O mar beijava-te o ouro dos pés
E a serra formosa e em verdor, punha,
Estupefacta, as vistas de viés
No estreme e estendido alvor da espuma.
A onda, ao morrer, para ti se
alongou,
E a alta serra em ti quis
desassomar.
No chão-ardor teu olhar trespassou
O azul cerúleo de mim e do mar.
Olhámo-nos, ficou tudo mais só.
Ficou tudo imóvel e siderado.
Da venusta Afrodite tive dó:
O olhar castanho e o lúbrico flanco.
O seio em acúleo, o corpo anafado
E o que, com escrúpulo, excluo do canto.
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