dias, semanas, meses ou anos. Mas não milhões de anos. Do mesmo modo, existe hoje evidência crescente de decaimento acelerado de isótopos radioactivos.
A Bíblia afirma que Deus criou o Homem com capacidade comunicativa e criou as diferentes línguas, e a verdade é que não existe nenhuma explicação naturalista para o surgimento das línguas, sendo que as línguas antigas eram mesmo mais complexas, so ponto de vista gramatical, do que as línguas actuais. Por exemplo, o Latim era mais complexo do que o Italiano, o Espanhol ou o Português.
Do mesmo modo, teorias astrofísicas como a inflação do Universo e a dilação gravitacional do tempo conferem grande plausibilidade ao relato bíblico da criação recente em 6 dias. No mesmo sentido militam a irredutível complexidade da vida e das máquinas moleculares e a descoberta de hemoglobina, vasos sanguínios e tecidos moles em ossos de dinossauro.
A avaliar pela obra de Michael Behe The Edge of Evolution, tudo indica que o Darwinismo vai continuar a ser fustigado impiedosamente, para desespero dos seus defensores. À medida que a complexidade da vida vai sendo desvendada, mais problemática se torna a afirmação de que ela surgiu e se desenvolveu por acaso. De resto, entre outras coisas, Michael Behe afirma que a probabilidade de 3 proteínas se juntarem por acaso no “espaço-forma” é infinitesimal e biologicamente irrazoável.
Assim sendo, compreende-se que a discussão se desloque para o problema da Teodiceia e da Teologia. Sobre isso há muito a dizer e as opiniões variam. As questões são complicadas, na medida em que ninguém está em condições de compreender completa e precisamente os desígnios de Deus. Apenas podemos concluir que para Deus o Universo é um todo físico, espiritual e moral, em que, a despeito da autonomia relativa que nos foi concedida, é Ele, como Criador, que tem a primeira e a última palavra. Daí Jesus ter dito: “Eu sou o Alfa e Ómega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro”.
Se Deus criou o Universo, Ele define as respectivas regras. A violação de uma só dessas regras macula todo o Universo. Em todo o caso, Deus providenciou um Redentor para restaurar o Universo, começando por todos aqueles que O aceitam com salvador. Nós, como criaturas, não temos competência para julgar Deus. De resto, falhamos miseravelmente quando nos julgamos uns aos outros. No entanto, podemos aceitar, pela fé, a salvação que nos foi concedida gratuitamente.
O essencial da mensagem Cristã reside no conhecimento de Deus como Criador, Sustentador e Redentor do Universo, no amor a Deus com todo o coração, todas as forças e todo o intelecto e no amor ao próximo como a nós mesmos. Nisso convergem os ensinamentos do Velho e do Novo Testamento.
Gostava que os anónimos se identificassem, é sempre melhor saber de quem nos rimos ou cuja ignorância lamentamos.
Já agora, caro anónimo, está afinal de acordo com Behe ou com a Bíblia? É que a própria Palmira refere explicitamente que Behe acha que a Bíblia não pode ser ponto de partida para um debate científico sério.
Quanto às suas afirmações, só quem é totalmente ignorante sobre ciência e anda a colher pedaços de informação avulsa aqui e acolá as poderia produzir. Sinceramente, eu não sei como discutir este assunto desta forma. Psiquiatria não é a minha área. E as suas convicções são um caso psiquiátrico mais para quem esteja habilitado a lidar com lavagens ao cérebro.
Caro jsa:
O Jónatas Machado ou seus apaniguados não são exactamente conhecidos pela originalidade do pensamento, mais pela capacidade de copy&paste. Aliás, os apaniguados não são exactamente conhecidos pelas suas capacidades cognitivas, period.
Este comentário, como muitos outros que inundam as caixas de comentários de todos os blogs de ciência, já foi reproduzido no blog do Ludwig Kriphal.
Acredito que este comentário tenha sido pastado por um dos apaniguados que nem se deu ao trabalho de ver que o Behe no seu último livro os trata por patetas e diz que o designer com o desenho "inteligente" da malária, «deliberadamente decidiu matar milhões de seres humanos, incluindo crianças inocentes».
Grande vídeo! Uma crítica bestial àquela aberração que pretende ser um museu.
