sábado, 12 de novembro de 2022

Vila Franca de Xira

Volto ao estore e ao colchão.

Caiu o dia do rio.

O sol levou pela mão as crianças

Que pulavam na escadaria.

Os homens partiram da praça

E esqueceram-se do pelourinho.

Os risos partiram da alma.

A luz é fria como uma carcaça.

Sozinho abandono a órbita do clarão!

Volto ao campo e ao silêncio.

Volto ao estore e ao colchão.

Na gare, dormem os sem-abrigo.

Com eles, está o meu coração.

Sem comentários:

PREFÁCIO A «De que somos feitos?», de Dan Levitt (Lua de Papel)

    Meu prefácio ao mais recente livro de ciência da Lua de Papel:   No tempo de Apolo na cidade de Delfos na Grécia Antiga havia uma inscri...