Ou é só um fulgor que logo passa?
Apagar-se-á ele devagarinho?
Será só breve momento de graça?
Porém, o poeta que o escreve
julga sempre apostar na eternidade:
por mais que o poema seja breve,
há no poeta, sempre, veleidade.
O poema dura só o que dura
e dá-nos apenas a luz que tem.
Não pode ir além da sua altura
e a humildade fica-lhe tão bem!
Mas o poeta ama-o, como filho,
e vê nele, portanto, eterno brilho!
Eugénio Lisboa
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