E excelente ideia o disclaimer da Palmira para os católicos do costume não virem para aqui gritar más companhias :)))))))
Quando aos mentecaptos evangélicos não há nada a fazer: só mesmo tratamento psiquiátrico como diz o jsa....
HAHAHAHAHAHA !
Lindo! O post do anónimo. A gargalhada da semana. O seu sentido de humor é delicioso.
Um abraço.
"Quando aos mentecaptos evangélicos não há nada a fazer: só mesmo tratamento psiquiátrico como diz o jsa.... "
Gostava de saber porque é que os Evangélicos (enquanto uma classe de pessoas) são mentecaptos e necessitam de tratamento psiquiátrico. Peço mesmo que o autor desta afirmação justifique formalmente e com coerência esta frase. Numa justificação em que haja premissas verdadeiras e que haja conclusões igualmente honestas.
Penso que é abusivo este tipo de linguagem quando usado contra outros seres humanos. Talvez não fosse diferente dizer: "Os mentecaptos dos pretos...", ou "Os mentecaptos dos pobres", ou "Os mentecaptos dos engenheiros"... por aí vai.
Qualquer comentário deste tipo remete-nos para uma sociedade obscurantista de há centenas de anos atrás que não primava pela cultura dos valores humanos, pelo pensamento crítico e pelo respeito pelas diferenças (quer sejam físicas ou ideológicas).
Que se critique (sem ofender gratuitamente) um individuo por uma qualquer ideia, tudo bem. Que se ataque uma classe de pessoas por preconceito ou mania de que se é superior... penso que revela aquilo que de pior o ser humano tem. No fundo revela aquilo pelo que a nossa sociedade actual pugna por eliminar ou minimizar: a intolerância.
Embora não sejam minimamente responsáveis por estes actos, os autores deste blog deviam tentar promover (intervindo directamente) um discurso mais saudável. Isso funcionaria como um acto de pedagogia bastante importante. Já agora aproveito para me mostrar satisfeito por ver, neste blog, o ID e seus defensores serem tratados como tal, ou seja, não haver um alastramento das críticas para os cristãos, tratando-os a todos como fanáticos religiosos. Tem havido algum progresso nesse sentido. Esse esforço faz-me ficar mais satisfeito na leitura deste blog e com os seus autores.
Chiça, que estes cristãos são mesmo susceptíveis e aproveitam a mínima coisa para se calimerizarem.
Parece que o pdcmarques não tem lido as coisas que os evangélicos escrevem neste e noutros blogs. Se não leu não custa nada ler: eles são como as pragas bíblicas, invadiram a blogosfera científica nacional.
Se coisas como o que este e outros anónimos escrevem em tudo quanto é post não são de mentecaptos o pdcmarques que faça o favor de explicar porquê em vez de se armar em vítima com as tretas do costume!
Penso eu que não é preciso ser um grande crânio para ver a que mentecaptos eu me estava a referir!
Para as minhas palavras não serem aproveitadas para mais cristianovitimizações explico que por evangélicos me refiro aos evangélicos criacionistas que invadiram a blogosfera, David Cameira e kilos de anónimos.
Eu não generalizo o mentecaptos a todos os evangélicos, apenas aos criacionistas que berram que a Terra tem 6000 anos e que há um complot ateu materialista para esconder a "verdade". Católicos e muçulmanos que digam o mesmo entram na mesma categoria, já agora.
Cuidado que nem todos os americanos são criacionistas dos seis dias. William Wyler, por exemplo, não é. No filme "Ben-Hur" ele põr o árabe dono dos cavalos que haveriam de ganhar a corrida a dizer que eles são o mais belo produto da evolução.
E aqui deixo algumas "citações". Talvez algo divertidas, mas que têm um preço: o leitor que as ler terá de descobrir se são falsas ou verdadeiras.
De Bernard Shaw, que não gostava dos Ingleses:
“About Evolution, the difference between Ireland and England is only one letter, because we are in the top and they are in a stop.”
Do “Quijote”
“¿Sancho, porqué miras tú así a tu burro?”
“Si vuestra señoría llama burro a mi borriquillo, yo diré caballo a su Rocinante. Pero estoy esperando verlo hacerse un hermoso sangre pura.”
