quarta-feira, 16 de maio de 2007

A filosofia e o resto

A filosofia distingue-se de outras áreas, como as ciências, as religiões e as artes. Uma das actividades centrais da filosofia, das ciências e das religiões é a procura das verdades. Este é um aspecto que a filosofia partilha com as outras actividades. A diferença está no tipo de verdades que se procura e no modo que são procuradas.

A filosofia procura verdades de carácter conceptual, ou seja, não empírico. Distingue-se por isso de ciências como a história ou a biologia, que procuram verdades empíricas. Neste aspecto, a filosofia é como a matemática. Mas a matemática usa uma metodologia formal (as demonstrações matemáticas) e só se ocupa das verdades susceptíveis de descoberta por meio dessa metodologia. Na filosofia não há uma metodologia formal.

Na filosofia não há uma metodologia formal, como na matemática; nem uma metodologia empírica, como nas ciências empíricas. Em filosofia, usa-se a argumentação como metodologia. Isto significa que a autoridade religiosa ou política, a ameaça da força e a tradição, assim como a experiência mística pessoal, por exemplo, não são usadas como critérios de verdade na filosofia, tal como não são usadas nas diferentes ciências. Neste sentido, a filosofia está mais próxima das ciências do que das religiões, que aceitam a tradição e a autoridade dos textos religiosos e das instituições eclesiásticas, assim como a experiência mística pessoal.

Por outro lado, a filosofia distingue-se das artes porque estas não têm por objectivo fundamental a descoberta de verdades, mas sim a criação de objectos dignos de apreciação estética — sinfonias, canções, pinturas, poemas, romances, etc. Mesmo que se defenda que também as artes têm por objectivo descobrir verdades, o modo como se isso se faz nas artes é por via da criação estética. As artes distinguem-se assim claramente da filosofia, pois em filosofia o objectivo fundamental não é a criação de objectos estéticos.

Isto significa que a filosofia é diferente de artes como a literatura, por exemplo. A apreciação da literatura não é fundamentalmente uma questão de avaliar a veracidade ou plausibilidade das opiniões que o romancista tem sobre as coisas. Por exemplo, apreciar Os Maias, de Eça de Queirós, não é uma questão de concordar ou discordar das ideias que este autor tinha sobre os mais diversos assuntos. Mas o objectivo de uma leitura filosófica de um texto filosófico é precisamente avaliar criticamente as ideias nele expressas.

Evidentemente, podemos ler um texto filosófico de um ponto de vista literário, como lemos um romance ou um poema; e também podemos ler filosoficamente um texto não filosófico, se esse texto tiver algum conteúdo filosófico. Mas a leitura filosófica de um texto filosófico é fundamentalmente uma questão de avaliar a veracidade ou plausibilidade das ideias do autor; não é uma questão de apreciar esteticamente esse texto.

A apreciação estética dos textos filosóficos é importante porque a apreciação estética é importante; mas não é um trabalho filosófico. O trabalho filosófico é a procura de verdades, visando o alargamento da nossa compreensão; e o método é a argumentação. Nem a procura de verdades nem a argumentação são as coisas mais importantes do mundo. Mas estas são as coisas de que se ocupa a filosofia. Nadar também não é a coisa mais importante do mundo, mas é disso que se ocupa a natação.



A filosofia é uma disciplina especulativa. Isto significa que consiste em apresentar teorias e argumentos que não podem ser defendidos ou refutados recorrendo a métodos decisivos e definitivos. Contudo, apesar de a filosofia ser especulativa, nem toda a especulação é filosófica. Por exemplo, à mesa do café todos podemos especular sobre se as pessoas religiosas serão mais felizes do que as outras; ou sobre qual será o significado de Os Maias, de Eça de Queirós. Mas nenhuma destas especulações é filosófica. São especulações sociológicas, no primeiro caso, e de crítica literária, no segundo.

A filosofia não é igualmente uma forma de fazer especulações sobre diferentes experiências humanas. Claro que à mesa do café fazemos muitas vezes esse tipo de especulações. Por exemplo, a Paula pode afirmar que por causa da sua fé não se sente só perante a imensidão indiferente do universo. Mas filosoficamente o que importa é saber se a existência de Deus dá sentido à vida, e não se a fé é reconfortante para a Paula.

