Regresso ao firmamento e à terra,
À temperança, ao almejo dos braços da mãe,
À geada tenazmente aderida à vidraça,
Ao horizonte a norte embranquecendo,
À criança macérrima, às botas azuis de borracha,
Ao rasto matinal no barro batido,
Aos charcos inquebrantáveis cor de arminho,
Ao padecimento das ervas escarchadas de gelo,
Ao coração, trêmulo e desguarnecido,
Nas botas azuis de borracha se escondendo.
Sem esperança, regresso ao que um dia era,
Como se em mim o gelo não fosse ainda derretido
Pelo tremeluzente e primeiro raio de sol
Escorrendo nas derribadas ervas do caminho.
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