Resta o regresso
Ao cume,
À solidão.
Ao doloroso dardejo
Das águas
Do mar de Mira.
À espuma rubra,
Ao ardente idílio,
Como lume
De sal de lítio,
Que tange o rosto
E se retira.
Ao longínquo
Fulgor
Do sódio.
Ao ardor do azul.
Ao cálcio
Que parece
Que se inflama
Na face mais pobre.
Ao grito
Da água diáfana,
Sob a luz do dia.
Ao céu da Gândara
Verde
Como a caruma
Que me cobre.
Às uvas colhidas,
No barro gretado,
Pelo desejo
E por uma vetusta
Canção.
Resta o regresso
Ao lampejo,
À terra do coração.
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