segunda-feira, 28 de julho de 2014

A saga das avaliações

Vale a pena ler o artigo de opinião do cientista Miguel Mota no Público, que chama a atenção para dois pontos não enfatizados até agora:

 - necessidade de introduzir como input o dinheiro investido e recompensar quem fez muito com  pouco (não foi, de facto, considerada a produtividade científica por euro investido).

 - necessidade de co-responsabilizar a FCT e o governo em caso de menor sucesso de algumas unidades, lembrando que a obrigação dos responsáveis é corrigir e ajudar em vez de pura e simplesmente eliminar (queimando o "joio", conforme a infeliz metáfora de um dos responsáveis).

Clicar em:

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/a-saga-das-avaliacoes-1664469

2 comentários:

Anónimo disse...

O financiamento investido nas unidades é um critério sem o qual os resultados de qualquer avaliação são completamente falseados. Como se pode comparar directamente os resultados de duas unidades, sendo que uma recebe 10X mais que a outra por cada investigador que possui? Óbvio que a unidade que recebe mais financiamento tem necessariamente obrigação de produzir mais. Na verdade e tendo em conta um dos objectivos desta avaliação (a concentração de recursos) esse critério deveria ser obrigatoriamente avaliado, para de facto verificar se essa é a política correcta.

Anónimo disse...

Um sistema de avaliações mais justo poderia seria algo de análogo ao campeonato nacional de futebol, com as unidades de uma determinada área distribuídas em 3 ou 4 divisões. Em cada divisão o financiamento seria idêntico para cada unidade, correspondendo os financiamentos mais elevados à 1ª divisão e por aí abaixo. A cada período de avaliação a produção das unidades de cada divisão seriam comparadas entre si e haveria descidas e subidas obrigatórias entre divisões. A pior das unidades da 1ª divisão desceria à 2ª e veria o seu financiamento ajustado. Por outro lado a melhor das unidades da 2ª divisão subiria à 1ª, também com o seu financiamento ajustado. O mesmo para as restantes divisões. Julgo que um modelo deste tipo seria mais justo, uma vez que entrava em linha de conta com o financiamento recebido, para além de manter uma saudável concorrência entre unidades. Com o actual modelo de avaliação/financiamento uma unidade com classificação inferior está destinada a desaparecer. Com um modelo como o acima descrito, uma unidade das divisões inferiores poderia ascender à primeira divisão em 10-15 anos, promovendo uma saudável renovação do tecido científico. Infelizmente o ministro da educação(ciência(?) não deve ver futebol....

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