sábado, 5 de outubro de 2019

Na mensagem da UNICEF para o Dia do Professor: "Instamos os governos a fazerem do ensino uma profissão de primeira escolha para os jovens"

A UNICEF escolheu para celebrar o Dia Mundial do Professor (de iniciativa da UNESCO) o slogan "Jovens professores: o futuro da profissão".

A mensagem conjunta da Diretora-Geral da UNESCO, do Diretor-Geral da OIT, da Diretora-Geral da UNICEF, do Administrador do PNUD e do Secretário-Geral da Internacional da Educação (aqui) vai no sentido de outros documentos recentemente publicados por estas e outras organizações internacionais. Subjacente está a perspectiva global da Educação do futuro"/do "século XXI" formalizada pela Organização das Nações Unidas na sua Agente 2030. Nada de novo, portanto.
  • Começa com uma citação de Einstein, referência global. É um bom início para fazer ressaltar "a experiência, a energia e a paixão dos professores" que se afirma serem "a pedra angular dos sistemas educativos do futuro".
  • Alude-se, de seguida, à "regeneração da profissão": são precisos muitíssimos novos professores nos sistemas educativos, que estejam, de facto, "motivados" para exercerem a profissão. Isto para se conseguir o estipulado pela Agenda 2030 da ONU.
  • Segue-se, evidentemente, a expressão de um problema de monta: como "atrair e reter talentos naquela que é uma profissão mal paga e subvalorizada", marcada, nomeadamente, pela "precariedade do emprego" e pelas "escassas oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo". 
  • Este problema tem consequências: acentuação das desigualdades sobretudo nas zonas do mundo mais desfavorecidas
  • "É urgente agir. 
  • Uma via de acção por parte dos países é "reformular a forma com recrutam, formam, motivam e retêm as mentes mais brilhantes para o ensino" e, claro, "melhorar o emprego e as condições de trabalho". Na verdade, pouco jovens querem ser professores e muito professores saem do sistema.
  • Outra via de acção (que não entendi completamente) é instrumentalizar "os media e as novas tecnologias (...) para elevar a profissão docente e demonstrar a sua importância para os direitos humanos, para a justiça social e para as alterações climáticas".
  • É feito também um convite a diversas entidades ligadas ao ensino e à formação de professores "a partilharem os seus conhecimentos e experiências com vista a promover o surgimento de um corpo docente dinâmico"
  • Reafirma-se, por fim, o valor da missão dos professores, do seu trabalho para se conseguir, para todos, em todo o mundo, "a educação de qualidade, inclusiva e equitativa “e a promoção de "oportunidades de aprendizagem ao longo da vida".

1 comentário:

Anónimo disse...

Industrialmente, Portugal é um país subdesenvolvido. A democratização do ensino recebeu um impulso decisivo nos anos setenta do século XX, com Marcelo Caetano e Veiga Simão, mas as sucessivas vagas de "doutores e engenheiros", que desde então se têm formado, não têm dado um grande contributo para o progresso económico do país, porque iam quase todas acabar na imensa praia do Estado, em lugares ao sol, fosse nos jardins de infância, nas escolas primárias, nas escolas C+S, nas escolas EB 2,3, nas escolas secundárias, ou até nos tribunais, onde havia falta de escrivães de direito, deixando assim ao abandono as minas, os campos e as fábricas, sem os quais o desenvolvimento sustentável de Portugal continua a ser uma miragem.
Desenvolvimento rima com Conhecimento. A Escola Flexível das Aprendizagens Essenciais tem como lema, mal disfarçado por um eduquês verborreico, ENSINAR POUCO PARA APRENDER MUITO! Perante uma falácia tão estúpida, que, em última análise, compromete o futuro do país, os professores têm de lutar pelo seu direito de continuar a ensinar em liberdade!

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