“No seas mono.”
“Ya se lo he sido, que lo dicen los sabios. Y además vuestra señoría también.”
De Rousseau:
“La bonté naturelle des hommes c’est la des singes.”
De Dante, que se julgava feio :
“Nel mezzo del cammino dell’Evoluzione sono stato io.”
O que não posso deixar de notar neste blog é que os defensores do ID só comentam sob anonimato. Será que quando deus os criou à 6000 anos já eram assim envergonhados, ou será que se tornaram anónimos através de algum processo evolutivo?
guida martins
A psiquiatria servirá para explicar como é que gente como o anónimo comentador pode dizer aquelas barbaridades, defendendo simultâneamente o criacionismo e o ID ao mesmo tempo que usa afirmações completamente erradas e que ninguém no seu perfeito juízo utilizaria daquela forma para tentar fazer valer as suas posições.
Eu nada tenho contra criacionistas, desde que não tentem impôr ideias que nada têm de científico aos outros de uma forma que dizem científica. Quem quiser crer, que o faça. A maioria dos cristãos no mundo não será, de resto, criacionista. Não vejo qualquer contradição entre ser-se cristão e aceitar a evolução. Pelo contrário, parece-me o mais lógico.
o comentário do anónimo deixa-me completamente sem saber o que fazer... se rir se chorar!!
de rir porque é de uma falta de conhecimento cientifico total (embora ele a tente mascarar com palavras como isótopos radioactivos, inflação do Universo, dilação gravitacional do tempo, etc.)
de chorar porque é demasiadamente idiota e triste que em pleno sec.xxi ainda existam pessoas que pensam assim...
enfim, é ridiculo...
Tenho visto aqui tanta gente a dar conselhos e a fazer pedidos aos autores do blog que até eu, hoje, me sinto suficientemente à vontade e confiante para deixar a minha opinião ( isso já o tenho feito noutras alturas) e formular um desejo.
O senhor deus deve estar agradado por hoje haver tanta gente disponível para o defender e lhe dar créditos nas caixas deste blog. Pois eu lembro que os cheques em branco não valem nada se não tiverem assinatura.
Estes senhores que ensinam os nossos filhos a adorar bibelôs, ou a contar missangas dos colares (a que chamam terços) para decorar e lembrar a história em que acreditam, que os ensinam a dar voltas ao "quintal", de joelhos ou em passo meditativo, para pedir ou agradecer, o futuro ou o passado, ou para encarar a morte, que lhes ensinam que se confessarmos as nossas tristes mazelas a um semelhante (muitas vezes sabe-se lá com que virtudes) não é um acto de privação de liberdade mas sim uma virtude, ou, que fazendo uns quantos sinais com algumas partes do corpo (que, dizem eles, o corpo tem partes boas e partes más) ou colocando-nos de cócoras x vezes ao dia somos mais virtuosos, estes senhores, dizia eu, são o que querem ser, mas julgo haver liberdade neste mundo para eu mostrar indignação com o resultado da propagação da sua mensagem. Estes exemplos podiam ser intermináveis em todas as religiões, ou será que também tudo isto não deve ser encarado no sentido literal dos termos?
Fala-se muito de desertificação do interior, pois eu penso que também uma das causas para ela, é o facto de na maioria das comunidades do interior, regra geral bastante religiosas e dadas a romarias, o ar que se respira ser sufocante para as gerações mais jovens (e não só) por falta de liberdade (e não só). O ambiente social e a tradição (onde a religião é um factor decisivo) é de calhandrice, compadrio e medo, muitas vezes fomentados nos átrios das casas de culto antes e após os serviços religiosos. Eu sei que sempre foi assim e que possivelmente é transversal às religiões e culturas, mas isso não é desculpa.
Com estes princípios a subjectividade ganha outra dimensão. E não é de espantar que os princípios universais passem a ser relativizados à época e ao indivíduo. Como se dois reagentes sujeitos a determinadas condições não dessem sempre o mesmo resultado. Como se vermelho adicionado ao amarelo não produzisse sempre laranja ou, como se a superfície de uma circunferência não fosse sempre igual a pi vezes o quadrado do raio.
