sexta-feira, 21 de março de 2008

Interferência arbitrária


No interessante post da Palmira “As Bananas da Discórdia”, ela escreve:

“Ou seja, se eu resolvesse criar uma religião nova, afirmasse regras de bom senso como «revelações» ou quejandos e declarasse um pecado não seguir regras que todos concordariam ser sensatas, isso não tornaria legítimas regras arbitrárias que resolvesse incluir no «pacote».”

Esta posição é sensata e muitas pessoas poderão perguntar-se, como a Palmira, por que razão no meio de preceitos razoáveis as religiões impõem preceitos aparentemente arbitrários e até absurdos. Contudo, há uma explicação para isso e a verdade é que se a Palmira ou qualquer outra pessoa fizesse uma religião e não impusesse preceitos arbitrários, a religião não teria sucesso. Isto pode parecer estranho, mas o princípio que está aqui em causa é o mesmo princípio usado pelos estados totalitaristas, assim como pelas pessoas manipuladoras e chama-se “interferência arbitrária”.

Por um lado, quando uma religião não interfere arbitrariamente na vida das pessoas, as pessoas esquecem-se dela porque a religião não fica presente no dia-a-dia. As religiões são coisas muitíssimo abstractas e sem qualquer interesse prático a menos que interfiram na vida das pessoas. E caso se limitassem a dar conselhos sensatos, não se distinguiriam umas das outras, nem da mera sensatez agnóstica.

Por outro lado, a interferência arbitrária na vida das pessoas torna possível a religião, o estado totalitarista ou aquelas “melgas” que todos conhecemos — pessoas emocionalmente carentes e que manipulam os outros para obter atenção — porque põe um polícia dentro da cabeça das pessoas. Como? Através da culpa. Num estado totalitarista, um estado orwelliano ou kafkiano, há sempre tantas regras, tantas leis, tantas excepções, tantas coisas dessas que nunca ninguém sabe se realmente está inocente. Basta um polícia olhar para nós atentamente e já ficamos com medo — sabe-se lá que lei desconhecida acabámos de violar. Se uma religião impuser práticas na realidade impossíveis de seguir ou porque contrariam profundamente a natureza humana ou apenas porque são arbitrárias e as pessoas esquecem-se, os crentes dessa religião que são suficientemente honestos para se esforçar para seguir os preceitos que os padres lhes indicam, andam sempre a sentir-se em falta — porque nunca conseguem fazer amor como marido como o padre quer, por exemplo.

Este é o mecanismo de controlo psicológico que funciona nas religiões, nos estados totalitaristas e nos “melgas”. É um mecanismo que funciona através da culpa. E sem esse mecanismo não pode haver religiões, estados totalitaristas ou “melgas”.

Imagem: Chris Weston

13 comentários:

Unknown disse...

Acho que a xaropada com que somos inundados nesta época por todo o lado inspirou os colaboradores do DRN :)))

Só posts cinco estrelas hoje :)

Este post explica muita coisa só não percebo como é que ainda há tanto masoquista hoje em dia que se deixa melgar pelas atrasadices mentais arbitrárias das religiões. Está bem que são uns grandes melgas mas...

JOSÉ LUIZ FERREIRA disse...

»Há sempre tantas regras, tantas leis, tantas excepções, tantas coisas dessas que nunca ninguém sabe se realmente está inocente.»

Caramba, Desidério, você com esta fez-me lembrar o sistema educativo português. Ou então sou eu que ando meio obcecado...

marcia adriana disse...

Olá Desidério, concordo e gostei muito de seu post. Parabéns pelos trabalhos todos q vc coloca na net, vc é um trabalhador admirável. Pena q , não neste post mas em outros, as vezes, vejo alguns q , por não concordarem com sua posição em certos temas e por não saberem defender suas opiniões, usam palavras tão grosseiras e tão inverídicas pra atacar um profissional sério como vc. Faço votos q , aqueles q frequentam este espaço saibam se portar à altura de seus produtores.
Um grd abraço!

