domingo, 15 de abril de 2012

DARWIN, EINSTEIN E AS VARINAS


Post de Carlos Fiolhais:

Minha contribuição para o catálogo "Jogo da Glória" que foi lançado na passada sexta-feira na Cidadela de Cascais pelo Museu da Presidência da República e que se refere a uma exposição sobre humor gráfico português no século XX que tem estado patente naquele espaço histórico:

Embora tenha antecedentes, o humor gráfico teve o seu início no século XIX e desenvolveu-se no século XX, nunca deixando de acompanhar os grandes desenvolvimentos da ciência e das técnicas que aconteceram nesses séculos. Foi assim em todo o mundo e foi assim, embora por vezes com um certo atraso em relação ao estrangeiro, também em Portugal. Os maiores desenhadores mundiais de caricaturas ou de cartunes abordaram personagens e temas científico-tecnológicos e o mesmo aconteceu, naturalmente, com os maiores desenhadores portugueses desse género de arte.

Um bom exemplo de glosa dos humoristas gráficos de um tema científico encontra-se naquele que constitui um dos maiores legados da ciência do século XIX, talvez mesmo o maior: a teoria da evolução da autoria do naturalista inglês Charles Darwin (1807-1882). É muito conhecida uma caricatura de Darwin, de autor anónimo, publicada em 1871 no magazine satírico inglês The Hornet, que representa o sábio com uma grande cabeça e um hirsuto corpo de macaco (figura em cima). Foi nesse mesmo ano que Darwin publicou The Descent of Man (primeira tradução portuguesa em 1913, há várias traduções recentes), onde fala da existência de um antepassado simiesco comum ao homem e ao macaco. Este desenho mostra bem o extraordinário poder do humor gráfico: uma imagem pode valer mais do que mil palavras. Seria muito difícil dar, numa só imagem, um retrato mais vivo e nítido da grande campanha anti-Darwin que se desenvolveu à medida que se difundia na Europa e no mundo a teoria darwinista da evolução das espécies, incluindo nestas a espécie humana. Noutra caricatura do mesmo ano, desta vez não anónima mas do artista germano-americano Thomas Nast (1840-1902), o darwinismo aparece ridicularizado pela voz de um gorila, que diz:


- "Esse homem quer reclamar o meu ‘pedigree’. Ele diz que é um dos meus descendentes."

O Senhor Henry Bergh (1811-1888), filantropo norte-americano fundador da Sociedade para a Prevenção da Crueldade aos Animais, responde, dirigindo-se a Darwin, personagem inconfundível com a “Origem das Espécies” nas mãos):

- "Ouça lá, Senhor Darwin, como pode insultá-lo dessa maneira?"

Tal como em Inglaterra, em Portugal as ideias de Darwin foram objecto de caricatura. Na mesma época da morte de Darwin, mais precisamente em 30 de Setembro de 1880, quando a evolução humana já era bastante discutidas entre nós, embora apenas ao nível das classes mais cultas, o grande caricaturista português Rafael Bordalo Pinheiro (1806-1905) desenhava no jornal O António Maria (a Hemeroteca Municipal de Lisboa digitalizou e colocou na Internet essa publicação) um cientista que apresenta no IX Congresso Internacional de Antropologia e Arqueologia Pré-Histórica, que então se realizou em Lisboa, uma mulher com uma cabeça muito pequena (figura em baixo). A legenda diz o seguinte (a grafia foi actualizada, aqui como noutros casos a seguir):

"O professor Virchow hesitou em considerar como absolutamente provada a existência do nosso homem terciário. Não hesitou porém em afirmar que o nosso caso de microcefalia é o primeiro do mundo. Os demais povos do globo podem levar-nos a palma noutras coisas; em ter cabeças com menos cérebro, não."

