I)
Era uma estrada fria, era um deserto,
E, Deus, nossos sonhos tão desiguais!
Separados tanto um do outro e tão perto,
P’la morte ou um bom dia e nada mais.
II)É
o pão que te dilacera.
E afasta a boca.
III)
O
rosto esconde-se na mão, e a mágoa.
Abre-se
o coração, chamam-lhe dor.
Cai a
palavra só, chamam-lhe lágrima.
Ergue-se
o poema, chamam-lhe amor.
IV)
A tremer, olhar o rio.
A tremer, subir a
escada.
A tremer, uma criança
A chorar tanto em casa.
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