Mesmo com o corpo alquebrado,
Não prescindo da voz.
Da liberdade
De dizer,
Ainda que num sopro,
Só a verdade.
Matais-me, inúteis figuras
Dos inúteis projetos
Sobre ribeiras cenosas
Como vossos rostos abjetos.
Matais perfidamente
O coração que da sua debilidade
Vos pôs ao corrente.
As crianças berram e choram,
Quase desmaio, dói-me o peito
A língua arrasta-se no chão!
Matais-me, pequenez nua,
Falso mérito, entre microscópios,
Sonhando um chão de ouro,
Com os olhos postos na lua.
Matais-me, oradores maníacos,
Pregoeiros que lúcidos apregoeis,
Espantalhos
Que do tabaco apenas sabeis
Que é uma planta.
Matais-me, vós que troçais
Dos pequenos comentários.
Matais-me, lidadores efeminados
Que do início ao término
Só de boca pegueis
Os cornos de um touro.
Sem pão, morrerei,
Serei uma só história.
Mas, não nego que Copérnico
Se fez em Cracóvia.
Mas, não matais a minha voz,
A liberdade
Que nunca atraiçoarei.
3 comentários:
Tudo treta! Já nascemos mortos.
Arrojada a intrepidez na qual acaba por se assenhorear em relação ao público alvo desta maledicência
tabaco é uma planta estupidez é uma droga
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