Aquele congresso, onde estiveram representados 19 países, foi um dos primeiros grandes encontros científicos internacionais realizados em Portugal. A ocasião foi aproveitada para apresentar aos especialistas do chamado "homem de Muge" (o tal “homem terciário”) e para uma excursão aos concheiros de Muge, em Salvaterra de Magos, que tinham sido descobertos em 1863 pelo geólogo Carlos Ribeiro (1814-1882), inspirado decerto pelas ideias de Darwin, e que passaram a constituir desde então uma atracção internacional por se tratar de um dos maiores complexos mesolíticos da Europa. Quem era o professor Virchow? Rudolf Ludwig Virchow (1821-1902) era um dos mais famosos cientistas presentes em Lisboa na conferência: patologista alemão, professor de Medicina na Universidade de Berlim, os seus interesses pela arqueologia tinham-no levado a participar nas escavações de Tróia e de Micenas; foi também um activista político, opondo-se, como líder do Partido Liberal alemão, ao chanceler Otto von Bismarck. O médico português Francisco Augusto de Oliveira Feijão (1850-1918) apresentou o caso patológico de microcefalia de uma portuguesa, de seu nome próprio Benvinda, que foi também estudada por Miguel Bombarda (1851–1910). O Dr. Feijão haveria de tratar Bordalo no fim da vida deste, tendo recebido dele em sinal de agradecimento uma peça de cerâmica da fábrica das Caldas devidamente assinada e com dedicatória.

No ano do congresso era publicado um livro do historiador Joaquim de Oliveira Martins (1845-1894) que procurava fazer a divulgação da antropologia (Elementos de anthropologia: historia natural do Homem; há uma edição recente da Guimarães) e um livro do médico Júlio de Matos (1856-1922), que também tentava a vulgarização das ideias evolucionistas (Historia natural illustrada: compilação feita sobre os mais auctorisados trabalhos zoológicos).

O autor do Zé Povinho não podia deixar passar a oportunidade para comentar, de forma algo verrinosa, o tamanho do cérebro dos portugueses n'O António Maria, o jornal satírico que ele próprio tinha fundado em 1879, tomando para título os dois primeiros nomes do primeiro-ministro Fontes Pereira de Melo (1819-1877), alvo de frequentes críticas daquele periódico. Não foi esta, de resto, a única vez que Bordalo Pinheiro tratou Darwin e as ideias darwinistas. Sempre atento ao mundo à sua volta, ele publicou no jornal Pontos nos ii, em 1886, uma caricatura (figura em baixo) que representa um macaco a dirigir-se a um humano nos seguintes termos:


- Se tu representas a perfeição da minha espécie, – ó Pópópim! - , eu estou muito contente, mesmo muito, por ter ficado chimpanzé.

Fundado em 1885, portanto contemporâneo da fundação e desenvolvimento por Bordalo da Fábrica das Caldas da Rainha, Pontos nos ii foi um jornal em muitos aspectos semelhante ao António Maria. Fazia o proselitismo da causa republicana, ao mesmo tempo que criticava os conturbados governos da monarquia constitucional. O humor é aparentado ao da caricatura de Thomas Nast: o macaco goza com o ser humano, que só para os darwinistas era um passo à frente na cadeia evolutiva.

Parece ser consensual entre os estudiosos do cartunismo nacional que o maior desenhador português desse tipo de arte foi, depois de Bordalo Pinheiro, José Herculano Stuart Carvalhais (1887-1961). Também ele foi o autor de desenhos relacionados com a evolução das espécies. Por exemplo, para um anúncio da bebida Toddy (criada em 1930 por um porto-riquenho e ainda hoje existente) colocou anacronicamente um Adão e uma Eva contemporâneos dos dinossauros e das antas pré-históricas, estando ele, evidentemente, nu (um estendal de roupa tem parras penduradas!), sentado numa poltrona ao ar livre a ouvir rádio e estando ela, também nua, a preparar a bebida quente no fogão. Na legenda do cartune publicado em 1934, no jornal A Cidade, lê-se:

Nunca a serpente teria tentado Eva se o pai Adão lhe tivesse comprado uma fada-rádio e a alimentasse com Toddy, como já aconselhavam os médicos daquele tempo...”.

Não podemos deixar de pensar nos desenhos animados dos Flinstones, da dupla William Hanna e Joseph Barbera, mas que apenas começaram a ser emitidos na televisão em 1960...