A ciência terá sempre mais para descobrir sobre a essência da realidade, para evoluir da física newtoniana até para além de qualquer teoria quântica ou das cordas e a perspectiva individual e da época poderão ser uma demonstração de liberdade, mas elas não alteram em nada o resultado de juntar dois reagentes, duas cores ou aquilo a que chamamos área de uma figura plana.
Tomo a liberdade de citar Richard Dawkins sobre a possibilidade de provar a existência ou inexistência de deus: "Citando o filósofo Bertrand Russel, imagine que existe um bule de porcelana em órbita do Sol. Não é possível refutar a existência do bule porque é demasiado pequeno para ser visto pelos nossos telescópios. Agora suponha que toda a gente na nossa sociedade, os professores, os chefes tribais, os políticos... todos tivessem fé no bule. As histórias acerca do bule passariam de geração em geração, fariam parte da tradição e portanto os que não acreditassem nelas seriam tratados como lunáticos". Mas neste caso, pergunto eu, quem seriam afinal os lunáticos?
O meu desejo, se mo permitem, é que estas situações de crendices e evangelizações tolas sejam mais desmacaradas, aqui e noutros locais e, que estes senhores sejam não só alvo de ironias, como o seu discurso seja tornado imbecil pela razão.
Eu até sou comedido e humilde a pedir desejos, porque o que eu acho mesmo, é que a religiosidade é um abcesso que devia ser lancetado. Estou a falar de qualquer religião em qualquer indivíduo. Mas não peço tal, sei bem que se estivermos em presença de uma questão médica, a esmagadora maioria dos médicos solicitaria objecção de consciência, se fosse uma questão genética, o mais certo seria levar com um tratado moral e político de ética em biogenética.
Artur Figueiredo
PS. Nem foi necessário ir à história buscar as fogueiras, as evangelizações bárbaras e outras maledicências.
PS2. Estou muito mais aliviado! Já fiz a minha boa acção do dia.
Bolas! Com o tamanho com que acabou por ficar o comentário, as boas acções devem estar feitas para uma semana.
Depois do comentário do anónimo que nos divertiu com um dos comentários mais hilariantes dos últimos tempos, reparo agora que há concorrência :)
Dizer em defesa indignada do cristianismo que chamar mentecapto ao anónimo remete «para uma sociedade obscurantista de há centenas de anos atrás que não primava pela cultura dos valores humanos, pelo pensamento crítico e pelo respeito pelas diferenças» é um tiro no pé! Mais, são dois tiros nos dois pés!
O comentador que rasga as vestes em defesa do cristianismo parece esquecer o que causava essa sociedade obscurantista, intolerante e sem o mínimo respeito pelos direitos humanos. Pois, o mesmo cristianismo que ambos defendem!
Para além de que chamar "pensamento crítico" às patetadas do anónimo não abona muito em defesa do pdcmarques...
Seja-me permitida uma "citação" tão falsa quanto as outras que inventei e ficaram aí para trás. Esta atribuída ao Artur:
"Deus não exite. Tenho a certeza disso porque foi Ele que mo disse."
Não existe nenhuma evidência científica conclusiva da evolução das espécies.
As falhas do evolucionismo têm vindo a ser evidenciadas pelos próprios evolucionistas.
Alguns propõem modelos simbióticos para explicar a evolução. O problema, é que para explicar a origem de um ser, muitos desses modelos necessitam de pelo menos dois seres anteriores. Isso só complica as coisas.
A ciência moderna não conseguiu explicar factos como:
1) A Idade do Gelo;
2) A deriva dos continentes e a tectónica de placas;
3) A evidência de catastrofismo nas rochas e nos fósseis;
4) As centenas de fósseis vivos, polistráticos e em posições anómalas;
5) A origem das montanhas;
6) a existência de relatos de dilúvio global em mais de 250 culturas da antiguidade;
7) a escassez de sedimentos no fundo dos oceanos;
8) a escassez de sal na água do mar;
9) a extinção de muitas espécies e dos dinossauros;
10) as alterações climáticas;
Recentemente, o neo-catastrofismo geológico veio criticar o uniformitarismo de Hutton e Lyell. O neo-catastrofismo reconhece que muitas das características das rochas e dos fósseis só se explicam mediante o recurso a catástrofes.