18 comentários:

Anónimo disse...

Embora discorde aqui e ali com a forma e o conteúdo, não posso deixar de dar os parabéns ao Desidério por este post. Rigor (o possivel) e clareza (a necessária).

:: rui :: disse...

No final de tudo, qual é o objectivo da filosofia?
Especular? A questão final poderia ser entender realmente o sentido de tudo, mas para isso é necessário deixar cair alguns dos pressupostos por que vivemos. No final de tudo podemos deixar de andar às voltas na capacidade que adquirimos de argumentar e dar explicações "filosóficas" sobre as coisas e assumir de vez onde é que queremos chegar. Há muita gente muito simples que precisa dessas respostas que os filósofos não dão e portanto, andar a filosofar sobre a natureza das coisas leva-nos a uma infinita "procura das verdades", que no sentido prático, deixam muitas respostas no ar, ou contradições. Não é por acaso que se vê um aumentar da perda de autoridade de uma instituições pilares da nossa sociedade (a família), e que a continuar assim, deixa muita gente que filosofa hoje sem forma de garantir o futuro (ou seja, deixa de poder filosofar). A autoridade é sempre posta em causa por quem filosofa, especulando aqui e ali sobre o sentido da natureza das coisas e não permitindo que haja mais pessoas que procurem a verdade. Estes filósofos não permitem exactamente aquilo que procuram, pois eles próprios negam que isso seja possível.

Uma coisa é certa: as coisas nem sempre foram assim como as vemos. Mas a verdade sempre se manteve na mão d´Aquele que nos criou. É importante aceitá-la?

Fernando Dias disse...

Excelente, na continuidade do melhor que Desidério Murcho nos tem presenteado.
Todavia, o trabalho filosófico principal será a procura de verdades ? Ou será a procura do claro pensamento por via das melhores construções conceptuais? Será que apresenta teorias, como as ciências, ou apenas argumentos lógicos, que não são verdadeiras teorias?

Verificam-se, por vezes, discrepâncias profundas entre escolas rivais acerca do que é o trabalho filosófico. E às vezes assistimos a acusações mútuas quanto a seriedade intelectual e força persuasiva. Por sua vez, em certas escolas filosóficas, os discípulos tornam-se crédulos e perdem lucidez crítica ao aceitarem dogmaticamente a visão dos seus mestres, tal como os adoradores de mistérios nas religiões.

Haverá alguma verdade nisto? Se sim, como explicá-lo?

lb disse...

Muito rico e pedagógico o post, mas discordo dele, na medida que me atribui um objectivo, e assim implicitamente sugere uma capacidade, que me parece demasiado ambicioso: a procura de verdade(s). Nesta ordem, também não vejo como a filosofia possa decidir se a existência de deus dá sentido à vida ou não.
Penso que a filosofia não é mais do que uma disciplina que procura desenvolver sistemas de conceitos logicamente coerentes, que representam a realidade tão abrangentemente quanto possível.

O sentido da vida pertence à religião, para quem acreditar nela, ou à psicologia (o "conforto"), de resto, não existe. Sempre que uma filosofia se aventura na postulação de sentido, entra en domínio da religião.

Anónimo disse...

F.Dias:

Não confunda psicologia com filosofia. A Filosofia procura saber o que é. Procura a Verdade incondicional e procura saber o que é isso da Verdade e do incondicional. Como igualmente procura saber sobre oslimites e as condições de possibilidade ( ou de impossibilidade) dessa empresa. E aí por diante.

A questão dos dísciplos, das escolas, das correntes, ao nível que colocou, não é um problema da Filosofia. O que pode ser um problema da Filosofia é sim saber da razão profunda da existência e possivel inevitabilidade dessas escolas e correntes.

Desidério Murcho disse...

Caro F. Dias

Penso que há cegueira e dogmatismo em todas as actividades -- nas artes, nas religiões, na filosofia, nas ciências. Desconfio que os seres humanos estão no limite das suas capacidades cognitivas naturais, que afinal de contas não surgiram para fazer ciência nem filosofia, mas sim para caçar e sobreviver e falar de futilidades com o resto do rebanho.

