terça-feira, 22 de novembro de 2022

Branca no canto a espuma

Branca no canto a espuma

A espraiar-se no tempo.

A correr a areia e a sitiar-te

Mais veloz do que chuva.

E o sol alto só podia dar-te

Uma outra pele e lume.

Do sal dos ombros tão perto,

Perto do chão do teu ventre,

O sol a arder, quase no cume.

E o peito que só podia dar-te

A dor, o deserto e o negrume,

Deu-te o canto, para sempre,

O branco do mar e o sol ardente.


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