quarta-feira, 26 de agosto de 2009
HISTÓRIA DA TELEGRAFIA EM PORTUGAL
Quem se interessar pela história da telegrafia em Portugal pode ler este artigo, que escrevi em colaboração com António José Leonardo e Décio Ruivo Martins, e que acaba de sair na "Revista Brasileira do Ensino da Física": aqui. Excerto:
"O grande impulsionador do telégrafo em Portugal foi o engenheiro José Vitorino Damásio (1807-1875), bacharel em Matemática pela Universidade de Coimbra em 1837 e, a partir de 1855, sócio correspondente do Instituto de Coimbra. Foi professor da Academia Politécnica do Porto, desde 1838, e director do Instituto Industrial de Lisboa, desde 1853. Em 1845 a Companhia de Obras Públicas incumbiu-o de tomar contacto com os sistemas telegráficos em funcionamento na Inglaterra e em França e de adquirir instrumentos para a projectada rede telegráfica nacional. Foi Damásio quem, um ano depois de experiências no Porto, foi mandatado pelo Conselho Superior de Obras Públicas (CSOP), onde trabalhava, para estudar as propostas das companhias de telegrafia francesas e inglesas. O CSOP deu parecer favorável ao fabricante francês Bréguet, embora esta fosse a mais cara, uma vez que, como defendido por Damásio, era a mais idónea e a que mais garantias dava em virtude do seu reconhecimento internacional.
(...) A introdução da telegrafia eléctrica em Portugal não teve, na época, grande repercussão nos jornais nacionais, merecendo apenas três linhas no Jornal do Comércio de 28 de Julho de 1855. Este facto não terá sido alheio à coincidência com a coroação de D. Pedro V, mas também se explica porque o Exército ficou, de início, com a exclusividade da sua utilização."
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2 comentários:
A propósito de telegrafia e da revolução do controlo,
No entanto, foi no século XIX que a revolução do controlo se iniciou: com a invenção da fotografia e do telégrafo, depois com a prensa rotativa, a máquina de escrever, os cabos transatlânticos, o telefone, o cinema, a telegrafia sem fios e a fita de gravação magnética. A rádio e a TV já emergem no século XX (Forester, 1993: 88).
Nesta perspectiva, a cultura política contemporânea está, grosso modo, associada a termos como controlo, poder, direcção, guia, regulação, comando, domínio e influência (Forester, 1993: 88). Com o aparecimento da fotografia, dá-se a reprodução do real, deixando a humanidade a marca dos seus pensamentos (para se libertar do esquecimento e da morte) (Freixo, 2006: 33).
Cumpts,
Madalena Madeira
Boa noite,
Tenho um aparelho de telegrafia construído nas oficinas G.M em Belém Lisboa.
Gostava de obter mais informações sobre o aparelho.
Será possível ajudarem-me a decifrar algo mais sobre isto ?
Obrigado
Gil Silva (gilprs@gmail.com)
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