Embora muito populares nos Estados Unidos, mesmo na soalheira Califórnia onde não há esplanada que não os ostente nos meses de Inverno (muito pouco rigoroso), os aquecedores de pátio apenas se difundiram na Europa depois da proibição de fumar em espaços fechados se ter efectivado.
Em Inglaterra, os proprietários de bares investiram fortemente nestes aparelhos - cerca de 86.5 milhões de libras - quando se tornou pública a intenção governamental de proibir o fumo em espaços públicos. De facto, para quem já tenha tiritado nas gélidas ruas britânicas (e transpirado abundantemente nas super-aquecidas lojas e casas), a iniciativa era apenas expectável.
A semana passada, instados pela deputada liberal(?) democrata Fiona Hall, apoiada pelos seus colegas da ala liberal (?), os deputados europeus votaram favoravelmente uma resolução que propõe banir estes e «outros equipamentos pouco eficientes em termos de energia».
Os aquecedores de pátio funcionam na sua maioria por queima de gás, natural (metano), butano ou propano, de forma que a conversão da energia química do combustível em energia térmica é na realidade muito eficiente nestes aparelhos, muito mais eficiente que qualquer tipo de aquecimento eléctrico se fizermos as contas à produção em centrais termoeléctricas e transporte de electricidade.
Em relação às emissões de CO2, cuja «poupança» tanto preocupa os eurodeputados, os aquecedores são responsáveis por uma infíma fatia destas - cerca de 0.002% em Inglaterra onde há actualmente cerca de 1.2 milhões destes equipamentos, muito menos que as emissões provenientes de televisores (que emitem cerca de 210 vezes mais CO2). Como informou Eric Johnson, o perito britânico para a United Nations Framework Convention on Climate Change:
«O impacto global dos aquecedores de exteriores no aquecimento global e na emissões de gases de efeito de estufa é muito minímo, e quando se olha para os modelos domésticos utilizados o impacto é praticamente inexistente. (...) De facto, os televisores de plasma produzem de longe muito mais CO2 que os aquecedores de pátio».
Como é óbvio, aquecer o ar exterior, por pouco poluidores e muito eficientes termicamente que sejam os equipamentos, é uma tarefa inglória. Mas não acredito que alguém pense proibir as fogueiras e outras «desperdícios» de aquecimento utilizados por aqueles que têm de trabalhar nas ruas em latitudes menos amenas. Deverá ser certamente um desperdício para Fiona Hall aquecer as não isoladas cabinas das portagens de auto-estradas e afins, em que o ar quente se escapa a cada abertura da portinhola, mas duvido que os portageiros concordem com a eurodeputada liberal.
Diria que se os eurodeputados estão assim tão preocupados com as emissões de CO2, há inúmeros pontos da sua própria política que deveriam rever, nomeadamente a questão dos créditos de carbono e dos biocombustíveis.
Mas considerando a cruzada anti-tabaco da eurodeputada e a constatação de que estes equipamentos são maioritariamente utilizados, pelo menos em Inglaterra, para tornar menos desagrável a vida dos fumadores, diria que o seu problema com os aquecedores de pátio não são as suas ridículas emissões mas sim o facto de mitigarem o ordálio dos fumadores.
O Carlos já reportou a proposta de lei que pretende proibir o acesso de gordos a restaurantes do estado do Mississsipi e do Hawai chegam notícias de que se pretende proibir fumar nas praias, parques e áreas de recreação ao ar livre (ou seja, praticamente apenas se poderá fumar em casa). Dos Estados Unidos chega-nos ainda mais uma notícia que compete em cretinice com a resolução aprovada na Europa: é proibido fumar em qualquer ponto da Bristol Motor Speedway, uma das pistas mais populares da NASCAR.
Os espectadores da gigantesca pista continuam sujeitos às massivas emissões dos escapes (muito mais poluentes e nocivas, isto para não falar no desperdício brutal de combustível e concomitantes emissões de CO2 que aí acontecem) e ao agradável cheiro a borracha queimada mas as suas consciência ecológica, saúde e narinas estão agora protegidas do real perigo: o fumo do tabaco!
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32 comentários:
Eu não fumo e estou muito grata pr agora ser possível ir a restaurante, bar ou discoteca sem vir de lá com cheiro de beata velha.
