terça-feira, 22 de novembro de 2022

Branca no canto a espuma

Branca no canto a espuma

A espraiar-se no tempo.

A correr a areia e a sitiar-te

Mais veloz do que chuva.

E o sol alto só podia dar-te

Uma outra pele e lume.

Do sal dos ombros tão perto,

Perto do chão do teu ventre,

O sol a arder, quase no cume.

E o peito que só podia dar-te

A dor, o deserto e o negrume,

Deu-te o canto, para sempre,

O branco do mar e o sol ardente.


Sem comentários:

Enviar um comentário

1) Identifique-se com o seu verdadeiro nome.
2) Seja respeitoso e cordial, ainda que crítico. Argumente e pense com profundidade e seriedade e não como quem "manda bocas".
3) São bem-vindas objecções, correcções factuais, contra-exemplos e discordâncias.

EM DESLOUVOR DAS EPOPEIAS

As epopeias só celebram guerras, matanças e cornos assinalados, corridas tontas por plainos e serras, gritos, berros, brados misturados, via...