
quarta-feira, 30 de maio de 2007
NEFELIBATAS

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3 comentários:
Hamlet – Shakespeare
(Entra Polônio.)
Deus vos guarde, senhor.
POLÓNIO: Senhor, a rainha deseja falar-vos quanto antes.
HAMLET: Estais vendo aquela nuvem em forma de camelo?
POLÓNIO: Por Zeus! Parece, de fato, um camelo!
HAMLET: Creio que parece mais uma doninha.
POLÓNIO: Tens razão; o dorso é de doninha.
HAMLET: Ou uma baleia?
POLÓNIO: Uma baleia, realmente; muito semelhante.
HAMLET: Bem; se assim é, irei ter com minha mãe neste momento. (À parte.) Esta gente brinca de doido comigo, ao ponto de me dar cabo da paciência. (Alto.) Irei neste momento.
POLÓNIO: Dir-lhe-ei isso mesmo.
(Sai.)
HAMLET: Neste momento é fácil de dizer. Deixai-me, amigos.
(Saem todos, menos Hamlet.)
Estamos na hora tétrica da noite em que se abrem os túmulos e o inferno lança no mundo a peste. Poderia beber, neste momento, sangue quente e realizar tais coisas que fariam tremer o próprio dia. Mas, silêncio!
Procuremos agora minha mãe. Coração, não te esqueças de quem és. Que neste peito firme jamais entre a alma de Nero; ríspido, mas nunca desnaturado; espadas, só na língua, sem que delas me valha: que se
irmanem na hipocrisia a língua e o coração. Se a palavra sair demais pesada, minha alma, não lhe dês forma adequada.
(Sai.)
"Tempora si fuerint nubila, solus eris"
Ovídio
'Bora todos para Nefelococígia!|
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