Informação recebida do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, sobre o seu novo módulo interactivo, na parede externa do edifício, que foi inaugurado em finais de Julho, quando o Pavilhão fez 1dez anos:
Relação entre Arte e Ciência:
Esta instalação interactiva pretende relacionar a ciência com a arte, utilizando a liberdade da expressão artística para explorar conceitos científicos. Assim, a obra não deve ser vista como uma verdade científica mas sim como uma manifestação de elementos científicos a favor de um resultado artístico, que é criado pela interacção do público.
Porquê uma obra interactiva?
Ao visitar o Pavilhão do Conhecimento, os artistas perceberam que muitos dos módulos deste centro de ciência permitem uma interacção do utilizador e que são essas instalações que têm mais sucesso junto do público. Não há nada como experimentar a ciência e poder interagir/jogar com ela. A aplicação interactiva é também uma expressão artística que os artistas já utilizaram, quer em Portugal, quer no estrangeiro.
Sobre a aplicação interactiva:
Foi desenvolvida de raiz para os 10 anos do Pavilhão do Conhecimento. A sua concepção foi um processo evolutivo baseado num diálogo constante entre a equipa do Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva e a equipa artística. Este diálogo foi fulcral para encontrar o ponto de equilíbrio entre a ciência e a arte, para deixar a liberdade artística aos criadores, respeitando, ao mesmo tempo, a verdade científica.
Sobre a cor:
Esta instalação interactiva com projecção de luz baseia-se no sistema aditivo de cores. A cor branca resulta da sobreposição das três cores primárias, enquanto o preto é a ausência de luz. Com esta base científica os artistas dão ao público a possibilidade de criar “explosões” de cor baseadas no espectro visível.Os artistas, designers e arquitectos usam as cores para estimular a percepção humana. As cores podem combinar-se para gerar diferentes efeitos.
Sobre os artistas:
Nuno Maya [n. 1978] e Carole Purnelle [n. 1964] são uma dupla de artistas cujo trabalho tem percorrido linguagens e âmbitos muito diversos, sempre resultando de um trabalho subtil sobre o dispositivo que elabora a percepção. Nas suas ‘Pinturas de Luz’ há uma interacção entre o mundo virtual da projecção multimédia e o real dos elementos arquitecturais da superfície de projecção.
Sobre o funcionamento da aplicação interactiva:
O sistema é composto de:
- uma projecção vídeo em tempo real sobre a parede
- uma câmara que capta os movimentos e a localização do utilizador
- uma aplicação interactiva que trata e converte graficamente a informação
O utilizador tem a possibilidade de interagir com a cascata de hexágonos coloridos que vão caindo na parede, apanhando-os. Ele é representado por um paddle (barra cinzenta) que vai aumentando se o utilizador abre os braços. Também se podem juntar vários utilizadores, formando, desta forma, um paddle maior. Os hexágonos são semi-transparentes e têm as cores primárias do sistema aditivo, permitindo criar praticamente todas as cores do espectro visível. Quando o utilizador apanha os hexágonos que caem, estes sobrepõem-se, adquirindo uma nova cor, de acordo com o sistema aditivo. Com os seus movimentos, o utilizador pode gerar uma explosão (com um movimento de deslocação rápida). Esta explosão decompõe os hexágonos que foram apanhados nas cores primárias originais. Cada hexágono repete-se até ao infinito e volta progressivamente à sua cor de origem. A explosão desaparece progressivamente.
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