segunda-feira, 30 de julho de 2007
Desafio de férias aos leitores
Já por mais do que uma vez o DE RERUM NATURA se referiu a invenções, um tema a que o blogue SORUMBÁTICO também não é indiferente. Assim, propõe-se (em simultâneo em ambos os blogues) um desafio que consiste em dizer, até às 18h de 31 de Julho (3ª-feira), «qual a invenção que esta gravura de 1880 pretende documentar» - o que era e para que servia. Seguidamente, será dada a "resposta oficial", afixando o texto que acompanhava a gravura original.
NOTA: Estando em causa - digamos... - uma "investigação", o SORUMBÁTICO oferece, como prémio ao primeiro leitor que, em "Comentários", der a resposta certa (a hora será a que estiver indicada no "Comentário"), um dos seguintes livros, à escolha do vencedor: «Crime Impune», «Betty», «O Tempo de Anais» ou «Os Cúmplices» (de Georges Simenon); «12 Aventuras de Sherlock Holmes» (de Conan Doyle); «Um Crime no Expresso do Oriente» (de Agatha Christie).
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14 comentários:
hummm, o sonar?
he he he a televisão meus amigos
O uso de código morse para comunicação entre navios através de luzes?
Já coloquei a minha resposta no Sorumbático, mas aqui vai:
Ora bem, esta é difícil... (ainda não vi aqui nenhuma realmente fácil, senão também não tinha piada...)
Penso que a gravura pretende documentar o Topofone (não sei se a tradução está correcta, mas no inglês é um "Topophone"), inventado em 1879 por Alfred M. Mayer e patenteado em 1880 (Pat. nº 224199).
Era um aparelho que, mediante dois receptores ligados aos ouvidos do utilizador, permitia ouvir com rigor um som, se apontado na direcção certa.
Servia para ajudar os capitães dos navios a identificar com exactidão o local de onde eram emitidos os sons dos faróis em situações de nevoeiro denso, uma vez que esse era um problema comum nessa altura. O aparelho foi testado com bastante sucesso em 1880 pela United States Lighthouse Board. Através de várias medições era inclusivé possível determinar a distância a que o farol se encontrava.
O princípio era muito parecido com o hoje utilizado pelas antenas parabólicas para captar os sinais de satélite.
Será isto?
Bananóide
Uma pequena adenda à resposta que dei anteriormente, depois de ter feito mais algumas pesquisas em vários sites:
O som transmitido aos dois "microfones" ou "ressonadores" é misturado através da ligação dos dois tubos que transmitem o som. O sinal resultante é transmitido aos ouvidos do utilizador, que ouve a "interferência" entre o som dos dois "microfones" ou "ressonadores" enquanto se movimenta o aparelho (fazendo o utilizador uma rotação sobre si mesmo) para determinar o local de origem do sinal.
Mayers referia que a novidade da sua patente consistia na combinação de dois "ressonadores" ligados aos tubos, sendo que um ou ambos os tubos eram ajustáveis longitudinalmente.
A resposta de "Bananóide", dada também no "Sorumbático" (às 20h28m), está certa.
Pede-se-lhe que escreva para sorumbatico@iol.pt indicando qual dos livros pretende e morada para envio.
PS: O documento de onde a gravura foi extraída (número de Novembro de 1880 da revista «La Nature») já está afixado no Sorumbático.
Enquanto estive a pesquisar sobre a questão colocada encontrei a mesma resposta que a colocada pelo Bananóide. De facto, a invenção retratada é o "topophone". No entanto, segundo a minha pesquisa o topofone é uma invenção de Brantz Mayer como consequência da sua investigação em acústica na década de 70 do séc. XIX, enquanto professor na Stevens institute of technology, Hoboken, New Jersey. Não sei sequer qual a relação entre o Alfred e o Brantz Mayer. Vou esperar pelo texto para ser esclarecido.
Joao
Curiosamente, o texto original colocado no Sorumbático pelo Carlos Medina Ribeiro só fala em "professeur Mayer", deixando à nossa imaginação qual dos dois seria. Ainda tentei encontrar outras patentes em nome de Brantz Mayer mas não encontrei nada com o "Topophone". Se alguém quiser ajudar a esclarecer o mistério, agradece-se. :)
Já agora, e para complicar um pouco a questão, não sei se o site onde o João encontrou essa informação será este: http://www.famousamericans.net/brantzmayer/ mas esse site em particular fala de Brantz Mayer e curiosamente tem a foto do Alfred M. Mayer (com a respectiva assinatura), o que é estranho. Mas não pode ser a mesma pessoa, sendo que as datas de nascimento e morte não são as mesmas.
Verdade seja dita que o objectivo do passatempo era dizer qual a invenção e para que servia, não o nome do seu inventor, apesar de agora também ter ficado bastante baralhado. De qualquer forma, caso os promotores do passatempo achem por bem, terei todo o gosto em que o prémio seja entregue ao João
Abraços a todos
Bananóide
Embora tudo o que possa vir por acréscimo seja útil, a resposta que "Bananóide" deu corresponde ao que se perguntava - e que era a essência do passatempo.
Adianto que a revista «La Nature», cuja página afixei no SORUMBÁTICO, era uma revista de divulgação geral (e não científica), podendo conter algumas incorrecções de pormenor.
Os seus autores têm-se mostrado indisponíveis...
Quando dei a resposta já não era com o objectivo de ganhar o prémio pois já tinha reparado no post do bananóide (embora já soubesse o que ia escrever). Apenas fiquei intrigado em saber qual de facto teria sido o autor da invenção. Daí a ter colocado o comentário para poder obter algum esclarecimento. No entanto, a questão em causa era sobre "o que era e para que servia" a invenção e não o seu autor. Por isso, saber o autor é um pormenor extra para o desafio colocado.
De qualquer modo, o desafio foi bastante interessante e serviu para aprender algo mais de novo.
Parabéns ao sabio leitor. O documento original está aqui:
http://sorumbatico.blogspot.com/2007/07/passatempo-resposta.html
Carlos Fiolhais
O esforço do leitor João também merece ser, de alguma forma, recompensado!
Assim, se me indicar uma morada para sorumbatico.iol.pt, terei muito gosto em enviar-lhe uma pequena lembrança.
Digo:
sorumbatico@iol.pt, claro.
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