Excerto de uma entrevista minha ao portal Educare. O resto pode ser lido aqui:
E: Assume-se, acima de tudo, como um professor. Como é que hoje olha para esta profissão?
CF: A escola é uma das maiores invenções da humanidade. Tal como a ciência e a filosofia, remonta aos antigos gregos e ficou até aos dias de hoje. E não há escola sem professores - nem julgo que venha a haver. Professor é, portanto, uma profissão não só com um grande passado como com um grande futuro. Sim, sou em primeiro lugar um professor e os livros não são mais do que uma extensão das minhas aulas. Permitem chegar mais longe.
E: Há diferenças em relação a um passado recente? Fala-se numa perda de autonomia e até mesmo de credibilidade dos professores...
CF: Não penso que haja diferenças importantes, apesar de os professores terem agora a concorrência da Internet (ao fim e ao cabo, é a salutar concorrência de outros professores). Com a Internet, as paredes da sala de aula de certo modo caíram. Os professores estão mais sob escrutínio, mas sem autonomia e sem credibilidade dificilmente serão professores respeitados e, por isso, bem sucedidos. Em Portugal, reconheço que há um problema no que respeita à autoridade dos professores e era bom que, a este respeito, o Estado não transigisse. O Estado devia ser o primeiro a respeitar os professores.
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1 comentário:
O Carlos Fiolhais é uma especie de Carl Sagan à portuguesa e nós precisamos de muitos com esse espirito.
Gostei da entrevista e concordo plenamente que a escola reflete a sociedade e vice versa.
A escola tem sido vista como um problema, como uma maçada, uma fonte de despesas e pouco mais, a escola tem que ser vista como o futuro, a solução, ao se apostar na escola aposta-se no futuro, reduz-se iletracia, criminalidade, aumenta-se qualificações, empreededorismo e emprego.
Quando os politicos perceberem isso vão apostar mas ninguem sabe quando chega esse momento..
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