Branca no canto a espuma
A espraiar-se no tempo.
A correr a areia e a sitiar-te
Mais veloz do que chuva.
E o sol alto só podia dar-te
Uma outra pele e lume.
Do sal dos ombros tão perto,
Perto do chão do teu ventre,
O sol a arder, quase no cume.
E o peito que só podia dar-te
A dor, o deserto e o negrume,
Deu-te o canto, para sempre,
O branco do mar e o sol ardente.
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