Na mesma linha, mas agora dirigido para um público infantil, deve referir-se ainda a história do Cortejo pré-histórico de Manecas e João Manuel, publicado no jornal Sempre Fixe em 1940, o ano que em Portugal foi palco das comemorações chamadas do “duplo centenário” (porque se tratava do centenário da fundação da nacionalidade e da restauração da independência). A crítica ao cortejo então organizado em Lisboa é bem clara, sendo as várias individualidades da História de Portugal substituídos por animais pré-históricos. Num desenho de conjunto aparece o Manecas vestido de Manecas da era terciária e o João Manuel vestido de troglodita. Stuart comentou que comparar este cortejo com o do centenário “é o mesmo que comparar um ovo de pomba com um espeto de pau”...

O personagem Manecas remonta ao ano de 1915, na altura bem que Stuart aderiu aos ideais republicanos, e em que, da pena dele, saiu no jornal O Século a que é considerada por vários autores a primeira história aos quadradinhos portuguesa: Quim e Manecas (em várias ocasiões essa série foi influenciada por temas científico-tecnológicos). Na época da II Guerra Mundial, o pequeno “herói” Quim haveria de dar o lugar a João Manuel, personagem inspirado numa criança real, o futuro arquitecto João Manuel Ruella Ramos.

Stuart é autor de várias histórias aos quadradinhos sobre temas científicos fora das séries do Manecas. Uma das mais interessantes recorre a desenhos muito esquemáticos de seres microscópicos e caricatura o cérebro de um tal Mota. O texto é o seguinte:

“- O treponema pálido encontra o bacilo de Koch e... combinam atacar o cérebro do Mota... No caminho encontram o bacilo do tifo e... seguem todos o seu caminho em procura do Mota... Mas, chegados lá, depara, com uma multidão de micróbios de imbecilidade que nenhum bacilo é capaz de destruir e desistem da empresa”.

Um outro cartune de Stuart mostra um astrónomo a espreitar por um telescópio, em cuja lente pousou um gato. Lê-se na legenda:

“...E há. - Ó colega. Estou aqui há mais de uma hora a ver se vejo a lua mas não vejo senão um focinho muito esquesito! Estou desconfiado que aqui há gato”.

A cena não deixa de ser parecida com a da aparição de uma aranha na lente de um telescópio, no início de um dos livros de aventuras de Tintim, A Estrela Misteriosa, de Hergé (lembre-se que, na expedição científica contada nesse álbum, participa um físico da Universidade de Coimbra). Tal como Bordalo, Stuart foi um grande ilustrador numa linha não humorística, designadamente ao desenhar capas de revistas (a Revista da Marinha beneficiou de trabalhos seus), reportando-se algumas das suas ilustrações a temas científicos. Um exemplo de aproveitamento de temas aeronáuticos foi o seu belo guache (figura em baixo) em que representa o naufrágio, em 1922, perto das ilhas de S. Pedro e S. Paulo, em águas territoriais brasileiras, do segundo avião Fairey (baptizado de Pátria), que transportava os aeronautas Gago Coutinho e Sacadura Cabral, durante a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.

O barco que salvou aqueles oficiais da Marinha Portuguesa foi o Paris City, que vinha de Cardiff com destino ao Rio de Janeiro. E um outro exemplo é o desenho, ainda de temática aeronáutica, de página inteira da Ilustração Portuguesa de 1 de Maio de 2008 (figura em baixo), que ele fez do grande dirigível alemão Graf Zeppelin, quando ele passou sobre o Terreiro do Paço em Lisboa nesse ano. A legenda, da redacção do jornal, rezava assim:

“Sobre Lisboa, maravilhosa e atónita, pairou na quarta-feira, 24, um dos prodígios da moderna engenharia: o dirigível ‘Conde Zeppelin’, que o sábio construtor Dr. Eckner levou a cabo e dirige. Lisboa viu pela primeira vez um espectáculo que nunca mais esquecerá e que o lápis do grande artista, que é Stuart Carvalhais, fixou na impressiva mancha que aqui reproduzimos”.

