quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

À LA RECHERCHE DU TEMPS PERDU II

Ah, la belle Afrique de mon enfance… 
O verão era de sol violento, 
mas hesitava-se entre sol e chuva.
O mundo nascia naquele momento,
feito, para nós, como uma luva.

Emigrados do palmar para a praia,
o mar imenso a nosso comando!
Afrontando aquele líquido Himalaia,
éramos, ali, quero-posso-e-mando.

Alguém mais, já viu o mundo nascer, 
naquele paraíso vegetal?
Era um Big-Bang a acontecer,

um começar de tudo, auroral!
Do palmar à praia, dava-se um salto,
e era tudo um imenso sobressalto! 

Eugénio Lisboa

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