Os criacionistas bíblicos consideram que elas só se explicam recorrendo a uma única catástrofe sem paralelo na história da Terra, anterior ou posterior.
Enquanto a ciência moderna, com os inerentes naturalismo e evolucionismo, insistir em construir os seus modelos explicativos à margem da revelação de Deus, o único que observou todos os eventos desde a criação até aos nossos dias, ela vai continuar a sossobrar sem explicações.
O grande paradoxo é este. O verdadeiro conhecimento tem que assentar na revelação de Deus.
É evidente as relações entre a ciência e a religião só se resolverão se os cientistas reconhecerem Deus e abandonarem o paradigma naturalista, evolucionista e uniformitarista e aceitarem a verdade, o criacionismo bíblico.
É isso que a mente humana tem humildemente que reconhecer.
A Bíblia não pretende ter apenas uma relevância subjectiva, no plano das emoções ou dos sentimentos religiosos.
Porque ela é a Palavra de Deus, ela tem uma palavra decisiva a dizer sobre a realidade objectiva.
A Bíblia pretende falar de factos. As doutrinas bíblicas são relevantes porque se baseiam em factos.
O evolucionismo, pelo contrário, baseia-se em fantasias inobservadas, totalmente destituídas de fundamento empírico. O evolucionismo baseia-se, essencialmente, em "não-factos".
Atente-se, apenas, no que recentemente aconteceu aos Neandertais, à Lucy, às pretensas penas dos dinossauros ou ao "junk-DNA".
De repente, deixaram o seu estatuto de "importantes argumentos a favor da evolução" e passaram a ser simplesmente "não-factos". O evolucionismo baseia-se em dogmas e na fé dos cientistas nos não-factos do momento.
O criacionismo assenta em factos, na verdade revelada e imutável de Deus.
A moralidade do designer vê-se logo em Génesis. A Bíblia diz que quando Deus criou o mundo tudo era bom.
Não existia morte, doença, sofrimento ou actividade predatória. Génesis 1:29 afirma que tanto os animais como os seres humanos só comeriam frutos e vegetais.
Todavia, a Bíblia diz que Deus criou o ser humano com capacidade para o aceitar e rejeitar, com as consequências daí resultantes.
A morte, o sofrimento e o comportamento predatório são consequência do pecado e da maldição que Deus fez impender sobre a natureza. Essa maldição funciona como uma alerta para nós, dando-nos uma razão para nos virarmos para Deus e nos reconciliarmos com Ele.
O comportamento predatório não é aceite como normal pela Bíblia. O mesmo não fazia parte da natureza criada sem pecado. É por isso que a Bíblia afirma que também no futuro, quando o pecado tiver sido eliminado, o leão e o cordeiro pastarão juntos.
Existem, de facto, sinais de degenerescência e entropia na natureza.
Todavia, eles não são evidência da evolução nem compatíveis com ela, na medida em que são o resultado da entropia e da perda de informação.
Para haver evolução é necessária a criação de quantidades inimagináveis de informação genética complexa e especificada. Porém, as mutações que observamos destroem informação genética. Elas são cumulativas e degenerativas.
Eles são evidência do poder destruidor do pecado e das suas consequências.
Eles são evidência da destruição de uma criação inteligentemente criada.
Foi para nos salvar do pecado, da morte e do sofrimento que Jesus Cristo levou sobre si o castigo dos nossos pecados, e promete vida eterna, com um corpo incorruptível, em novos céus e nova terra, a todos que o aceitarem como salvador.
Desculpem, mas isto não é caso de psiquiatria?
"Recentemente, o neo-catastrofismo geológico veio criticar o uniformitarismo de Hutton e Lyell. O neo-catastrofismo reconhece que muitas das características das rochas e dos fósseis só se explicam mediante o recurso a catástrofes.
Os criacionistas bíblicos consideram que elas só se explicam recorrendo a uma única catástrofe sem paralelo na história da Terra, anterior ou posterior."
Por isso é que aos primeiros se chama cientistas e aos outros idiotas... Por outras palavras, o neo-catastrofismo diz que apesar de ESTAR PROVADO QUE A MAIORIA DAS FORMAÇÕES GEOLÓGICAS SE DEVEM A INTERVENÇÃO CONTINUADA DE AGENTES FISÍCOS AO LONGO DE EXTENSOS PERÍODOS DE TEMPO, existem algumas (minoria, percebe) formações geológicas que provavelmente resultaram de catastrofes naturais.
