segunda-feira, 24 de novembro de 2025

A escola pública está exposta à massificação das gigantes tecnológicas

A escola pública está em queda e o país resignou-se é o título de um artigo saído hoje no jornal Público, assinado por Paulo Prudêncio (ver aqui). É um artigo que, como vários outros saídos ultimamente neste e noutros jornais, deviam ser considerados como documentos de reflexão colectiva nas escolas, nas acções de formação de professores, nas instituições de ensino superior que formam professores. Não digo o mesmo para responsáveis políticos, estejam eles situados a nível nacional ou local, pois nas suas "agendas" constarão outras intenções e pressão para a educação, que não os efectivos fins educação.

Quase no final do artigo, este professor diz o seguinte:

E enquanto o país se convenientemente distrai, crescem brutalmente as desigualdades educativas (...) O investimento financeiro das famílias é decisivo e tem um efeito de bola de neve (...) as escolas para ricos, com propinas elevadas, farão a diferença, até no uso sensato, formativo e não aditivo das tecnologias, e acentuarão as desigualdades. Os colégios internacionais passaram de nove, em 2010, para 18, em 2021, e um grupo privado britânico de escolas para ricos já investiu mais de 300 milhões de euros em Portugal. A escola pública ficará exposta à massificação das gigantes tecnológicas interessadas num “tutor de inteligência artificial por aluno”, na telescola 3.0, na subalternização do papel dos professores e na alocação de hardware de baixa qualidade, e o que resta da inteligência natural parece incapaz de reverter a anestesia do país e a queda da escola pública."

Gostaria de pensar que alguns educadores que estão na escola pública (directores, professores e outros profissionais), conscientes da sua "nobre função", não estejam resignados, nem venham a resignar-se. O texto de Paulo Prudêncio é, de resto, um exemplo de não resignação. Por isso, lhe agradeço o trabalho que teve na sua composição e a coragem de o enviar para publicação.

PS. Permito-me usar palavras suas para compor o título. 

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