Em filosofia há verdadeiras teorias, e o que queremos é descobrir a verdade das coisas, mas temos muitas mais teorias que não sabemos se são verdadeiras ou falsas do que teorias claramente estabelecidas como verdadeiras, como no caso das ciências. Contudo, é verdade que mesmo não sabendo se as teorias que temos são verdadeiras ou falsas, aprende-se muito no processo que conduz às teorias -- nomeadamente, como diz, porque clarificamos o nosso pensamento.

Falar de "escolas" em filosofia é algo enganador, porque filosofia não é religião. Em filosofia há apenas programas de investigação e teorias rivais. E há muito disparate, como em tudo. Parece-me que qualquer tentativa de recusar ou refutar em bloco programas inteiros de investigação é muitíssimo difícil. Ou seja, parece-me pouco sensato uma pessoa recusar em bloco uma determinada "escola", porque raramente uma "escola" ou programa de investigação erra completamente. O verdadeiro trabalho a fazer é de pormenor e de crítica intensa e distanciada. O resto é conversa fiada.

:: rui :: disse...

Que questão existe em ser dogmático? Ou que questão existe em ter as "melhores construções conceptuais"? Sim, porque assim que as pessoas começam a ser dogmáticas ou a apresentar as melhores construções conceptuais, estas pessoas depois tenta escapar a essa postura dizendo que "perdem lucidez crítica ao aceitarem dogmaticamente a visão dos seus mestres, tal como os adoradores de mistérios nas religiões." Ou seja, quando descobrem uma verdade através de toda a construção conceptual ou dogmatismo inerente a esta, rapidamente a abandonam para procurar outra verdade. É sempre a evouir, dizem. Até onde? Esta é que é a questão, pois, afinal de contas, pode ser que se reume a isto "Desconfio que os seres humanos estão no limite das suas capacidades cognitivas naturais, que afinal de contas não surgiram para fazer ciência nem filosofia, mas sim para caçar e sobreviver e falar de futilidades com o resto do rebanho." Bom eu diria que há algo mais do que isto, a questão é saber se queremos andar para aqui a filosofar sobre isto tudo ou reconhecer que nunca vamos poder saber tudo.

Até agora, já se "descobriu" oito níveis de consciencia, e no entanto, quando se vai ver a fundo o que os níveis mais elevados de consciencia (supostamente existentes) apresentam, estes não apresentam se não mais que meras variações de níveis inferiores, ou seja, nada do que se vê hoje supostamente mais "evoluído" é novo, ou seja, já se viu igual, simplesmente é apresentado com mais sofisticação ("melhores construções conceptuais"). E quanto mais sofisticação existe, menos se chega a algum lado. Bem dizem aquelas pessoas simples, "Mais é menos!"
Esses supostos níveis elevados de consciência para os quais é possível apresentar diferentes propostas e soluções para a vida, não passam de meras versões de entendimentos inferiores, todos eles pré-convencionais. Ou seja, todos eles procuram algo que não passa por eles encontrar.
No entanto, se ainda não for por aí, vamos andar sempre atrás de teorias e teorias, e a perguntar-nos se serão certas ou falsas, e que base usam para chegar a esta questão de certo ou falso. E mais e mais... ou seja, menos e menos. É vicioso, uh?

Anónimo disse...

Em si mesma considerada, a filosofia é talvez a mais inútil das áreas do saber. Porque é a única que reconhece a incapacidade de alcançar uma verdade de valor universal. Mas é por causa dessa característica que a filosofia mais vale a pena, pois, ao mesmo tempo que nos avisa das nossas limitações, lança-nos no desafio de tentar ultrapassá-las. E é um dos melhores meios de "exercício" mental para preparar a navegação em outras áreas do saber. Numa imagem grosseira, será como o atirador que treina a pontaria num alvo "inútil", para estar preparado quando tiver de atirar a um alvo "útil". É essa capacidade da filosofia que torna absurda a ideia de a reduzir quase à infantilidade, ou de a fazer até desaparecer, dos programas oficiais.

Anónimo disse...

Caro Desidério,

Como, então, a filosofia encontra seus critérios, seus métodos para verificar se as afirmações são corretas ou não? Rigorosas ou não?

A construção estética de um texto não pode ser uma questão filosófica?

E a estética não é um trabalho filosófico? Ora, a estética é uma disciplina também filosófica.

