sábado, 19 de outubro de 2019

A ADSE E O BARBARISMO DA NOSSA ÉPOCA


Resposta ao comentário ao meu post: “A reportagem televisiva de Ana Leal sobre um dos melhores lares de idosos de Cascais” (15/10/2019).

O barbarismo da nossa época é ainda mais estarrecedor pelo facto de tanta gente não ficar realmente estarrecida” (Teilhard de Chardin).

Já estava a estranhar o silêncio cúmplice dos idosos e/ou seus familiares, porque  "quem cala consente", atingidos por esta desumana medida da ADSE. Felizmente, há uma excepção de uma pessoa preocupada com este verdadeira ausência de natureza social e humanista comparável à Grécia Antiga em que os velhos e/ou deficientes eram  atirados de uma escarpa abaixo que lhes provocava a morte. 

Em citação de memória do nosso Eça, achais leitor que estou a exagerar? Que não me dói  escrever estas palavras como a vós devia doer ler?  Exemplifico:  um idoso cônjuge de beneficiário titular de oitenta e tal euros chutado da ADSE, qual bola de trapos, que necessite submeter-se a um operação cirúrgica, ou simples consulta de especialidade, no Serviço Nacional de Saúde verá satisfeita essa necessidade depois do seu óbito. Haja o primeiro  que me contradiga!

Até para o verdugo Staline, “a morte de um homem era uma tragédia, a morte de um milhão uma estatística”! Que nome dar ao número de mortes que esta medida da ADSE irá provocar porque aplicada em retroactividade?

Antecipadamente grato por uma resposta - em democracia o cidadão tem o direito de fazer perguntas e o Estado o dever de responder - sem me atirarem com a poeira aos olhos de uma lei que não pode ser derrogada, qual inamovível Rochedo de Gibraltar. A própria Constituição da República Portuguesa, consente alterações. Em boa verdade, pelo menos, há uma pessoa preocupada o(a) autor(a) com a pulhice desta medida da ADSE. 


Bem haja ele ou ela , porque “quando alguém compreende que é contrário à sua dignidade de homem obedecer a lei injustas, nenhuma tirania pode escravizá-lo”, como escreveu Gandhi.

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