Só criticou o meu texto
quem não viu a importância
e o valor do pretexto
para a concomitância
quem não viu a importância
e o valor do pretexto
para a concomitância
da necessária alternância!
A crítica literária
não deve ter elegância,
que nunca é necessária.
A crítica literária
que não tenha arrogância
é coisa muito primária
e não resolve a ânsia.
Ela só visa a instância
– origem do complicar –
devido à predominância
de tudo arrebanhar.
Visar, com grande ganância,
tornar tudo muito opaco
tem muito mais importância
do que a crítica a pataco!
Da crítica, a ressonância
deve muito ao obscuro:
nos mistérios da infância,
vive o sentido seguro!
Então, fora o Sainte-Beuve,
o Gide e o Thibaudet:
parece que tout ce qu’ils peuvent
c’est d’honnorer la clarté!
Eugénio Lisboa
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