A discussão em filosofia me soa tão arbitrária que não entendo o motivo de sua obsessão pela importância da argumentação. Parece querer criar um rigor ilusório. Quantas pessoas dão de fato importância para a lógica informal? Creio que mereceria uma investigação mais aprofundada a questão da argumentação em filosofia.

Ass: Carlos Fernando

Desidério Murcho disse...

Caro Carlos

Obrigado pelos comentários.

“Como, então, a filosofia encontra seus critérios, seus métodos para verificar se as afirmações são corretas ou não? Rigorosas ou não?”

A discussão livre e aberta, a argumentação rigorosa. Mas isto não é um método que produza resultados definitivos no sentido em que a ciência os produz.

“A construção estética de um texto não pode ser uma questão filosófica? E a estética não é um trabalho filosófico? Ora, a estética é uma disciplina também filosófica.”

Uma coisa é a reflexão filosófica sobre a estética, ou sobre a arte. Os problemas filosóficos são neste caso tão filosóficos como quaisquer outros. Outra coisa completamente diferente é escrever um texto filosófico com preocupações estéticas. Podemos fazê-lo, e isso certamente enriquece o texto esteticamente, mas em nada o enriquece filosoficamente. Um mau texto filosófico pode ser esteticamente bom e vice-versa.

“A discussão em filosofia me soa tão arbitrária que não entendo o motivo de sua obsessão pela importância da argumentação. Parece querer criar um rigor ilusório.”

A argumentação permite o rigor possível, condição mínima quando estamos genuinamente interessados na procura de verdades. Mas, como afirmei no post, os métodos da filosofia não são decisivos nem definitivos. Não se trata de encontrar provas matemáticas para as teorias filosóficas. Isso não existe.

“Quantas pessoas dão de fato importância para a lógica informal? Creio que mereceria uma investigação mais aprofundada a questão da argumentação em filosofia.”

O que interessa não é saber quantas pessoas dão importância à lógica informal, nem saber sequer quantos filósofos lhe dão importância. A questão é que se não o fizermos, a discussão filosófica não é possível. A lógica informal está sempre presente, desde que duas pessoas estejam a discutir, como a gramática. A questão é só escolher se vamos dominá-la ou se vamos ser dominados por ela. Um filósofo pode exprimir as suas teorias e ideias usando poucos ou nenhuns argumentos. Isso é irrelevante. Não temos outra maneira de discutir as suas ideias excepto discutindo-as. E para as discutir teremos de usar a lógica informal, conscientemente ou não. Outra coisa muito diferente é a museologia filosófica, que consiste em repetir ad infinitum o que dizem os filósofos, com imensos rendilhados de falsa erudição. Mas isso não é filosofia. É apenas má história da filosofia. O que não significa que a boa história da filosofia não seja muitíssimo importante.

José Luís Malaquias disse...

Este post do Desidério levanta-me a questão que a filosofia sempre me levantou: o que é que mantém a filosofia honesta?

- No caso das ciências empíricas, é o método científico, em que pomos as verdades à prova com experiências.

- No caso da matemática, é a dedução lógica a partir de axiomas que são aceites como ponto de partida.

- No caso da religião, é a aceitação da existência de algo transcendente, que não é demonstrado. Ou se aceita ou não se aceita.

O Desidério afirma que o que distingue a filosofia da especulação pura é a argumentação. Presumo que se trate da argumentação lógica. Nesse caso, presumo que se trate da lógica booleana. Ora, a lógica booleana é matemática. Nesse caso, o que distingue a filosofia da matemática, à parte o facto de não se partir de um conjunto de axiomas? A filosofia seria então uma espécie de sistema de verdades logicamente consistentes entre si? Mas, nesse caso, o teorema de Godel não coloca em risco todo o edifício?

Note-se que não estou a tentar demonstrar nenhum ponto, estou apenas a expôr a minha ignorância, porque é de facto uma resposta que procuro há muito tempo.

Anónimo disse...

Onde se situa ,nesse esquema,os “juízos sintéticos a priori”,de Kant?
Tal conceito não é uma tentativa de atribuir um status científico ao método especulativo da filosofia?

Anónimo disse...

Caro Desidério,

Obrigado pela resposta.

