O amor será sempre em maio uma rosa
E
em agosto um passo sobre a espuma.
Oh, primeiro
amor, das minhas mãos prosa,
Do
olhar poesia que do mar se apruma.
O
amor será sempre a manhã brumosa
E
o sol a erguer-se e a fender a bruma.
Será
sempre a luz da água radiosa
E o corpo áureo que ainda me perfuma.
O
amor será sempre a longa jornada,
Jamais, jamais esquecer que o princípio
Foi princípio de tudo, a rosa amada.
O
amor será sempre água, o precipício
De pétala em fogo, a alma resignada
E o fremir da alva espuma num resquício.
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