Anónimo disse...

Tudo o que foi aqui dito poderia ser igualmente dito sobre os estados democráticos ou mesmo sobre a Ciência ou Filosofia. Duvidam?

(para os mais incautos, que tal um saltinho até à "Replública" de Platão)

Vulgaridade constragedora.

Victor Gonçalves disse...

Estranho que um "analítico" pensa o fenómeno religioso a partir de uma premissa profundamente nietzschiana (a da culpa).

Depois, a sua análise é tão emocional (veja-se o conceito de "melgas") como o registo mais popular da prática religiosa.

Finalmente, o seu texto estabelece apenas uma dogmática agnóstica contra uma dogmática gnóstica. Não faz, pois, muito pela Filosofia.

Anónimo disse...

Caro Desidério

Parece-me que há equívocos neste post.

As religiões monoteístas assentam sobre a crença de Deus mas depois os seus preceitos e rituais diferem em função se uma série de questões culturais, etc.

O bom da religião, e falo no meu caso pessoal, é que nos liberta da servidão humana e nos retira o medo e o sentimento de culpa. Estive 25 anos fora da Igreja Católica e só voltei quando perdi o medo do pecado, do Inferno e venci o sentimento de culpa na sua forma tradicional (digo desta maneira porque o sentimento de culpa pode ser bom ao fazer-nos reflectir sobre as nossas acções).

Ao contrário do que se pensa, e do que eu tenho conhecimento, a religião católica é uma proposta de vida, não é uma imposição.

"Pintar" a religião com "cores negras", indo buscar todas as coisas más que a religião pode ter e generalizando-as a todas as religiões ao mesmo tempo que se nega o bom que podem ter, é uma das formas de expressão do ateísmo pimba.

alfredo dinis disse...

Caro Desiderio,
Só hoje li o teu post. O meu comentário é este: se o teu texto tem algo a ver com o cristianismo, então eu sou ateu.
Um abraço,

Alfredo Dinis

Desidério Murcho disse...

Caros Alfredo e Parente

A explicação que eu dei é banal; é assim que as religiões funcionam. Se as religiões não interferissem arbitrariamente na vida das pessoas, não teriam adeptos. Não há realmente uma boa razão interna à doutrina cristã para um padre não poder casar. É puro disparate. Tanto que há pastores cristãos casados. Este é um exemplo da interferência arbitrária. Como é que isto funciona? Bom, obriga-se o crente a tanto investir emocionalmente naquela religião particular, que lhe será mais tarde muito mais difícil de a abandonar. Caso se dissesse ao crente “sê uma boa pessoa, age moralmente, faz o bem, e quanto ao resto, vive como fores mais feliz e crê em Deus”, nada distinguiria o cristão católico do protestante, nem do islâmico, nem do hindu. Na verdade, à parte a última cláusula, nada o distinguiria de um ateio ético. É por isso que não funciona. As religiões têm de se demarcar umas das outras, como os clubes de futebol, e têm de marcar a diferença relativamente à vida sem religião. Fazem-no através da invenção de preceitos arbitrários que as pessoas seguem… religiosamente. Que é como quem diz, cegamente.

Reparem que eu não estou a falar da legitimidade ou não da crença em Deus; nada do que eu disse justifica o ateísmo, ou refuta a existência deste ou daquele deus. Estou a falar da religião, e não dos deuses. Não estou a falar da justificação filosófica da existência de deuses, mas do modo como a prática religiosa funciona, sobretudo junto de pessoas que nem sequer compreendem as subtilezas filosóficas e teológicas do cristianismo, por exemplo, ou as diferenças doutrinais entre o catolicismo e o protestantismo.

alfredo dinis disse...

