Chora uma criança na Amazónia,
ela é índia e criança e chora,
despejada naquela babilónia,
aguardando ajuda que demora.
Ser índio desprezado é destino
de imensas crianças na floresta.
Lágrimas lavam seu corpo franzino,
lágrimas sendo tudo que lhes resta!
Quem isto tolera e até promove
diz-se cristão de não sei que evangelhos:
a ganância assassina é que move
despejada naquela babilónia,
aguardando ajuda que demora.
Ser índio desprezado é destino
de imensas crianças na floresta.
Lágrimas lavam seu corpo franzino,
lágrimas sendo tudo que lhes resta!
Quem isto tolera e até promove
diz-se cristão de não sei que evangelhos:
a ganância assassina é que move
autênticos escaravelhos!
Uma criança índia que ali chora
é pra sempre mancha em qualquer aurora!
Eugénio Lisboa
Uma criança índia que ali chora
é pra sempre mancha em qualquer aurora!
Eugénio Lisboa
Depois de ter visto hoje, no suplemento ÍPSILON, do jornal PÚBLICO, uma criança índia a chorar no Amazonas.
1 comentário:
É horrível de se dizer, mas mas há quem justifique o choro da criança índia com a inevitabilidade da eliminação dos índios pela superior civilização judaico-cristã, do dinheiro e dos cow-boys, tanto na América do Norte, como na do Sul. Quanto ao soneto, sinto-o como um grito de revolta de quem não se conforma com a maldade humana.
É horrível
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