quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Algumas grandes ideias por provar

Acredito, mas não posso provar, que a realidade existe independentemente das construções humanas e sociais que dela se fazem. A ciência, como método, e o naturalismo, como filosofia, formam, juntos, a melhor ferramenta de que dispomos para compreender essa realidade”.
(
Michael Shermer, escritor norte-americano e director da revista “Skeptic”)

“É possível viver feliz e respeitando os princípios morais sem acreditar no livre arbítrio. Como disse Samuel Johnson: ‘Toda a teoria está contra a liberdade de vontade; toda a experiência está a seu favor’ ”.
(Susan Blackmore, neurocientista e escritora norte-americana)

“Aquilo em que eu acredito, ambora não possa ainda prová-lo, é que a crença é um processo independemente do conteúdo. Ou seja, as crenças sobre Deus – até ao ponto em que são, de facto, genuínas – são iguais às crenças sobre números, pinguins, tofu ou outra coisa qualquer”.
(Sam Harris, filósofo e escritor norte-americano)

“Acredito, mas não posso provar, que o nosso universo é infinito em tamanho, finito em idade e apenas um entre muitos. Não somente não posso prová-lo, como também acredito que estas afirmações virão a mostrar-se impossíveis de provar, em princípio, e com o tempo acabaremos por considerar que esse princípio é inerentemente evidente”.
(John Barrow, matemático e físico inglês)

“Acredito na crença -. Ou melhor tenho fé em ter fé. No entanto, sou ateu - ou ‘bright’, designação actualmente preferida por alguns. Então como é isto possível? É importante ter fé, mas não necessariamente em Deus. A fé é importante muito para além do mundo da religião: termos fé em nós próprios, noutras pessoas, na existência da verdade e da justiça.”
(Tor Norretranders, escritor dinamarquês)

“Acredito que o universo não é acidental, mas não posso prová-lo”.
(Paul J. Steinhardt, físico norte-americano)

“Aquilo que acredito mas não posso provar é que a física quântica exige que abandonemos a distinção entre informação e realidade”.
(Anton Zeilinger, físico austríaco)

Extractos do livro: John Brockman (coordenação), “Grandes ideias impossíveis de provar”, Tinta da China, Lisboa, 2008, com prefácio de Ian McEwan.

5 comentários:

perspectiva disse...

"Pela fé compreendemos que o mundo foi Criado pela Palavra de Deus, de modo que aquilo que se vê veio do que se não vê".

Hebreus 11:2
(Bíblia Sagrada)

lino disse...

Esta é forte. Sam Harris, filósofo?
Os verdadeiros filósofos devem estar a remexer-se na tumba (os mortos) ou a rir à gargalhada (os vivos, incluindo o Desidério, lá em Ouro Preto). Também não se esperaria muito mais da Tinta da China. Do McEwan, sim; mas nem sempre um bom escritor sabe coordenar o que os outros escrevem.

lino disse...

Só após ler a posta anterior é que verifiquei que o McEwan só prefaciou, pelo que ficam as minhas desculpas para o excelente escritor. O resto, mantém-se. Consulto a Edge várias vezes por semana, mas o Brockman não é perfeito, como ninguém o é. Já agora, mude lá o endereço do sítio.

António Viriato disse...

Deve ser essa a magna questão que atormenta o alto intelecto dos Juízes que presentemente analisam os protestos das populações contra os efeitos nocivos para a saúde humana provenientes dos campos electromagnéticos de baixa frequência gerados pelas linhas de MAT da REN...

Anónimo disse...

O possível impossível.

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