O impressionante dirigível, produto da última tecnologia da época, haveria de realizar pouco depois uma viagem de circumnavegação ao mundo, antes desse tipo de transporte ter sido posto de lado devido a trágico desastre.

Por último, o que é, na minha opinião (e estou certo de não estar sozinho!), o maior cartunista português da actualidade, o arquitecto e designer João Abel Manta (nascido em 1928), filho do pintor de Gouveia com o mesmo nome, também tratou temas científicos. Uma das suas caricaturas do tempo de Salazar representa o matemático Bento de Jesus Caraça (1901-1948),


um desenho que publicado no Diário de Notícias em 1975 (figura em cima), e que foi também capa da revista Vértice (n.º 412-414, de Novembro de 1978) . Talvez uma das imagens mais marcantes do humor gráfico dos tempos logo a seguir à Revolução do 25 de Abril de 1974 tenha sido a de um cartune representando um cortejo de sábios que são apresentados ao Zé Povinho (o famoso personagem de Bordalo) por um militar, membro do Movimento das Forças Armadas e da Campanha de Dinamização Cultural que se seguiu logo à Revolução, estando à frente do grupo de personagens ilustres o físico suíço e norte-americano de origem alemã Albert Einstein (1879-1955) (figura em baixo). A legenda diz: “Muito prazer em conhecer vocelências!”.
Um desenho do mesmo autor e da mesma época ilustra o Zé Povinho a mostrar a Einstein num quadro um problema bastante complicado, certamente muito mais complicado que os da relatividade geral, que era o da formação do VII Governo Provisório. A legenda era: “O que é que isto vai dar ó Alberto?” E o “problema difícil” que era na altura Portugal (não será ainda?) volta a ser glosado noutro cartune de Abel Manta que representa uma plateia de sábios como Russell e Sartre, mas também de políticos como Lenin, Trotsky, Staline, Mao, Castro e Kissinger, que olham, intrigados, para um mapa de Portugal desenhado no quadro (figura em baixo).

A propósito de Einstein, não posso deixar de dizer que uma obra minha foi beneficiária directa do humor gráfico de um cartunista português contemporâneo, José Bandeira (nascido em 1962), que, para o meu livro Nova Física Divertida, desenhou uma cena descrita por Einstein no seu diário quando efectuou uma escala de um dia em Lisboa, em 11 de Março de 1925, viajando a bordo do paquete Nord Cap da carreira Hamburgo - Rio de Janeiro. Tendo visitado alguns monumentos nacionais como o Castelo de São Jorge e o Mosteiro dos Jerónimos, o que mais impressionou Einstein na sua curta estada em solo português foram... as varinas! Nas palavras telegráficas do grande cientista:

- “Vendedora de peixe fotografada com um cesto de peixe na cabeça, gesto orgulhoso, maroto”.

Falando mais tarde no Rio de Janeiro (onde estava o almirante Gago Coutinho para o escutar), num jantar no Copacabana Palace Hotel, afirmou o autor da relatividade:

- “São mulheres de uma elegância que me fez parar muitas vezes para admirá-las. No grupo em que estava, fotografámo-las e pusemos na nossa mesa de refeição, a bordo, os retratos”.

Pois Bandeira recriou Einstein a fotografar uma varina de cesto de peixe à cabeça, assinando “Bordalo + Bandeira”, uma vez que se tinha inspirado numa figura cerâmica de Bordalo que representa uma varina (figura em baixo).
Podia-se também ter inspirado numa varina mais moderna da autoria de Suart Carvalhais, que representou muitas dessas típicas e tão elegantes figuras lisboetas. Aliás Stuart dispunha de um modelo na sua própria casa, pois ele casou com uma varina em Lisboa, da qual teve um único filho. Stuart, num desenho de 1 de Novembro de 1928, saído no Sempre Fixe, representa duas varinas com o cesto de peixe à cabeça. A legenda diz, num tom algo brejeiro:

- “Companheiras Inseparáveis. Um peixão companheiro inseparável do peixe”.