No entanto, acho preocupante esta deriva autoritária na Europa. Acho bem que se protejam os direitos dos fumadores passivos mas acho péssimo esta cruzada contra os fumadores.
Acho ignóbil esta proibição dos aquecedores de pátio com a desculpa esfarrapada de que libertam CO2. Nós também libertamos CO2 e espero que não nos proibam de respirar!!
Acho ainda mais estranha esta treta ter vindo dos liberais (de pacotilha). Vou reler o meu Adam Smith mas parece-me uma medida muito pouco liberal.
Tudo isto me faz lembrar religião: há uns fundamentalistas que se acham no direito de impor aos restantes as suas opiniões e convicções.
Por acaso essas opiniões e convicções são também as minhas, que não fumo nem espero vir a fumar nunca. A única diferença é que detesto fundamentalismos, religiosos ou não.
Mas tal como não admito que o meu espaço seja invadido e o meu comportamento determinado pelas crenças alheias não admito invadir o espaço dos outros com as minhas.
A rua pública (não confundir com espaço da res publica) é de todos, não é apenas dos fundamentalistas de alguma coisa.
Se estão tão preocupados com as emissões de CO2 dos aquecedores, suavizem as medidas draconianas, fundamentalistas e autoritárias que levaram à sua utilização.
Não percebo porque razão todo o espaço aberto ao público tem de ser templo das crenças de uns iluminados de Bruxelas!
Rita:Achei estupendo o seu argumento:"Nós também libertamos CO2 e espero que não nos proibam de respirar" (por via das dúvidas eu também não fumo!).
Agora não estou tão certo que, com o vício de nos taxarem por tudo e por nada não se lembrem de nos imporem um imposto em função dos litros de ar que respiramos. E não será tão difícil como isso.Basta ajoujarem-nos com uma botija às contas com um contador para o efeito! Se asim for, exijo uma percentagem das taxas por esta minha ideia. Inspirada ideia!...
Povo que lavas no rio (1):
Se um velhote morresse no hospital não por causa do mais puro e ordinário desleixo médico, mas tivesse sido fulminado por um raio ao vir fumar um cigarro cá fora - aposto as minhas contas de Viana! - logo varreria o país um pandemónio de tartufada e buzinas.
Viveis contaminados pela indústria do consentimento e exaltais-vos com empáfia por ninharias, pois consentis políticos como a senhora não-sei-quantos e só dais por eles quando vos proíbem de fumar. Eu pelo menos tenho a atenuante de não ter blogue nem ordem de prioridades, penso apenas em suecas nuas. O Messias saberá julgar-me.
____________
(1) aprendi esta com os filósofos, não é uma resposta ao comentário anterior
Cara Palmira F. da Silva,
Consulte este post que fala exactamente do que aqui está escrito. Aponta-lhe vários erros. É da autoria do Ludwig Krippahl.
Eu até já desiti da idéia de um dia vir a ser cremado, não quero ser causa de mais CO2, Deus me livre de irritar os senhores excelentíssimos eurodeputados. Vou sem caixão nem nada, nada de cortar umas árvores por minha culpa.
Caro Pedro:
É óbvio que os fundamentalistas apoiam a medida e o Ludwig é um fundamentalista (e machista) do piorio. Gosto de o ler em alguns temas mas reconheço que é pior que muitos fundamentalistas religiosos em algumas coisas.
O post do Ludwig é vergonhoso, mas enfim, há mais quem se passe dos limites da razoabilidade com certos temos. O Miguel Sousa Tavares é com o futebol, o Ludwig é o aborto e o tabaco :)
Acho curioso que o Ludwig venha com falácias do tipo já nem se pode poluir o ar com duzentas mil toneladas de CO2 para fumar em conforto quando reconhece que os televisores quatro milhões de toneladas.
Não fiz as contas, mas vou procurar dados para saber quanto custa em CO2 outros confortos de não fumadores de que não fala, como aquecimento central, ou ar condicionado nos carros. A esses não os manda vestir um pulover one wonders why...
Isto para não falar de que aqui não se está a falar dos fumadores mandarem fumo para cima dos outros, como falaciosamente diz, mas sim poderem fumar na rua sem incomodarem ninguém.
Claro que os fundamentalistas não suportam que os outros possam fazer algo contrário às suas crenças sem serem devidamente castigados por isso.
