quinta-feira, 10 de novembro de 2022

O coração sempre perto do rio

O coração sempre perto do rio,

Da corrente ainda longe do mar.

É certo que me retirarei um dia

E o rio ainda continuarei a amar.


Da espuma que o abraçara um dia…

O coração sempre perto do mar.

O mar, a espuma, o pranto, o rio

Que sempre continuarei a amar.


Retirara-me um dia da espuma do mar

E um dia do olhar nasceu o pranto.

Hoje longe dos braços do mar frio,

Ainda o coração o há de amar tão branco.


Um dia serei igual à terra mais fria,

Com o corpo retirado do rio e do mar.

É certo que me retirarei do rio,

E, mesmo frio, o coração ainda o há de amar.

Sem comentários:

UMA MARATONA DE PESSOAS E LIVROS

 Meu artigo no último JL: O título acima é o subtítulo do belo livro Bibliotecas, que acaba de sair com a chancela da EntrefOlhOs (uma ed...