Apesar de, em 1921, ter ganho o Prémio Nobel da Física e de já ser mundialmente conhecido (em boa parte, graças a um evento, o eclipse solar de 1919, observado no território de uma então colónia portuguesa, a ilha do Príncipe), Einstein passou entre nós quase despercebido. A ciência em Portugal nessa altura era pouca e não se notava... Pelo contrário, no Brasil foi alvo de atenção das autoridades e dos média. Para a exposição (figura em baixo) que a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra organizou em 2005, por ocasião do Ano Internacional da Física, quando se comemorou um século do annus mirabilis de Einstein (1905 foi o ano das suas obras mais notáveis: o movimento browniano, o efeito fotoeléctrico e a teoria da relatividade restrita), foi criado um jornal em que se dava, com evidente atraso, notícia da passagem de Einstein por Portugal (figura em baixo)...

E reunia-se uma fotografia de Einstein com o desenho de uma varina de Stuart, dos anos 20, quando Einstein ficou rendido aos seus encantos...

Carlos Fiolhais

BIBLIOGRAFIA:

Sobre Darwin e Rafael Bordalo Pinheiro:

- BOLÉO, João Paulo Paiva, e PINHEIRO, Carlos Bandeiras, Das Conferências do Casino à Filosofia de Ponta, Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa e Bedeteca, 2000.
- COTRIM, João Paulo, Rafael Bordalo Pinheiro. Fotobiografia, Assírio e Alvim, Lisboa: El Corte Inglês e Câmara Municipal de Lisboa, 2005.
- DARWIN, Charles, A Origem do Homem e a Selecção em Relação ao Sexo, Lisboa: Relógio d'Água, 2009.
- MARTINS, J. P. Oliveira, Elementos de anthropologia : historia natural do Homem. Lisboa: Livraria Bertrand, 1881. Reedição: Elementos de Antropologia, Lisboa: Guimarães. 1987.
- MATOS, Júlio de, Historia natural illustrada : compilação feita sobre os mais auctorisados trabalhos zoológicos. Porto: Livraria Universal, [1880?]
- MEDINA, João, Caricatura em Portugal, Rafael Bordalo Pinheiro, pai do Zé Povinho, Lisboa: Colibri, 2008.
- SANTOS, Marco Steinert, Virchow: medicina, ciência e sociedade no seu tempo, Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2008
- SMITH, Jonathan, Charles Darwin and Victorian visual culture, Cambridge: Cambridge University Press, 2006.

Sobre Stuart Carvalhais:

- BOLÉO, João Paulo Paiva, Stuart Carvalhais. Quim e Manecas 1916-1948, Lisboa: Tinta da China, 2010.
- COTRIM, João Paulo, Stuart Carvalhais. A rua e o riso, Lisboa: Assírio e Alvim e El Corte Inglês, 2006.
- HERGÉ, Aventuras de Tintim, A estrela misteriosa, Lisboa: Verbo, 2004 (reedição)
- PACHECO, José, Stuart Carvalhais e o modernismo em Portugal, Lisboa: Vega, sem data.
- STUART Carvalhais, Aventuras de Manecas e João Manuel (originais de 1939-40): exposição; [org.] Bedeteca; coordenação João Paulo Cotrim; textos Carlos Bandeiras Pinheiro, João Paulo Paiva Boléo, João Paulo Cotrim. Lisboa: Câmara Municipal, 1996.
- STUART 1887-1987. Centenário do seu nascimento, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, Centro de Arte Moderna, 1887 (catálogo da exposição).

Sobre João Abel Manta:

- COTRIM, João Paulo, João Abel Manta. Caprichos e Desastres, Lisboa: Assírio e Alvim, El Corte Inglês e Câmara Municipal de Lisboa, 2008.
- João Abel Manta. Obra gráfica, Lisboa: Museus Municipais de Lisboa, Museu Rafael Bordalo Pinheiro, 1992.

Sobre Einstein e as varinas de Lisboa:

- FIOLHAIS, Carlos, Nova Física Divertida, Lisboa: Gradiva, 2005.
- FIOLHAIS, Carlos (coordenador), Einstein entre nós, Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2005.

