quinta-feira, 6 de outubro de 2022

No Dia Mundial do Professor, a preocupação é a falta destes profissionais

Por Cátia Delgado 


No Dia Mundial do Professor 2022, que se assinala no dia 5 de outubro, a UNESCO lançou o relatório Transformar a educação a partir de dentro: tendências atuais no estatuto e desenvolvimento dos professores, em parceria com a Teacher Task Force, o qual espelha a preocupação mundial com a falta de professores. 
 
Com o intuito de a mitigar, foram definidas três áreas de ação, a saber: 
• “Acelerar os esforços para melhorar o estatuto dos professores e as suas condições de trabalho para tornar a profissão docente mais atraente por via de um diálogo social robusto e da participação dos professores nas decisões educacionais; 
• Acelerar o ritmo e melhorar a qualidade do desenvolvimento profissional dos professores através da adoção de políticas nacionais abrangentes para professores e pessoal docente; 
Aumentar o financiamento para professores através de estratégias nacionais integradas de reforma e governança funcional efetiva e estratégias financeiras dedicadas.”
A temática foi noticiada em vários periódicos, nomeadamente aqui, aqui e aqui, com grande destaque para os 69 milhões de professores que, previsivelmente, faltarão até 2030, antecipando-se que a meta definida pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável com esse horizonte, de uma “educação de qualidade para todos”, falhará. 

Numa nota conjunta com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Unicef e a Educação Internacional (EI), subordinada ao tema que marca o dia, “A transformação da educação começa com os professores”, apela-se aos governos que intensifiquem os apoios à educação no sentido de "manter o seu pessoal e atrair novos talentos".

Nas palavras de Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO: 
"a falta de formação, condições de trabalho pouco atrativas e financiamento inadequado são fatores que minam a profissão e agravam a crise global de aprendizagem". 
Outro fator destacado é a disparidade salarial entre os docentes e outros profissionais com níveis de formação semelhantes, sobretudo nos países mais desenvolvidos, realçando-se três exemplos que se distanciam da regra, pela positiva: “Singapura, com um salário médio igual a 139 % das profissões comparáveis, Espanha (125 %) e Coreia do Sul (124 %)”. 

As zonas mais afetadas pela presente crise, onde a falta de professores é mais flagrante, são a África Subsaariana e o Sul da Ásia, com as salas de aula mais sobrelotadas do mundo (cerca de 52 alunos, quando a média mundial é de 26).

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A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...