Transcrevo, abaixo, uma segunda carta aberta (a primeira encontra-se aqui) que leva a ponderar o uso de mecanismos de "inteligência artificial" nas instituições de ensino superior. O seu título é Who Refuse the Call to Adopt GenAI in Education, tem como primeira signatária Melanie Dusseau da University of Findlay, Findlay e foi publicada em Julho deste ano.
Espero que a tradução que apresento não desvirtue a letra dos seus signatários os quais declararam recusar esses mecanismos na educação.
Somos uma comunidade global de profissionais da educação que se recusa a adotar a IA generativa (GenAI) em escolas e faculdades e rejeita a narrativa de sua inevitabilidade.
Na sua essência, a educação é um projeto que visa orientar os alunos para exercerem sua autonomia no mundo. Por meio da educação, devem ser capacitados a participar de forma significativa na sociedade, na indústria e no planeta. Mas, na sua forma atual, a GenAI é prejudicial à autonomia dos alunos, dos educadores e dos profissionais.
As tecnologias GenAI atuais representam danos legais, éticos e ambientais inaceitáveis, incluindo exploração do trabalho, pirataria do trabalho de inúmeros criadores e artistas, veiculação de preconceitos prejudiciais, produção em massa de desinformação e reversão da trajetória global de redução de emissões.
A GenAI é uma ameaça à aprendizagem e ao bem-estar dos alunos. Não há evidências suficientes de que o uso da GenAI pelos alunos tenha constitua um verdadeiro ganho na aprendizagem, apesar de haver uma enorme força de marketing para fazer crer que os seus produtos são essenciais para o futuro dos alunos, para a sua vida. Os jovens que utilizam chatbots antropomorfizados são vulneráveis à adição psicológica e emocional. As «relações» com a GenAI desencadeiam problemas de saúde mental, rupturas nas relações humanas e, nos piores casos, tentativas e suicídios consumados.
Além disso, a adoção da GenAI na indústria visa predominantemente automatizar e substituir o esforço humano, muitas vezes com a expectativa de que a futura «AGI» tornará obsoleto o trabalho intelectual e criativo humano. Esta é uma narrativa da qual não faremos parte.
Não apoiamos o uso da GenAI na educação. Comprometemo-nos a respeitar os seguintes princípios no nosso trabalho e apelamos às instituições educativas, aos directores escolares e aos decisores políticos para que respeitem o nosso direito de os implementar.
Na sua essência, a educação é um projeto que visa orientar os alunos para exercerem sua autonomia no mundo. Por meio da educação, devem ser capacitados a participar de forma significativa na sociedade, na indústria e no planeta. Mas, na sua forma atual, a GenAI é prejudicial à autonomia dos alunos, dos educadores e dos profissionais.
As tecnologias GenAI atuais representam danos legais, éticos e ambientais inaceitáveis, incluindo exploração do trabalho, pirataria do trabalho de inúmeros criadores e artistas, veiculação de preconceitos prejudiciais, produção em massa de desinformação e reversão da trajetória global de redução de emissões.
A GenAI é uma ameaça à aprendizagem e ao bem-estar dos alunos. Não há evidências suficientes de que o uso da GenAI pelos alunos tenha constitua um verdadeiro ganho na aprendizagem, apesar de haver uma enorme força de marketing para fazer crer que os seus produtos são essenciais para o futuro dos alunos, para a sua vida. Os jovens que utilizam chatbots antropomorfizados são vulneráveis à adição psicológica e emocional. As «relações» com a GenAI desencadeiam problemas de saúde mental, rupturas nas relações humanas e, nos piores casos, tentativas e suicídios consumados.
Além disso, a adoção da GenAI na indústria visa predominantemente automatizar e substituir o esforço humano, muitas vezes com a expectativa de que a futura «AGI» tornará obsoleto o trabalho intelectual e criativo humano. Esta é uma narrativa da qual não faremos parte.
Não apoiamos o uso da GenAI na educação. Comprometemo-nos a respeitar os seguintes princípios no nosso trabalho e apelamos às instituições educativas, aos directores escolares e aos decisores políticos para que respeitem o nosso direito de os implementar.
1. Não utilizaremos a IA genérica para avaliar ou fornecer feedback acerca do trabalho dos alunos, nem para conceber qualquer parte dos nossos cursos.
2. Não promoveremos produtos de IA gerada por computador baseados em modelos desenvolvidos de forma anti-ética, como ChatGPT, Claude, Copilot, Gemini, Grok ou Llama. Não permitiremos que parcerias corporativas-institucionais comprometam a nossa liberdade académica.
3. Não aceitaremos sem provas as vendas por parte de pessoas que não são educadores, nem espalharemos exageros em detrimento da aprendizagem dos alunos e da pedagogia dinâmica.
4. Não ensinaremos os nossos alunos a usar ferramentas de IA generativa para substituir o próprio esforço intelectual. Não podemos corroborar a automação e a exploração do trabalho intelectual e criativo.
5. Não pediremos aos alunos ou funcionários que violem o espírito da integridade académica promovendo o uso de produtos anti-éticos.
6. Não reescreveremos o currículo para inserir IA generativa com o objetivo de «estruturar a alfabetização em IA».
7. Não contribuiremos para a erosão da liberdade académica e da função dos educadores, forçando-os a aderir a tecnologias que se consideram anti-éticas.
8. Respeitamos também os direitos dos estudantes de resistir e recusar.
2. Não promoveremos produtos de IA gerada por computador baseados em modelos desenvolvidos de forma anti-ética, como ChatGPT, Claude, Copilot, Gemini, Grok ou Llama. Não permitiremos que parcerias corporativas-institucionais comprometam a nossa liberdade académica.
3. Não aceitaremos sem provas as vendas por parte de pessoas que não são educadores, nem espalharemos exageros em detrimento da aprendizagem dos alunos e da pedagogia dinâmica.
4. Não ensinaremos os nossos alunos a usar ferramentas de IA generativa para substituir o próprio esforço intelectual. Não podemos corroborar a automação e a exploração do trabalho intelectual e criativo.
5. Não pediremos aos alunos ou funcionários que violem o espírito da integridade académica promovendo o uso de produtos anti-éticos.
6. Não reescreveremos o currículo para inserir IA generativa com o objetivo de «estruturar a alfabetização em IA».
7. Não contribuiremos para a erosão da liberdade académica e da função dos educadores, forçando-os a aderir a tecnologias que se consideram anti-éticas.
8. Respeitamos também os direitos dos estudantes de resistir e recusar.
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