Que ideia triste têm alguns em pensarem que os miseráveis fumadores têm direito a conforto e a não morrerem de frio ao fumar um cigarrito a -10ºC.
Não sei se a seguir vai achar normal que os fumadores andem de estrela amarela ao peito...
Gostei desta doutro deputado "liberal" (de pacotilha):
"Following the introduction of the UK smoking ban out door patio heater sales have soared (...) I believe out door patio heaters are a luxury the planet cannot afford."
Pois eu acredito que políticos atrasados mentais são um luxo a que o planeta não se pode dar e proponho que sejam banidos da política gente como estes eurodeputados "liberais"...
Rita
Tanto quanto me dei conta, o Ludwig não é machista. Poderá ser fundamentalista anti-religioso, mas esgrime com argumentos de respeito e que fazem pensar.
Eu não sou fundamentalista anti-tabaco com mais ninguém senão comigo mesma (sou é uma praga para os fumadores, mas isso faz parte do meu encanto).
Os fumadores é que eram fundamentalistas e me obrigavam a apanhar com o fumo deles, o que me invcomodava. Agora tenho opção e estou bem melhor.
Os consumos de que falas são contas de outro rosário e estão a ser "atacados" por maior eficiência energética e fontes de energia mais amigas do ambiente. O ar condicionado nos carros normalmente não se traduz em gasto de energia porque simplesmente vai buscar energia à bateria, que carrega com a energia cinética de outro modo desperdiçada no movimento do carro.
Derivas autoritárias são muita coisa, mas proibição de fumar não é uma delas.
Abobrinha:
Não sei se acompanhaste o que ele escreveu acerca do aborto mas se sim é impossível não te ter escapado o machismo do Ludwig.
Eu não tive estomâgo para ir assistir ao debate dele com a Palmira mas a minha mãe foi e saiu de lá mal disposta com tanto machismo e tanto disparate!
Sobre a proibição de fumar, acho excelente que existam espaços que eu possa frequentar sem levar em cima com o fumo dos outros.
É uma deriva autoritária querer proibir os aquecedores de rua porque facilitam a vida aos fumadores com a desculpa do ambiente.
Se estão preocupados com o ambiente há milhentas coisas por onde poderiam começar.
Se acham que devemos sacrificar o nosso conforto em prol do ambiente os alvos não deviam ser só os fumadores mas sim todos, fumadores e não fumadores.
Mas não estou a ver os senhores deputados a proibirem, por exemplo, o aquecimento das suas instalações em Estrasburbo ou Bruxelas. Também podiam vestir um pulover mais quente e davam o exemplo...
Ah! Sobre o ar condicionado nos carros estás enganada: aumenta o consumo (e as emissões de CO2) em 13%...
As emissões dos aquecedores de rua são uma gota, apenas em Inglaterra, ao lado das emissões devidas ao ar condicionado em carros. Ainda não vi ninguém tentar proibir estes aparelhos...
Rita:
Você deve ser excelente na cama.
Rita
"É uma deriva autoritária querer proibir os aquecedores de rua porque facilitam a vida aos fumadores com a desculpa do ambiente"
Pois... lá está... é que os aquecedores não vão ser proibidos por causa dos fumadores, entendes?
Não li as posições do Ludwig sobre o aborto (hei-de ler um dia destes). Mas olha que ele às vezes fala com uma liberdade que pode ser confundida com arrogância. Até pode ser arrogante, mas não me parece. Ao menos não diria nada como o energúmeno que disse que devias ser boa na cama só porque és mulher e opiniosa!
Essa dos carros não me convence. Mesmo porque eles tendem a consumir cada vez menos e têm cada vez mais electrónica.
Cara abobrinha:
Eu acabei de vir de Inglaterra. Acredita, a Fiona só quer proibir os aquecedores de rua por causa dos fumadores.
Aliás, se fosse uma questão energética pura não fazia sentido mencionar estes zingarelhos pelo nome na resolução. Bastava dizer que eram proibidos aparelhos pouco eficientes no consumo de energia, ponto. Mas não, a senhora insistiu em incluir explicitamente os zingarelhos para não haver dúvidas.
Eu acho um desperdício de energia o pessoal que tem 5 e seis televisores em casa mas nunca me passou pela cabeça proibir mais que um televisor/casa.