"A discussão livre e aberta, a argumentação rigorosa. Mas isto não é um método que produza resultados definitivos no sentido em que a ciência os produz."

Mas o que é uma discussão livre e aberta, com argumentação rigorosa? De que ponto de vista se avalia isso?

O que quis dizer sobre estética é que textos filosóficos podem conter em sua estética já discussões filosóficas. Ou seja, na própria estruturação do texto há reflexões filosóficas que o fazem ser daquele jeito e não de outro. Mas não é assim com todo texto filosófico?

"Não se trata de encontrar provas matemáticas para as teorias filosóficas. Isso não existe."

Então vamos definir o que é o rigor e em cima de que critérios determinamos o que é e o que não é rigoroso. É possível isso?

"E para as discutir teremos de usar a lógica informal, conscientemente ou não."

O rigor em filosofia, penso, depende de cada filósofo. Não acho que seja algo abstrato, ou universal. Como dizer que Hegel, ou Derrida, ou Platão, ou Tomás de Aquino, ou Nagel não são rigorosos ou são rigorosos? Vamos à história da filosofia para não fazermos filosofia no vazio. Para nós a história é muito mais importante do que em outras áreas. A tradição nos interessa muito. É ela que nos mostra o que já foi feito com o nome de filosofia, as metodologias possíveis, os textos filosóficos rigorosos cada um a sua maneira...

A acentuação da importância da lógica informal conjuntamente com a lógica formal não seria uma maneira de tirar essa relevância da história da filosofia? Não seria ignorar um pouco esse peso tão importante da tradição?

Ass: Carlos Fernando

Anónimo disse...

Caro Desidério,

Você podia se alongar um pouquinho mais nas respostas?

Obrigado.

Ass: Carlos Fernando

:: rui :: disse...

Desidério diz:

"A discussão livre e aberta, a argumentação rigorosa. Mas isto não é um método que produza resultados definitivos no sentido em que a ciência os produz."

Para chegar a dizer simplesmente isto, é preciso concluir que há uma definição no que se pretende dizer ou fazer passar. É definido que a discussão é livre e aberta. E que a argumentação é rigorosa. Mas depois os resultados não são definidos? Isto quererá dizer que o que se disse não pretende definir nada? Ou que o método usado (baseado nos pressupostos pelos quais a pessoa se rege) não procura essa definição? Então, há aqui algo que me escapa, e que penso que seja realmente o assumir de uma base de definição sobre a qual não se pode integrar aspectos que a destabilizem. Como isso parece não acontecer, o resultado é um constante discutir de teorias e ideias, sem que se chegue a nada definido. Já estive nessa situação, que não é nada agradável.

Um bom dia,
Rui Pereira

Anónimo disse...

Dois mil e quinhentos anos de filosofia conduziram à conclusão de que o conhecimento da realidade é impossível, a verdade é uma convenção inteiramente dependente de jogos de linguagem e toda a aparência de conhecimento deve ser desconstruída.

Em que se baseia a fé cega do Desidério nas virtualidades epistemológicas da filosofia?
Será que o Desidério conseguiu descobrir alguma verdade existencial ultimamente?

Cláudia S. Tomazi disse...

Estimado Desidério Murcho, é com espírito de honra e movida de humildade, que dirijo a vos da palavra. em tratando-se de estudos, por e de vossa persistência anunciaste da renúncia de muitos atributos que ao compores em desfesa por vosso conpceito e de vaga atribuição posto que as idéias enquanto ideais inflamam de vsso compromisso e generosidade para com semelhantes, pois que da causa em que amealhas pontos da Filosofia em questão e de vos tratada como instrumento de persuasão ao pouco de vossas conquista, eis que ensinas, leccionas, divulgas, mas, no recondigto a tônica e deselvoltura deveriam aplicar da lógica, eis que de vossa graça a arte, sois artita e pouco distancia da filosofia por mestra criação. Sem mais acrescentar, seria menos trágico o pensamento sem vaidade.

Cordialmente.

Cláudia S. Tomazi disse...

de uso compromisso e generosidade*

FOI PUBLICADO O ÚLTIMO LIVRO DE EUGÉNIO LISBOA

Otília Pires Martins, teve a amabilidade de me enviar notícia da publicação, a título póstumo, do último livro de Eugénio Lisboa , Manual Pr...