Ora, os idiotas criacionistas são estúpidos e dizem coisas por que sim... todo o texto do anónimo é parvo porque não assenta numa única afirmação racional. É Deus prá qui e prá colá.
Tenho uma novidade pra ti anónimo, não há provas da existência de Deus e, como tal, é estúpido trazê-lo para uma discussão científica, aliás, é contraprodutivo. Em que é que Deus nos ajuda por exemplo na construção de pontes e aviões?; na manipulação genética?; na interpretação dos mecanismo bioquímicos das mais diversas actividades celulares?; e por aí fora.
É que é muito bonito criticar a teoria da evolução sem falar no seu contributo para o avanço tecnológico da humanidade.
P.S. Se realmente querem negar a ciência que não se coaduna com a biblia sugiro-lhes que façam como os amishe começem por largar a internet e os blogs
JSA:
Concordo completamente: é mesmo um caso do foro psiquiátrico!
O que este ou estes anónimos dizem não faz qualquer sentido, biológico ou geológico.
Mas há tantos deles a dizer as mesmas palermices, tipo que as mutações são corrupção e perda de informação, que suspeito leiam todos pela mesma cartilha. Suspeito que seja a cartilha da Educação Moral e Religiosa Evangélica que o dinheiro dos nossos impostos paga nas escolas públicas.
Como alguns dos meus comentários anteriores podem ter suscitado dúvidas nos leitores, esclareço:
Tenho a certeza que Ele existe. Existe na cabeça de muito boa gente e também na de gente assim-assim.
Deixo também uma afirmação que gosto bastante porque, apesar de ser uma interpretação algo abusiva da certeza primordial de Descartes, engloba muita da essência da concepção teológica do mundo:
"Penso Nele, logo Ele existe"
Afirmação atribuída à totalidade dos comuns mortais, crentes.
Artur Figueiredo
"Para além de que chamar "pensamento crítico" às patetadas do anónimo não abona muito em defesa do pdcmarques..."
Peço desculpa, mas nunca quis chamar "pensamento crítico" ao que o anónimo disse, até porque me recuso a dar crédito a coisas escritas por anónimos. Queria dizer que desabafar insultos não abona nada em favor do pensamento crítico. Só isso. Quer fosse em relação a ser Cristão ou em relação a qualquer outra classe.
Só quis chamar atenção para a (sempre presente) generalização. Como disse o sr. João Paulo no seu 2º post de resposta ao meu:
"Para as minhas palavras não serem aproveitadas para mais cristianovitimizações explico que por evangélicos me refiro aos evangélicos criacionistas que invadiram a blogosfera, David Cameira e kilos de anónimos." Então chamemos as coisas pelos nomes (ainda por cima bastante específicos). Não generalizemos tudo e mais alguma coisa. Nem todos os pretos roubam, nem todos os evangélicos são fundamentalistas do ID (aliás... pelo que sei muito poucos o são). É importante esclarecer isto.
Mais nada.
Caro Artur Figueiredo,
da minha parte não contesto Fé em Deus. Se a tem, tanto melhor para is. Essa é uma discussão por onde não enveredo. Eu não a possuo, em absoluto. Aquilo que eu ataco como "caso psiquiátrico" é a tentativa de uso da Bíblia como instrumento científico literal. Como já disse antes, se alguém foi crente e integrar a existência de Deus no Universo que a Ciência vai descrevendo e descobrindo, nada contra. Até me parece um Deus muito maior que o da Bíblia literal, mesmo que eu não creia em nenhum deles.
Caro jsa,
por culpa minha não me fiz entender. A ironia tem destas coisas. Para mim, deus existe mas é dentro da cabeça dos crentes. Não mais do que isso.
Artur Figueiredo
Digo num comentário lá para trás que deus criou os anónimos à 6000 anos. Está errado!
Deus criou os anónimos há 6000 anos. Assim, faz muito mais sentido!
guida martins
Digo num comentário lá para trás que deus criou os anónimos à 6000 anos. Está errado!
Deus criou os anónimos há 6000 anos. Assim, faz muito mais sentido!
guida martins
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