Mas se se proibisse, poupava-se mais em emissões que com a proibição destes aquecedores...
Sobre o ar condicionado dos carros, funciona como todos os outros e gasta energia como todos os outros. Neste caso 13% do consumo dos carros actuais. Se diminuirem os consumos dos carros aumenta a fatia para ar condicionado...
A electrónica não tem nada a ver com energia a não ser gastá-la
Rita,
Não querendo parecer um porco machista ou coisa do género, acho isto duvidoso:
«Eu acho um desperdício de energia o pessoal que tem 5 e seis televisores em casa mas nunca me passou pela cabeça proibir mais que um televisor/casa.
Mas se se proibisse, poupava-se mais em emissões que com a proibição destes aquecedores...»
Uma televisão consome à volta de 150W. Um aquecedor a gás desses consome cerca de 15000W, cem vezes mais. Pelos dados de 2006, utilizando o aquecedor cerca de 21 horas por ano liberta à volta de 30Kg de CO2. Um televisor liberta aproximadamente 50Kg de CO2 por ano.
Concordo que se banirem os aquecedores a quem só os usa 21 horas por ano vai fazer pouca diferença. Mas é ridiculo comparar as emissões de um aquecedor numa esplanada, usado cerca de 15000 horas por ano, com o que gasta um televisor. Nessas condições o aquecedor vai imitir cerca de mil vezes mais...
É falso que os carros tenham têndencia para consumir menos!
Isso só acontece em momentos específicos de mudança técnológica e não através dos aperfeicoamentos,
que aliás têm um limite.
Claro, se os carros actuais tivessem unicamente os 30/40 cv necessários, fossem mais leves, sem ar condicionado, isso era verdade. Assim, com a constante subida de potência e peso, um carro actual pouco menos gasta que o Ford T de 1908.
Ludwig:
Um televisor de raios catódicos médio liberta 100kg de CO2/ano; um plasma liberta 400 kg/ano.
Não percebo como é que um aquecedor a gás consome watts mas deve ser problema meu. Eu pensava que consumia gás e que libertava o CO2 equivalente ao carbono queimado...
Também não percebo como é que o aquecdor bai estar ligado 15 000 horas/ano. Mesmo que o liguem no pino do Verão e se ainda sei fazer contas:
1 dia= 24 horas
15000h/24h=625 dias.
Parece-me que não há 625 dias num ano. Se calhar um dia tem mais de 24 horas e ainda não dei por isso.
Aonde chega o fundamentalismo...
Sorry, saiu um zero a mais. Era 1500 horas (cerca de 300 dias a 5 horas cada).
Do consumo energético não nos safamos lá por queimar gás.
A estimativa aqui:
http://www.mtprog.com/ApprovedBriefingNotes/pdf.aspx?intBriefingNoteID=436
é de 237 dias por ano, 5 horas por dia, 2257 kg de CO2 por ano.
Essa estimativa de 400 kg de CO2 por um televisor parece bastante alta. Onde a foste buscar?
O meu LCD da sala consome 210W. Para libertar 400 kg de CO2 num ano, a cerca de 0.6 kg por kWh, tinha que o usar quase 3200 horas por ano, ou oito horas e meia por dia.
É possível que haja quem tenha a TV ligada 8 horas por dia, mas acho que em casas normais deve ser bastante menos (um terço ou um quarto disso).
Posto de outra forma, um aquecedor a gás com uma potência de 10 kW liberta cerca de 2.3kg de CO2 por hora. Um televisor grande de 200 W liberta cerca de 0.1 kg de CO2 por hora. E o uso dos aquecedores em esplanadas deve ser mais prolongado que o de televisores em residências...
"É óbvio que os fundamentalistas apoiam a medida e o Ludwig é um fundamentalista (e machista) do piorio."
"Acho curioso que o Ludwig venha com falácias do tipo já nem se pode poluir o ar com duzentas mil toneladas de CO2 para fumar em conforto quando reconhece que os televisores quatro milhões de toneladas."
Ludwig, acho que é escusado dialogar com a Rita. Ela insulta-te e depois acusa os outros de falácias. Ou seja, uma boa discussão "à lá Blogosfera".
Extraordinário: de um post sobre aquecedores e eficiência energética passou-se à porra do tabaco e ao mau feitio da gaja (a Rita, no caso).
