I)
E o amor por vezes é um rio veloz
Ficando aquém da razão de florir,
Canto, como se fossem mar
Até as águas que não foram foz.
II)
A noite longe de ti, mãe.
Longe do teu colo e do brilho.
Tenho o quarto, ninguém.
Tenho o rio, ninguém.
Olho ao redor, ninguém.
Estou só, longe de ti, mãe.
Apenas o coração ainda faz
Com que eu chame retiro
A este quartinho e ao rio.
Oh, o peito perseguido pela dor!
A noite longe de ti, mãe.
E jazem o quartinho e o rio.
E jaz o sonho latente.
Jaz tudo em mim e ao redor.
O teu passo estugado persigo
Na terra dura do trilho, mãe.
Então começa, no amplo silêncio,
Do menino o amplo sopor.
Ao teu colo, me retiro,
Em paz, do mundo, onde
Ainda nada sei sobre o amor.
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