LISTA DAS FIGURAS (só algumas aqui apresentadas):

- Anónimo, A Venerable Orang-outang, The Hornet, 22 /Março/1887.
- Nast, Thomas, Mr. Bergh comes to rescue, Harpers Weekly, 19/Agosto/1871.
- Pinheiro, Rafael Bordalo, Retrato authentico da microcephala apresentada ao congresso de anthropologia pelo dr. Feijão. O António Maria. Lisboa. Ano II, nº 70 (Setembro, 1880), p. 317.
- Pinheiro, Rafael Bordalo, No Jardim Zoológico – O chimpanzé e Pópópim, Os Pontos nos II, Lisboa, 17/Julho/1886.

- Stuart Carvalhais, José, No Paraízo..., anúncio publicitário, A Cidade, Maio de 1934.
- Stuart Carvalhais, José, O cortejo pré-histórico de Manecas e João Manuel, História aos quadradinhos, Sempre Fixe, Julho e Agosto de 1940.
- Stuart Carvalhais, José, Banda desenhada sem título, Sempre Fixe, 14 de Julho de 1927.
- Stuart Carvalhais, José, Sempre Fixe, 17/Novembro/1938.
- Stuart Carvalhais, José, Guache sobre a viagem aérea de Gago Coutinho e Sacadura Cabral, 1922.
- Stuart Carvalhais, José, Ilustração de página inteira sem título, Ilustração, 16/Janeiro/1928.

- Manta, João Abel, Bento de Jesus Caraça, desenho a tinta da china, suplemento Artes e Letras, Diário de Notícias, 24/Setembro/1975.
- Manta, João Abel, MFA. Campanha de dinamização cultural: Muito prazer em conhecer vocelências, desenho a tinta da china, Novembro de 1974.
- Manta, João Abel, Einstein - O que é que isto vai dar ó Alberto?, O Jornal, 26 de Setembro de 1975.
- Manta, João Abel, Um problema difícil, O Jornal, 11/Julho/1975.

- Bandeira, José, Cartune in Fiolhais, Carlos, Nova Física Divertida, Gradiva, 2008.
- Stuart Carvalhais, José. Sempre Fixe, 1/Novembro/1928.
- Jornal da exposição Einstein entre nós, Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, 2005.

5 comentários:

Cisfranco disse...

Muito bom este trabalho.
Parabéns/Obrigado ao autor.

Cláudia S. Tomazi disse...

Diria a exemplo que Leonardo Da Vinci, também expressara, alguma caricatura. "Nos primórdios havia apenas a dúvida do Homem frente aos fenômenos da natureza, permitindo que se explorasse diversas formas de entender e retratar o mundo".


In nuce - na noz, dentro da noz!
Aliás Cícero, afirma o erudito romano Plínio, o velho (c.23-79), conta que teve uma cópia da ilíada com escrita tão pequena que a tinha encontrado dentro de uma casca de noz de castanha.

José Correia disse...

Grande trabalho Prof.Carlos Fiolhais! Aproveito para o felicitar pelas grandes obras que tem vindo a publicar... Até agora, apenas li "Fisíca Divertida" e "Darwin aos tiros", este último publicado com o bioquímico David Marçal. Mas não vou parar por aqui :)
Continue a divulgar a Ciência professor, que Portugal bem precisa!

Graciete Rietsch disse...

Tehoo especial admiração pelo Professoar Carlos Fiolhais.Alegre, bem disposto, modesto e grande cientista.
Um abraço de uma adiradora e leitora.

Anónimo disse...

BOA TARDE, SERÁ POSSÍVEL DIZER-ME AONDE ENCONTROU O DESENHO DE STUART SOBRE O NAUFRÁGIO DOS AVIADORES, EM 1922. SABE QUEM É OU QUE INSTITUIÇÃO É O PROPRIETÁRIO DESSE BELÍSSIMO GUACHE DE STUART DE CARVALHAIS? UM ABRAÇO, JOÃO PAULO OLIVEIRA

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