Meu caro Desidério,
1. Aprecio nos teus escritos a sinceridade com que te exprimes, mas o teu estilo por vezes impetuoso parece mais emocional que argumentativo, ainda que a emoção não seja um elemento estranho à argumentação, uma vez que não há razão pura. A tua tese central sobre a essência da religião é radical, mas não me parece bem fundamentada.

2. O exemplo que apresentas, o celibato dos padres, é menos estúpido do que te parece. Nos primeiros tempos do cristianismo, o celibato não era uma exigência para quem queria ser padre. Mas já então havia quem se casasse e quem livremente não se casasse, sobretudo os monges eremitas e, mais tarde, os que passaram a viver em comunidades religiosas, que perduram ainda hoje. Para estes, o celibato é livremente vivido e é a paixão com que estes homens e mulheres vivem a sua relação com Cristo que os faz sentir que se realizam plenamente assim. Para dizer a verdade, o celibato nem sequer é escolhido. Há pessoas, entre as quais me conto eu, que num certo momento da sua vida se sentem de tal modo atraídos para Cristo que a profundidade dessa relação pessoal lhes enche o coração. Não vejo aqui nenhuma interferência da Igreja Católica na vida das pessoas. É verdade que há pessoas que não são padres porque não poderiam casar-se e há padres que se casariam se isso lhes fosse permitido. Mas a Igreja Católica tem razões para admitir ao sacerdócio apenas aqueles que se sentirem realizados no celibato. Isto não significa que não venham a ser aceites no futuro homens casados para serem padres, ou que os que já são padres não sejam autorizados a casarem. Mas há que ter em conta que o sacerdócio não é apenas uma questão pessoal. Ninguém é padre para si mesmo mas para servir a comunidade humana, antes de mais a comunidade católica a qual, como qualquer comunidade tem a sua estrutura e as suas normas. Não considero que os Governos interfiram abusivamente na vida das pessoas ao exigirem que obtenham uma carta de condução para poderem conduzir nas estradas. Há pessoas que mesmo sem carta poderão conduzir melhor que outras que a têm. Mas isso não lhes dá o direito de se considerarem invadidos na sua liberdade pelo Governo que lhe exige uma carta de condução. O mesmo se aplica a muitas outras normas sociais. Algo de semelhante se aplica a muitas normas da Igreja Católica, e de outras Igrejas e religiões, o que não quer dizer que essas normas não possam mudar. Mas as mudanças acontecem quando as condições o aconselham. Tal como na sociedade em geral.

3. O essencial da religião cristã está em primeiro lugar nas palavras de Cristo tal como podem ser lidas no Novo Testamento, e estas nada têm de sofisticado, antes são acessíveis a qualquer pessoa. Quando um ‘doutor da lei’ lhe perguntou o que era necessário fazer para alcançar a vida eterna, ele devolveu-lhe a pergunta, tendo o doutor respondido, segundo a sua tradição de judeu: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Ao que Jesus respondeu que isso era o suficiente. Para Cristo, a compaixão, o amor ao próximo, é uma das faces da moeda; a outra face é o amor a Deus. Por isso ele afirmou que muitas prostitutas precederiam no reino dos céus aqueles que se consideravam justos diante de Deus mas deixavam de lado o essencial. Quando leio estas e outras palavras de Cristo não sinto que ele interfira abusivamente na minha liberdade e na minha vida. Sinto que as suas palavras me tornam mais humano e portanto mais livre. E a Igreja Católica mais não pretende que apresentar ao longo dos tempos as palavras de Cristo. Tem havido muitos erros e enganos, como o célebre caso Galileu. Como a Inquisição. Como muitos outros. A Igreja Católica tem tido a coragem de os reconhecer e de mudar. Como comunidade de seres humanos falíveis, seria irrealista exigir-lhe uma existência isenta de erros. E não me parece adequado julgar o cristianismo de hoje com base nos erros do passado.

