
Texto chegado a este blogue do poeta E. M. de Melo e Castro sobre a morte do músico Jorge Lima Barreto:
A MORTE DOI, MAS ALIVIA, MAS DOI E NADA FICA NA MESMA!
No entanto, oh! Jorge, não era preciso ir tão longe ... não tinhas apoios, mas em Portugal quem os tem? Sinto por mim, que não tinhas o direito de morrer... pelo menos por enquanto... porque a todos nos tocará a HORA. Não tinhas esse direito porque neste momento quem é válido e grande excede as fronteiras do país, seja de que modo for. Portugal fica um deserto, e no deserto nem as lágrimas medram. – Uma merda !
Se estavas só, tu sabias muito bem que todos estamos sós e esquecidos, a olharmos uns para os outros, uns tantos muito poucos, cada vez menos, a resistir ao desgaste que a mediocridade do tempo e das pseudo-pessoas-circulantes nos querem impor... Mas enganam-se porque o poder que julgam deter é ainda mais estúpido que elas!
Sei muito bem que a morte é uma forma de resistência. Mas aos que ainda não chegamos lá, compete-nos VIVER !
Viver com a tua música nos olhos !
E.M. de Melo e Castro
15 de julho de 2011 / São Paulo
1 comentário:
Em memória ao músico Jorge Lima Barreto.
Não devas ser deserto descampado
nem o sejais medos que medrados
por serventias, são alambrados
que da brisa tantas ventanias
trazem o sol da perseverança
eis que Portugal é renascer
quer ser a ponta da lança
quanto sonho realizado!
Não só de lembranças
vivem os homens, mas
deste amor na música
são vigor e a bonança!
Enviar um comentário