Rita
"A electrónica não tem nada a ver com energia a não ser gastá-la"
Quando eu falo da "electrónica" falo de todos os gadgets electrónicos que habitam um carro: sensores de estacionamento, buzinas, rádios, AC, fechos centralizados e a própria injecção (que permite... poupar energia queimando mais eficientemente).
Mas a maioria destas coisas não queima mais uma fatia de combustível (pode acontecer, e no Verão pode-se consumir mais combustível que no Inverno por causa do ar condicionado). Simplesmente aproveita parte da energia do carro.
Rita
Recomento o Courier International deste mês, pela reportagem sobre o consumir menos. A realidade é que somos uma sociedade de consumo, mas que tem visto várias coisas: a economia tem que crescer, mas podemos estar a destruir não só o planeta como também a nossa qualidade de vida. A máquina não será o nosso instrumento de libertação mas de escravização (e de destruição?).
Curiosamente mencionava qualquer coisa como o pensamento típico de um cidadão (no caso a reportagem era inglesa) que acaba de poupar qualquer coisa na factura de energia por passar a usar qualquer coisa mais eficiente: fixe, já tenho dinheiro para comprar um ar condicionado!
Ou seja, varrer tudo a fundamentalistas não resolve. É preciso falar de eficiência energética. E conta lá: qual é a utilidade dos "fogareiros" nas esplanadas?
Se reparaste bem, em Inglaterra (e nunca vi país igual) desperdiça-se energia como se ela fosse barata. QUe não é. E não há um complot contra os fumadores: os fumadores é que sempre se julgaram donos de tudo... e não são!
Ludwig:
Um LCD consome muito menos que um plasma ( um plasma de 42 polegadas consome até 500 watts, os maiores consomem mais). Para uma TV de 500 W, basta usá-la menos de 4 horas/dia para a factura em CO2 ser 400 kg/ano/televisor. Mas há muitas casas em que as TVs estão ligadas 8h ou mais por dia e aí a factura passa para pelo menos 800 kg/ano...
Voltando às contas, os aquecedores estão ligados apenas nos meses mais frios, digamos no máximo seis meses, normalmente quatro –cinco meses dependendo do sítio. Mas vamos para o máximo, seis meses, cerca de 180 dias, entre 4 a 5 horas/dia. No máximo, 720-900 horas/ano, muito longe das 15000 h/ano e muito longe de emitirem mil vezes mais que um televisor (e aqui não foi gralha, foi propositado).
No limite máximo, com as 900 horas/ano, temos 1350 kgs/ano, menos que as emissões com televisões em muitas casas inglesas em que há pelo menos dois televisores; a mulher não trabalha ou trabalha em part-time e a família tem sempre a televisão ligada.
Mais sobre os aquecedores, o link que indicas explica bem os motivos para bani-los: facilitam a vida aos fumadores. Não é nenhuma teoria da conspiração como dizes mas de facto é uma medida destinada exclusivamente a chatear os fumadores.
Ou como disse Simon Clark
But smokers' campaign group Forest hit back. Director Simon Clark said any notion of banning patio heaters was "barking mad".
He said the moved smacked of "petty vindictiveness" towards smokers.
"Is it that these MPs simply do not like the idea that smokers might be moderately comfortable smoking outdoors?" he asked.
É curioso como a posta que aponta falhas às contas da Palmirita não merece comentários a este aglomerado de pensadeiros. Ou uma réplica por parte da «douitorada em Química». Será por não ter réplica para dar ?
Não quero aborrecer-vos com mais um momento Bruce, mas acho que faz falta isto: watt são Joules/segundo, ou seja, uma quantidade de potência. Nada tem a ver com eficiência energética de que fala a madame Fiona.
Vide manuais de física.
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Bruce vestido por Fátima Lopes
Cabeleireiros CumCaneco
Isto de se fumar em casa também não é nada fácil, nem cómodo quando se tem crianças. A solução passa por fumar na varanda como eu. Pelo que aqui li, está fora de causa pensar nuns aquecedorzitos de varanda :)
É perfeitamente inútil andar a fazer contas ao CO2.
Como é sabido (já Lavoisier diria),
só diminuindo a produção de combustiveis fósseis é possivel diminuir essas emissões, e esta produção está no máximo e presa por arames.
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