4. Tenho afirmado repetidamente que a crítica informada e construtiva é uma parte constitutiva da doutrina católica e da vida da Igreja Católica. Mas a tua crítica, meu caro Desidério, estará suficientemente informada? É uma crítica de quem vê a religião em geral, e o cristianismo em particular, a partir de fora, de uma perspectiva sociológica. Essa crítica também é necessária, mas se tu partes do pressuposto – que me parece comum a muitos comentadores deste blog - de que toda a religião é um enorme equívoco, algo que deve ser destruído, não poderás ter uma atitude crítica construtiva. Não tenho porém a certeza de que não a queiras ter.

5. Levantas a questão daquilo que realmente distinguiria os crentes dos não crentes, se a religião se reduzisse a normas baseadas no senso comum. Creio que a maior parte das crenças dos cristãos se baseiam de facto no senso comum, uma vez que elas são partilhadas por pessoas que não têm qualquer religião. Isso não diminui o valor do cristianismo, apenas mostra que ele não se opõe ao que de mais humano há em todos nós. Os cristãos acreditam que Cristo é a manifestação e a proximidade de Deus e vivem com ele uma intensa relação interpessoal. Quanto ao resto, têm a mesma responsabilidade que todos os demais na edificação de um mundo de justiça, verdade e fraternidade. Nisto não se distinguem realmente, mas ‘isto’ não é secundário. Por isso, o teólogo Karl Rahner criou a expressão ‘cristãos anónimos’: aqueles que embora negando teoricamente a fé cristã, têm um modo de vida que faz parte do essencial do cristianismo.

6. Meu caro Desidério, obrigado pelas tuas observações críticas. Mas tenho que confessar que, como já disse noutros comentários, não me reconheço na religião que criticas. Dir-me-ás que a minha é uma forma sofisticada de religião, algo filosófica, que não é representativa do cristianismo em geral. Podes crer, porém, que há muitas pessoas, mesmo muitas, jovens e adultas, que vivem serenamente a sua fé, não apenas ao nível da crença, mas da existência relacional do dia a dia, pessoas que na sua dedicação aos outros não mostram qualquer sinal de se sentirem dominadas ou de qualquer modo limitadas pela sua religião e pela sua Igreja. Pessoas emocionalmente maduras e equilibradas que muitas vezes passam despercebidas porque não procuram dar nas vistas. Pessoas, entre elas muitos padres e freiras, mas também muitos leigos e leogas, que livremente vão viver com populações pobres e em cenários de guerra, arriscando a sua comodidade e a sua vida, sem que se sintam constrangidos a acreditar. Pessoas para quem a religião é libertadora, para si mesmas e para os outros.

Desidério Murcho disse...

Caro Alfredo

Poderás dar-me sempre muitos exemplos de pessoas que se sentem muito bem com a sua religião. Isso parece-me evidente. Mas nada tem a ver com o que eu disse. Sociologicamente, as religiões só “pegam” se tiverem certas características. Uma delas é a interferência arbitrária. Não é a única, e não é uma condição suficiente para ter uma religião, mas é uma condição necessária (não é, tecnicamente, a “essência” da religião).

A tua própria explicação do celibato dos padres, que foi apenas um exemplo que eu escolhi por ser o mais óbvio, comprava-o. A tua explicação resume-se a isto: é assim porque é isto que caracteriza o catolicismo, entre outras coisas, por oposição a outras religiões cristãs. E até pode vir a mudar — presumivelmente introduzindo-se outra arbitrariedade qualquer, como usar sapatos verdes. Pois claro — foi mesmo isso que eu disse. Nunca disse que tal coisa é ilegítima, ou que deve ser combatida, ou que torna a vida religiosa uma patranha. A vida religiosa é uma patranha se deus não existir, mas nada do que eu disse refuta a existência de Deus. Isto nada tem a ver com a existência de Deus, mas apenas com o modo como as pessoas ficam ligadas à religião. E se as pessoas gostam e se sentem bem, e se são moralmente boas, nada tenho a objectar.

Como ateu é claro que me sinto totalmente livre de arbitrariedades desse género, mas sei bem que para as arbitrariedades funcionarem não podem ser vistas como arbitrariedades — evidente. Seria como pensar que num palco um actor a fazer arbitrariamente de Papa quando poderia estar a fazer de barbeiro se sente realmente um Papa. Claro, não se sente um Papa porque SABE que está a fazer de Papa, mas poderia estar a fazer de outra coisa qualquer; tanto faz. Analogamente, se as pessoas que põem as mãos de determinada maneira, jejuam na Páscoa, vão a determinada igreja e não a outra, vestem uma dada roupa e não outra, lêem um determinado livro dado como sagrado e não outro — se as pessoas fizessem tudo isso conscientes de que estão a fazer puras arbitrariedades, a coisa não funcionaria. É preciso que elas não sintam que são arbitrariedades, mas antes gestos cruciais que materializam a sua relação pessoal com Deus, relação que, como é evidente, é pura ilusão se Deus não existir. Mas não penses que eu tenho dúvidas da bondade de muitos cristãos, nem da sua sinceridade emocional. Tal como não tenho dúvidas da bondade de muitos ateus nem da sua sinceridade emocional. Não era disso que eu estava a falar.

alfredo dinis disse...

Caro Desidério,

Muitos dos exemplos a que chamas arbitrariedades eu chamo convenções conscientemente aceites, e talvez um número de pessoas muito maior do que imaginas sabe que certos gestos, certas músicas, certos rituais são convenções que poderiam ser assim ou ser de outro modo. Rezar de pé de mãos erguidas é uma convenção. Há pessoas que rezam assim, outras de joelhos, outras deitadas no chão. Nada disto é visto como atraindo só por si qualquer favor divino. Se Deus existe, tudo isto faz sentido, não de um ponto de vista mágico, mas como expressão de uma relação pessoal com Deus. Mas nada disto é sequer o essencial, como disse no meu comentário anterior. Em todo o caso não te parece que te colocas num ponto de vista privilegiado ao qual nenhum de nós crentes poderá ter acesso? De onde te vem essa certeza tão inabalável?

Desidério Murcho disse...

Olá, Alfredo

A interferência arbitrária como controlo emocional das pessoas é um mecanismo plausível, e não há outra explicação melhor das “convenções” como tu lhe chamas, porque não são convenções como as outras. Tanto se me faz usar sapatos verdes ou azuis, e nenhuma das duas me faz sentir culpado, precisamente porque são convenções; mas a culpa e a expiação da culpa é fundamental para a religião funcionar. O mecanismo consiste em fazer aos crentes exigências impossíveis de seguir à risca, para depois ele se sentir culpado. Ao sentir-se culpado sente-se em falta para com a sua religião e a sua comunidade e aceita o que de outro modo não aceitaria. E assim cimenta-se a sua adesão à comunidade. Isto nada tem a ver com certezas inabaláveis -- isso é mais o teu território :-) -- mas com uma explicação plausível de tantas arbitrariedades sem sentido em todas as religiões.

alfredo dinis disse...

Caro Desidério,
Sugiro que confrontes a tua teoria com os factos. Nas igrejas católicas os tradicionais confessionários praticamente desapareceram e as pessoas procuram cada vez menos os padres para confessarem os seus pecados, Segundo a tua teoria, isto poderá significar o princípio do fim do cristianismo na sua versão católica. Para mim, poderá significar o seu estado adulto. A culpa não é considerada uma experiência positiva na Igreja Católica, podes crer. As pessoas devem assumir as suas responsabilidades pelos seus actos, mas isso acontece em todos os aspectos da vida, e não é por isso que se geram necessariamente sentimentos de culpa. Fala com alguns católicos e verás que a tua teoria talvez não funcione.

Saudações,

Alfredo Dinis

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